História

HISTÓRIA: Os caminhos e as origens da Padroeira do Brasil

Caio Bossa Nova e o cobrador Gilberto Braz. Nos anos 1950 e 1960 era comum que jovens crianças já trabalhassem nos transportes

O pesquisador Mario dos Santos Custódio mostra como uma empresa pode ser a cara de uma região e entende-la melhor

ADAMO BAZANI/MARIO CUSTODIO

A relação de uma empresa de ônibus com a área onde atua é tão forte que as histórias das cidades e das viações se confundem.

O crescimento de uma empresa de ônibus reflete o crescimento de uma região e vice-e-versa.

Quem é do ABC Paulista, na Grande São Paulo, e tem 30 anos de idade ou mais com certeza ouviu falar da Viação Padroeira do Brasil.

A empresa começou a operar em 1959, mas sua história vem de bem antes, com a Empreza Auto Omnibus Villa Esperança até 1936 e, a partir deste ano até 1959, com a Empresa Vila Assunção de Auto-Ônibus, que foi operada por Keiji Orri.

Em 1959, a empresa que circulava pela Vila Assunção foi comprada por Antônio Ferreira, dono da Viação Santa Paula, de São Caetano do Sul.

Empreza de Omnibus Villa Esperança, de Emílio Gamba e Virgílio Gamba. Iniciou as operações na linha Villa Assumpção – Estação de Santo André em 1936. Fontes: Álbum de São Bernardo, de 1937 e A Cidade que Dormiu Três Séculos, de Octaviano Armando Gaiarsa.

Empresa Vila Assunção de Auto-Ônibus, no centro de Santo André

A história da Padroeira retrata como cresceram a industrialização e a urbanização de uma parte importe do ABC Paulista: as ruas de terra começavam a receber pavimento e lá estava a Viação Padroeira do Brasil para atender um número cada vez maiores de moradores e trabalhadores da indústria que se fortalecia.

Foi assim, quando o ponto final foi da Vila Assunção para o Bairro Paraíso, tradicionais bairros de Santo André e quando o outro extremo da linha foi se expandindo do Rudge Ramos, em São Bernardo do Campo, até chegar à Fábrica Trol, em São Paulo.

Primeiros registros da Viação Padroeira do Brasil no Diário Oficial do Estado de São Paulo em dezembro de 1959 – o início da Viação Padroeira do Brasil

A Viação Padroeira do Brasil também reúne personagens que ao longo da história foram folclóricos e carismáticos, muito conhecidos das população, como o “Zé Bucho”; o Turco, do “Bar do Turco”, um dos endereços do ponto final no bairro Paraíso (Santo André); o Lilão (motorista bem humorado que brincava com todo o mundo, em especial com os estudantes da EEPSG Drº Luiz Lobo Neto, no Paraíso);  e, nos últimos anos da empresa, o Edilson “Fumassa”, motorista que virou “patrimônio” da cidade se vestindo de Papai Noel na época de Natal e distribuindo balinhas para as crianças no Natal – no início, a empresa só permitia que ele colocasse um discreto gorrinho.

Quanto aos veículos, ao longo de sua extensa história, a Padroeira teve uma grande variedade de modelos, como o pioneiro monobloco O-321 Urbanos, os Nicola, Caio Jaraguá, Caio Fita Azul, Caio Bossa Nova, Caio Bela Vista e, nos anos de 1980, com conservação impecável, se destacaram o Caio Gabriela e o Marcopolo San Remo, sendo que na linha intermunicipal, os ônibus tinham uma “caída” na frente, diferenciando-os dos “mais comuns” empregados nas linhas municipais.  Entre o final dos anos 1980 e início dos anos 1990 chamaram a atenção os amarelões, ônibus modelo Ciferal Padron Alvorada que vieram usados do Rio de Janeiro, da empresa Evanil. Os monoblocos O-371 urbanos das linhas municipais na época do sistema ST (da primeira gestão do prefeito de Santo André, Celso Daniel no início doa anos 1990) também foram marcantes.

Antes, porém, nos anos 1980, por falar em monoblocos, poucos se lembram de dois Mercedes-Benz O-364 que faziam a linha intermunicipal entre o Bairro Paraíso (Santo André) e a Fábrica Trol (São Paulo), que já foram alvo de matéria no Diário do Transporte .

