Usina solar em aterro vai produzir 43% do consumo de energia de prédios municipais em Curitiba

Prefeito Rafael Greca na assinatura do termo de cooperação técnica para implantação da Pirâmide Solar da Caximba. Foto: Pedro Ribas/SMCS

Pirâmide Solar da Caximba será movida a biomassa, com capacidade de produção de 5 MW. Produção anual de energia deve gerar em torno de 18.600 MWh

ALEXANDRE PELEGI

Uma usina pública de energia dentro do programa Curitiba Mais Energia, de promoção do uso de energias limpas e renováveis, será implantada e operada em parceria entre a Prefeitura de Curitiba e a Companhia Paranaense de Energia Elétrica (Copel), por meio de um Termo de Cooperação Técnica.

A novidade foi anunciada nesta semana pelo prefeito Rafael Greca e pelo diretor-presidente da Copel, Daniel Pimentel Slaviero, que assinaram o termo da usina em formato de pirâmide, além de painéis fotovoltaicos, que será movida a biomassa, com capacidade de produção de 5 MW.

A Pirâmide Solar da Caximba será instalada no aterro sanitário desativado em 2010.

Os estudos de viabilidade técnica, econômica, financeira e jurídica do empreendimento já estão em elaboração e devem ser finalizados até o mês de maio.

Informações preliminares indicam investimento total de R$ 31,5 milhões. O investimento da Copel corresponde a 49% do montante, sendo que os outros 51% cabem ao município.

O projeto recebe apoio da C40, rede de cidades comprometidas com o enfrentamento das mudanças climáticas, e da GIZ, agência de cooperação internacional do governo alemão.

A proposta foi aprovada pela Chamada Pública 001/2019, publicada pela Copel, para selecionar oportunidades de negócio para implantação de empreendimentos em geração distribuída de energia, nas modalidades previstas na Resolução Aneel nº 482/2012.

FUNCIONAMENTO

A proposta foi encaminhada pelo município e contempla uma Unidade Geradora Fotovoltaica, com potência de 3,5 MW, com painéis em formato de pirâmide; e de Unidade Geradora a Biomassa – que vai aproveitar resíduos vegetais das podas de árvores e limpeza de jardins, com potência de até 1,5 MW. O total é de 5 MW de potência instalada.

A produção anual de energia deve gerar em torno de 18.600 MWh, que poderá ser utilizada para compensação de consumo de energia, correspondendo a 43% do consumo dos próprios municipais.

O “Curitiba Mais Energia” abrange ainda a usina de geração fotovoltaica no Palácio 29 de Março, em operação desde o dia 5 de junho de 2019, financiada com recursos do Programa de Eficiência Energética da Copel, fiscalizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica.

Também faz parte do programa a Central Geradora Hidrelétrica no Parque Barigui, doação da Associação Brasileira de Pequenas Centrais Hidrelétricas (Abrapch), já em funcionamento. E uma estrutura semelhante a ser instalada na queda d´água do Parque São Lourenço, a ser licitada.

Além deste projeto, a implantação de usinas fotovoltaicas na Rodoviária de Curitiba e nos terminais de ônibus do Pinheirinho, Santa Cândida e Boqueirão também está sendo elaborado com o apoio da rede de cidades C40.

Participam do desenvolvimento do projeto a Secretaria Municipal do Meio Ambiente, o Ippuc, a Urbs, a Secretaria Municipal de Finanças, a Secretaria de Planejamento e Administração, a Procuradoria Geral do Município e a Assessoria de Relações Internacionais.

Alexandre Pelegi, jornalista especializado em transportes

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