Empresas de ônibus da Grande Curitiba pedem solução a autoridades para sistema não entrar em colapso

Ônibus da região metropolitana de Curitiba

Presidente da Metrocard, associação que reúne as companhias, Lessandro Zem, diz que a queda da demanda de passageiros chega a 75%

ADAMO BAZANI

As empresas de ônibus que prestam serviços na região Metropolitana de Curitiba dizem que o sistema corre risco de entrar em colapso por causa da redução de passageiros que chega a 75%.

A afirmação está em artigo assinado pelo presidente da Metrocard, associação que reúne as companhias, Lessandro Zem.

Essa queda se deve pelas necessárias medidas de restrição de circulação recomendadas pela OMS – Organização Mundial da Saúde e que, segundo o organismo internacional, devem continua enquanto houver o avanço dos casos.

Lessandro Zem disse que as empresas têm alertado diariamente as autoridades sobre os impactos financeiros desta queda de demanda e pedem medidas para ajudar o setor, que é considerado um dos essenciais para o transporte de trabalhadores de saúde e de outras atividades consideradas indispensáveis, como de farmácias, empresas de carga e supermercados.

Confira na íntegra:

O Transporte Público não pode parar

Denominados de “essenciais”, aqueles que não podem faltar em quaisquer circunstâncias, diversos serviços são absolutamente imprescindíveis e vitais na luta para derrotar a terrível pandemia que vem nos assolando.

Um deles, ao lado das instituições e dos profissionais que atuam na saúde, na segurança, no abastecimento e na produção de inúmeros bens, é o transporte público.

Principalmente em tempos de guerra, e não há melhor definição para o dramático momento que atravessamos, o transporte público não pode e não deve parar, pela simples razão de que as pessoas envolvidas diretamente no combate à epidemia do Covid-19 precisam se locomover para cumprir suas missões.

Sem ele, nenhum dos demais setores funcionará com a eficiência necessária e alguns serão totalmente prejudicados, colocando em risco muitas vidas humanas.

Diante do exposto, cabe-nos levar ao conhecimento da sociedade as seguintes informações:

As medidas restritivas adotadas pelo Poder Público para conter a propagação do novo coronavírus já reduziram entre 70% e 75% a demanda do transporte coletivo na Região Metropolitana de Curitiba, resultando em equivalente perda de receita das empresas prestadoras do serviço.

Considerando que os salários dos nossos colaboradores representam 52% dos custos operacionais e que as despesas com o óleo diesel somam outros 20%, vê-se claramente que a conta não fecha, ou seja, os recursos são insuficientes para a mínima manutenção dos serviços e as consequências dessa grave dificuldade financeira podem comprometer seriamente a operação do sistema nos próximos dias.  

Ressaltamos que as autoridades estão sendo diariamente alertadas para a necessidade de buscar soluções imediatas para evitar que o transporte público entre em colapso.

Nesse sentido, várias alternativas já foram apresentadas para equilibrar a equação econômica e salvaguardar a saúde dos passageiros e dos nossos motoristas e cobradores.

Assim como exige o enfrentamento à doença que nos aflige, urge também que sejam tomadas decisões rápidas e firmes para o bem da população.

Lessandro Zem

Presidente da Metrocard

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