Relembre:

https://diariodotransporte.com.br/2019/11/02/uma-recordacao-sobre-os-monoblocos-da-padroeira-de-santo-andre/

A pintura que mais marcou a história da empresa foi a de saia (parte inferior da lataria) na cor verde escuro, o símbolo com a imagem da Padroeira do Brasil no meio da lataria e, sob as janelas, havia uma faixinha: na cor azul era correspondente às linhas municipais e, na cor vermelha, indicava a linha intermunicipal.

Não havia até 1978 a EMTU – Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos para gerenciar as linhas intermunicipais. Essa função era do DER – Departamento de Estradas de Rodagem e a diferenciação entre as pinturas das linhas municipais e das intermunicipais, nem que fossem por detalhes, como uma faixa, era uma exigência da autarquia.

Caio Gabriela Mercedes-Benz (faixa azul) – municipal

Caio Gabriela Mercedes-Benz (com caída na frente e faixa vermelha) – intermunicipal – ao fundo, Marcopolo San Remo de linha intermunicipal

Na metade dos anos 1980, o arquiteto e planejador visual, Douglas Piccolo, criou uma nova identidade para a empresa.  O contorno da santa era ladeado por raios na cor azul.

A saia verde clara correspondia aos ônibus municipais e a escura aos intermunicipais.

Identidade adotada na segunda metade dos anos 1980

Tradicional logotipo da Viação Padroeira do Brasil

Essa pintura foi descontinuada após 1991, com os Padrons Vitória que receberam novamente a faixa vermelha, a imagem da santa e a saia verde nas linhas intermunicipais. Nesta época, ônibus das linhas municipais receberam a pintura padronizada com o ST (Sistema de Transporte) do modelo de “municipalização” da rede em Santo André, na primeira gestão do prefeito Celso Daniel. Cada empresa na época tinha o ST e uma faixa de cada cor: da Padroeira era laranja.

Busscar Urbanuss com a padronização de linhas municipais da primeira gestão do prefeito de Santo André Celso Daniel

Outra curiosidade sobre a Viação Padroeira do Brasil é que por um pouco tempo, entre a segunda metade dos anos 1980 e o início dos anos 1990, a empresa teve ônibus de fretamento, algo que na época foi relativamente comum nas empresas de ônibus urbanos do ABC. Além da Padroeira Turismo, a região teve a Alpina Tur, da Viação Alpina; a PAN Turismo, da TCPN – Transportes Coletivos Parque das Nações; entre outras.

Arte da pintura de fretamento: todos os elementos em azul

Nesta época, a indústria de diversos ramos, em especial de automóveis, autopeças, máquinas e equipamentos, estava em pleno vigor, além da procura por turismo estar crescendo. Era o cenário perfeito para o fretamento.

Mas no início dos anos 1990, com a Guerra Fiscal e o alto custo tributário e imobiliários, seções de montadoras e fabricantes de autopeças começaram a deixar o ABC.

Um dos maiores exemplos é a Avenida Industrial, em Santo André, que entre os anos 1960 e 1980 era tomada por fábricas (daí o nome), que aproveitavam da localização estratégica, beirando a estrada de ferro (hoje linha 10-Turquesa da CPTM – Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), e com acesso para a Avenida dos Estados, que leva a Mauá, São Caetano do Sul e São Paulo (Avenida do Estado) e para a Avenida Goiás, em São Caetano do Sul, onde fica, por exemplo, a GM – General Motors do Brasil.

No final dos anos de 1990 e início dos anos 2000, a Viação Padroeira do Brasil deixava de existir.

As linhas municipais e a garagem, na Rua Montemor, 200, no Jardim Bom Pastor, em Santo André, passaram a ser da Viação Vaz (de Ozias Vaz).

As linhas intermunicipais (nesta época eram três, mas todas no eixo Santo André – Rudge Ramos) foram assumidas pela Empresa Urbana Santo André (Baltazar José de Sousa).

Mas a história da Viação Padroeira é bem maior que isso e tem fatos e curiosidades que ajudam entender com o ABC Paulista cresceu.

