Greve na Flecha Branca continua em Cachoeiro de Itapemirim

Trabalhadores seguem em greve por salários atrasados. Foto: Alan Fardin Simonato, Facebook

Empresa acusa movimento de ser político. Costa Sul assume linhas temporariamente

ALEXANDRE PELEGI

A greve na Viação Flecha Branca, uma das concessionárias do transporte em Cachoeiro de Itapemirim, no Espírito Santo, continua nesta segunda-feira, 25 de maio de 2020.

A empresa considera o movimento ilegal e informou que buscará a intervenção do Ministério Público do Trabalho.

Como mostrou o Diário do Transporte hoje pela manhã, motoristas e cobradores da viação, que integra o Consórcio Novotrans, cruzaram os braços em protesto pelos salários e auxílio alimentação que estão atrasados.

A categoria denuncia ainda que o FGTS e o INSS não estão sendo depositados pela empresa.

Veículos da Costa Sul Transportes estão operando temporariamente as linhas da Flecha Branca.

A empresa divulgou nota sobre a situação. Leia na íntegra

“Na madrugada desta segunda-feira, 25/05/2020, um grupo de funcionários realizou de forma ilegal movimento paredista em uma das garagens da empresa, infringindo claramente determinação legal de que a toda paralisação de serviço essencial tem que ser avisada com determinado tempo de antecedência, bem como manter um percentual mínimo em operação.

Não bastasse a ilegalidade, este determinado grupo agiu de forma radical inibindo e impedindo que os demais funcionários pudessem trabalhar.

É estranho e lamentável que a representação deste movimento está sendo política com interesses escusos. Ainda nas primeiras horas de paralisação, representantes da empresa tentaram negociar o início das atividades, porém, o grupo de funcionários dizia estar aguardando a presença de um vereador e de um advogado indicado por ele.

Aproximadamente as 5h o vereador chegou no portão da empresa acompanhado de assessores, faixas e cartazes e iniciou inúmeras gravações de vídeos, apoiando o movimento e incitando a paralisação, bem como desestabilizando aqueles que queriam trabalhar.

A empresa lamenta que neste momento de dificuldade de praticamente todos os setores produtivos, um homem público com mandato, ao invés de ser o guardião da lei, haja de maneira sórdida visando interesse de visibilidade própria em detrimento de prejudicar toda a mobilidade da cidade.

A empresa esclarece ainda, que a situação de Cachoeiro não é diferente de várias cidades brasileiras, em que sistemas de transporte coletivo por ônibus urbano, tem passado por dificuldades financeiras devido à queda no número de passageiros e em especial neste momento de isolamento social.

Com relação aos pagamentos, na sexta-feira, foram realizados parte e novos pagamentos estavam previstos para o decorrer da semana, inclusive já tendo sido informado aos funcionários.

Por fim a empresa comunica que continuará agindo para manter o transporte regular e que todas as medidas legais estão sendo tomadas para punir os que incitam ou organizam movimento paredista de forma ilegal”.

Alexandre Pelegi, jornalista especializado em transportes

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