Metroplan quer adiar para novembro reajuste da tarifa do transporte intermunicipal do RS

Até que haja uma decisão da PGE e o reajuste, os valores da passagem atuais seguem mantidos sem alterações. Foto: Jardel Moraes/Ônibus Brasil.

Empresa pediu à PGE para postergar o prazo em 30 dias

WILLIAN MOREIRA

A Metroplan, empresa responsável pelo gerenciamento do transporte intermunicipal nas regiões metropolitanas do Rio Grande do Sul, solicitou à PGE (Procuradoria Geral do Estado) o adiantamento em 30 dias do reajuste da tarifa dos ônibus, estimada para ser feita no começo de outubro de 2020.

Segundo o pedido, o motivo seria a lenta retomada da demanda pelo transporte que se encontra atualmente em 52% em relação ao período de antes da pandemia.

Sendo assim, o aumento ocorreria apenas no mês de novembro. Contudo, o adiamento não vai resultar em um reajuste maior que o já esperado.

PERCENTUAL DE REAJUSTE

No inicio de setembro, o Conselho Superior da Agergs (Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul) decidiu o percentual de aumento para cada região.

A Região Metropolitana de Porto Alegre terá um reajuste de 2,6640%, elevando a tarifa de linha Gravataí-Porto Alegre para R$ 8,77 e da linha Alvorada-Porto Alegre para R$ 6,10.

No litoral Norte o aumento é maior, representando 7,2792% e na região metropolitana da Serra, o preço da passagem subirá 4,1404%. Reajuste próximo a região sul do entorno de Pelotas onde será de 4,77%.

NÚMERO DE PASSAGEIROS É CRESCENTE NO TRANSPORTE

Segundo o Superintendente da Metroplan, Rodrigo Schnitzer, em entrevista para o Diário do Transporte, a medida tem como objetivo não frear o crescimento gradual do número de usuários diários do transporte, já que historicamente toda vez que ocorre um aumento, nas primeiras semanas ocorre uma redução de passageiros.

“Economicamente estamos vendo sinais de uma retomada, mas historicamente toda vez que entra um aumento tarifário existe um recuo na demanda e tem um impacto. A ideia é não inibir essa retomada, embora que lenta”, explicou o superintendente.

Schnitzer destacou que a busca pela manifestação da PGE se deve a Agergs não ter se manifestado favorável a este novo adiamento, esperando assim que a procuradoria estadual defina se é possível atrasar o aumento mais uma vez, ou se ele deve ser efetuado de imediato.

Inicialmente, os novos valores da passagem deveriam começar a ser cobrados em 1º de junho deste ano, mas devido a pandemia ele foi remarcado para 1º de setembro, 90 dias depois, sendo que haverá recomposição tarifária deste período.

Entretanto, pelas razões acima explicadas pela Metroplan, um novo adiamento aconteceu para 1º de outubro, este já sem recomposição tarifária devido um entendimento da gestora com as empresas operadoras do serviço, assim como será se houver outra postergação para 1º de novembro.

Até que haja uma decisão da PGE e o reajuste, os valores da passagem atuais seguem mantidos sem alterações.

Willian Moreira em colaboração especial para o Diário do Transporte

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