E nesta coluna especial, o pesquisador Mario Custódio traz estas memórias, tanto como estudioso, mas também como passageiro da Padroeira por muitos anos.

COM A PALAVRA, MARIO CUSTÓDIO:

Marcopolo San Remo Mercedes-Benz da linha intermunicipal (Santo André – Bairro Paraíso / São Paulo – Fábrica Trol)

Caio Gabriela II da linha Municipal Jd. Oriental / Jd. Bom Pastor (Santo André)

Na coluna de desde domingo, aproveitando o mês de outubro, falaremos um pouco sobre a saudosa Viação Padroeira do Brasil, de Santo André, cujas mais famosas linhas eram:

– Santo André (Bairro do Paraíso)/ São Paulo (Fábrica Trol) – intermunicipal

– Jardim Bom Pastor/ Jardim Oriental  – municipal de Santo André

– Vila Palmares – Vila Luzita – municipal de Santo André

Ainda hoje estas linhas existem, mas com outras companhias, nomes e itinerários basicamente modificados.

Essas ligações são conhecidas dos andreenses e dos que precisam se deslocar ao bairro Rudge Ramos, em São Bernardo do Campo.

Nas duas fotos que vemos, tiradas por mim na Rua Guilherme Marconi, na Vila Assunção, em Santo André, nos idos dos anos de 1980, temos uma ideia de como era a famosa rua que liga o Ipiranguinha ao Shopping ABC (antigo Mappin), que muda de nome na altura do Hospital Christovão da Gama para Avenida Doutor Alberto Benedetti e que já foram, ambas, parte do Caminho do Pilar.

Pilar é a atual Mauá e o Caminho era o ponto de passagem para a antiga localidade, ligando São Bernardo ao Pilar.

O “NASCIMENTO” E AS ORIGENS DA PADROEIRA DO BRASIL:

A Viação Padroeira do Brasil foi constituída em 1959.

Antes quem fazia a linha da Vila Assunção (Villa Assumpção) para a Estação de Santo André era a Empreza Auto Omnibus Villa Esperança, a partir de 1936. A Villa Esperança, por sua vez, foi sucedida pela Empresa Vila Assunção de Auto-Ônibus.

As jardineiras (ônibus simples de madeira, cuja parte da frente parecia um caminhão) corriam das 05h25 às 19h no sentido Estação e das 06h10 às 19h50 no sentido Villa Assumpção. A linha saía do 2º Largo da Vila Assunção para a Estação de Santo André, pela Avenida Doutor Erasmo, Travessa Campinas, Avenida da Saudade, Rua Joaquim Távora, Rua Guilherme Marconi, Rua Cel. Francisco Amaro, Rua Cel. Alfredo Flaquer, Rua Cel. Fernando Prestes (antiga Estrada para São Bernardo), Largo da Estátua, Rua Cel. Oliveira Lima, até chegar à Estação, em mão dupla, porque ainda não havia necessidade de dupla mão.

Novos itinerários foram sendo construídos em função das mãos de direção e do progresso da cidade.

Em 1958 foi criada a linha Estação de Santo André – Rudge Ramos, em nome particular de Antonio Gomes Beijós, um dos futuros sócios da Padroeira (naquela época era normal que pessoas físicas operassem um ou mais ônibus).

A operação à Viação Padroeira do Brasil foi autorizada em 1959.

A EXPANSÃO DAS LINHAS JUNTO COM A URBANIZAÇÃO:

Em 1960, a linha foi prolongada até a Vila Assunção, passando a ser Vila Assunção – Rudge Ramos.

Em 1964 a linha foi prolongada, nas duas extremidades, ou seja, da Vila Assunção para o Bairro do Paraíso, em Santo André;  e de Rudge Ramos (São Bernardo do Campo)  para a Vila Império, passando a linha a ser Bairro do Paraíso – Rudge Ramos até Vila Império.

Em 1973 foi prolongada até a Trol, no município de São Paulo, no limete com São Bernardo do Campo, passando a linha a ser Bairro do Paraíso – Trol via Rudge Ramos.

Dentro do Município de Santo André, uma das linhas mais conhecidas da Padroeira é a Jardim Bom Pastor – Jardim Oriental (também foi Jardim Bom Pastor – Jardim Estela via Jardim Oriental), extensão e prolongamento da linha originária, a Villa Assumpção – Estação de Santo André.

Quando dos prolongamentos, enquanto a linha intermunicipal seguia pelo eixo da Rua Javaés, na Vila Assunção, em Santo André, a linha municipal seguia pelo eixo da Rua Javri e Estrada João Ducin.

LINHAS INTERESSANTES E QUE MUITOS NÃO CONHECERAM:

– Parceria com a Auto Viação ABC: A Padroeira operou também linhas interessantes, como a linha Vila Gilda – Utinga, nos anos 1970 e 1980, em parceria, à época, com a Auto Viação ABC. Lembro-me dos ônibus Grassi Argonauta da Padroeira, bem como dos ônibus Caio Bela Vista da ABC nessa linha.

– Linha que foi operada também pela Alpina:  quando aas Ruas Antônio Bastos e Adolfo Bastos, em Santo André, foram asfaltadas, ambas em paralelo com a Avenida Lino Jardim, uma à esquerda e outra à direita do espigão que as separa, foram criadas linhas da Estação para o Jardim Bom Pastor, o Pinheirinho e o Valparaíso. Esta última durou pouco tempo, sendo também operada pela saudosa Viação Alpina, numa variante da linha Jardim do Estádio – Vila Alice.

–  Linhas até hoje: Todas as demais linhas estão rodando até hoje, com as variações decorrentes dos novos sistemas implantados a partir dos mas 1990.

Na primeira remodelação do sistema, a Padroeira operou também a linha B47 – Vila Luzita – Vila Palmares, uma das mais longas da empresa.

– Linhas não autorizadas para o Ipiranga, Ferrazópolis, Baeta Neves Parque D. Pedro II e Diadema:

A empresa ainda solicitou linhas que não foram autorizadas também, assim como outras empresas pediam linhas que não eram autorizadas, algo normal no universo das empresas de ônibus. Como exemplo cito a solicitação de seis linhas apenas entre 1968 e 1974:

-Bairro do Paraíso – Ipiranga,

– Brastemp – Santo André via Jardim Bom Pastor,

–  Brastemp – Santo André via Vila Assunção,

– Vila Baeta Neves (São Bernardo do Campo) – Santo André,

– Vila Palmares – Parque Dom Pedro II

– Utinga – Diadema.

Brastemp era o local em Ferrazópolis (São Bernardo do Campo) onde se situava a conhecida fábrica de eletrodomésticos. Hoje é um grande supermercado. O local fica oposto à garagem da Auto Viação ABC, próximo ao Terminal Ferrazópolis, operadora pela Metra, concessionária do Corredor ABD de ônibus e trólebus.

– Prefixos Ímpares e Curiosidades:

Havia uma curiosidade interessante na Padroeira: os prefixos dos ônibus eram sempre ímpares, ao contrário da saudosa Auto Viação Vila Alpina, cujos prefixos eram sempre pares. Outra curiosidade: os ônibus da Padroeira que seguiam pela Rua Antônio Bastos entravam a seguir na Rua Independência e não na Avenida Portugal, como hoje.

Terceira curiosidade: as linhas de ônibus em Santo André seguiam por onde havia paralelepípedos ou asfalto, porquanto tudo o mais era terra. Daí que alguns itinerários até hoje fazem algumas voltas tidas como ilógicas aos atentos olhos atuais. Exemplos: o final da Rua Senador Flaquer, entre a Rua Dom Duarte Leopoldo e Silva e Avenida Perimetral (Bombeiros), o Caminho do Pilar entre o Pinheirinho e o Shopping ABC (antes Mappin e anteriormente, Casa Publicadora) ou a Avenida Portugal, entre a Avenida Cesário Bastos e a Vila Gilda. Era tudo terra. Enfim, esta coluna fez alusão à Viação Padroeira do Brasil e, mais ainda, como era interessante e também difícil rodar pelos caminhos de Santo André nas décadas passadas, particularmente antes da década de 1980.

Coleção de miniaturas da Viação Padroeira do Brasil, com modelos e pinturas de diferentes épocas

Miniatura de Marcopolo San Remo da Viação Padroeira do Brasil (linha intermunicipal) com detalhes internos

Texto: Inicial Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

Texto Histórico: Mario dos Santos Custódio, pesquisador e consultor em transportes

Comentários

Comentários

  1. Kaio Castro disse:

    Como descrever a mistura de sentimentos por conta desse registro histórico tão bem apresentado??? Algumas décadas que marcaram muitas vidas, a dos então proprietários/empreendedores heróicos, seus trabalhadores, seu público usuário. Hoje… lembranças… Viver, Ver e Rever!!!

  2. Luciano JG Souza disse:

    Parabéns pela matéria que me fez recordar a infância.
    Morava na rua Tietê, no Rudge Ramos, que faz parte do itinerario da linha intermunicipal do Padroeira. Fazia tratamento médico na Casa da Esperança de Sto André e pegava estes impecáveis veículos Gabriela, San Remo com minha falecida mãe.

  3. JOSÉ LUIZ VILLAR COEDO disse:

    Que lindas miniaturas! Bons tempos!

  4. Rosana disse:

    Odorei a materia!👏👏👏
    Nasci na rua Macaúba onde ficava o ponto final dos onibus da Padroeira, minha casa era bem pertinho e inclusive meu tio era o Zé bucho irmão da minha mãe, saudades!!!

  5. Nelson disse:

    Gde amigo Mario Custódio, saberia informar qdo Ozias Vaz entrou na empresa, e qdo ele se tornou sócio do “Baitaazar”.

    1. MARIO CUSTÓDIO disse:

      OLÁ NELSON. Não tenho ideia dessa informação. Talvez o Amigo ADAMO BAZANI possa informar.

  6. EXCELENTE MATERIAL INFELIZMENTE NÃO VOLTARÁ MAIS NUNCA.ME VEIO VÁRIOS FILMES EM MENTES NA DÉCADA DE 60.

  7. Wilton Vilas Boas de Paula disse:

    Eu me lembro até hoje dos ônibus. Na minha época, a partir de 1980, eu ia para escola Dr. Américo Brasiliense de ônibus. Gostava mais da linha Jardim Estela (Pinheirinho), ônibus Caio Gabriela n°s 257, 259, (261 era um Marcopolo da linha INPS), 263, 265, 267, 269, 271, 273 e 275. A linha Jardim Oriental (Villares) tinham os Caio Gabriela n°s 277, 279 (a partir desta numeração o volante já era na cor preta, os outros carros tinham o volante na cor branca), 281, 283, 285, 287, 289, 291, 293, 295, (297 era um Marcopolo da linha INPS). Não lembro do carro 299, mas sei que os n°s 301, 303, 305, 307, 309, 311, 313, 315, 317, 319 e 331, eram todos Marcopolo, da linha Rudge Ramos, sendo que os n°s 323, 325, 327, 329, 331, 333 até 335, pelo que me recordo, eram modelos Caio Gabriela. Havia também 02 modelos Mercedes-Benz monobloco, carros 339 e 441, eu acho. Os carros 251 e 255 faziam a linha Utinga. Os carros reservas da minha época eram os n°s 245, 247, 249 e 253. Portanto, pelas contas, na Viação Padroeira do Brasil havia, em média, em torno de 45 ônibus. Além da numeração, me recordo também das diferenças das janelas, das dobraduras dos canos de apoio para os passageiros, das lâmpadas internas, dos motoristas e outros detalhes da minha memória de infância. Para mim, era a melhor empresa do mundo. Nunca vi um ônibus sair da garagem sujo ou batido. Só não gostava quando passavam óleo ou sei lá qual.mistura no piso, pois, além de deixar um cheiro muito forte, era escorregadio e perigoso. De resto, ótimas lembranças. Alguém sabe onde foram parar estes ônibus?

  8. Kaio disse:

    Belo conteúdo…

  9. mario isaac de souza disse:

    Muito bonita a história,mas gostaria de saber quando os ônibus vão ter ar condicionado está complicado andar de ônibus em santo André pagando um absurdo de tarifa e e uma Porcaria de serviço

    1. diariodotransporte disse:

      Aí não seria nesta matéria, que é de história

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