Polícia Civil busca imagens e testemunhas sobre ataques ao Expresso Tiradentes e GCM diz que abordou suspeitos

Um dos ônibus atracados neste sábado com vidro perfurado por pedra

Neste sábado, em uma das ações, um passageiro ficou ferido. Empresa contabiliza quase 70 depredações

ADAMO BAZANI/ALEXANDRE PELEGI

A Polícia Civil de São Paulo está em busca de imagens e testemunhas que possam ajudar a encontrar os autores dos ataques sucessivos aos ônibus do Expresso Tiradentes, alguns deles que deixaram passageiros feridos.

A informação foi confirmada pela SSP – Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo na tarde deste sábado, 14 de dezembro de 2019, em resposta aos questionamentos do Diário do Transporte.

Entre a noite desta sexta-feira e a manhã deste sábado foram mais três casos de ônibus danificados por pedras de grandes dimensões lançadas ao longo do corredor exclusivo.

Em uma destas ocorrências, um passageiro ficou ferido no rosto e precisou ser socorrido.

Em nota ao Diário do Transporte, a Secretaria de Segurança Pública do Estado informou que a Polícia Militar vai intensificar o patrulhamento na região com base nos registros das ocorrências.

Também em nota, a GCM – Guarda Civil Metropolitana, corporação municipal, informou ao Diário do Transporte que identificou que as pedras foram lançadas de viadutos e que neste sábado, 14, as rondas na região foram intensificadas para inibir os ataques. Além de carros da Guarda, motos também percorrem a região do corredor, segundo a resposta. Os agentes realizaram abordagens a suspeitos, mas não encontraram nada que justificasse o encaminhamento para a delegacia.

A Guarda Civil Metropolitana (GCM) informa que na última sexta-feira (13), realizou policiamento na região central entre o terminal Parque Dom Pedro e Sacomã, corredor do Expresso Tiradentes, com o intuito de inibir ataques de vandalismo que estavam acontecendo contra os veículos desta linha.

A GCM identificou que as pedras que atingiram os ônibus foram lançadas dos viadutos, a equipe da Inspetoria Regional de Operações Especiais (IOPE) realizou rondas no percurso e fez uma série de abordagens em pessoas que estavam nesses locais, mas nada que justificasse o encaminhamento para o Distrito Policial foi encontrado com os abordados.

A GCM esclarece que o patrulhamento foi realizado com uma viatura que percorria todo o trecho de circulação do Expresso Tiradentes. Para maior efetividade do policiamento, neste sábado (14), o trabalho foi intensificado com rondas diuturnamente. Motocicletas da equipe especializada IAMO estão apoiando essa ação.

A SPTrans reforça que repudia os atos de vandalismo e, em tais circunstâncias, contata a Polícia Militar e a Guarda Civil Metropolitana. Além disso, orienta as operadoras a registrarem o Boletim de Ocorrência.

Para conscientizar a população sobre a importância da conservação do transporte coletivo, a SPTrans realiza campanhas nas redes sociais e no Jornal do Ônibus.

Carro da GCM faz patrulamento na região do Expresso Tiradentes. Corporação diz que abordou suspeitos, mas nada foi encontrado

O Expresso Tiradentes liga o Terminal Mercado, na região central, ao Terminal Sacomã, na zona Sudeste, num trajeto de oito quilômetros.

Entretanto, a maior parte dos ataques tem ocorrido nas estações próximas ao Parque Dom Pedro II.

A região é conhecida pela concentração de usuários de entorpecentes, mas a atuação destas pessoas é apenas uma das hipóteses que deve ser considerada nas investigações.

Em primeira mão, o Diário do Transporte mostrou que a empresa Via Sudeste, que opera os ônibus do corredor, já contabilizou quase 70 ataques neste ano. Representantes do SindMotoristas, sindicato dos trabalhadores de transportes, disseram que os ataques se intensificaram nos últimos dois meses, com 43 ações criminosas.

Relembre:

https://diariodotransporte.com.br/2019/12/13/onibus-do-expresso-tiradentes-tem-sido-alvos-de-ataques-a-pedradas/

Motoristas do sistema chegaram a ameaçar paralisar as atividades em protesto.

“A insegurança é demais. Tem ônibus que sai da garagem, é atingido, volta para o conserto e no dia seguinte é quebrado de novo. Teve gente ferida. A gente tem medo que até morra alguém. São pedras bem grandes. Se pega alguém na cabeça, pode até matar” – disse ao Diário do Transporte um dos motoristas que pediu para não ter o nome divulgado porque teme represálias.

“Não sabemos quem é. Isso que dá mais medo” – complementou.

Adamo Bazani e Alexandre Pelegi, jornalistas especializados em transportes

Comentários

Comentários

  1. Fico imensamente triste e perceber que muitos dos administradores a cada ano, esquecem da nossa cidade. Tudo giram em torno de seus quintais, esquecendo que a cidade é complexa, ficam discutindo aumento salarial, na Câmara, na PMSP, bônus de fim de ano, e a cidade fica à Deus dará….De 2009 pra cá deixei de propor, reclamar, sugerir idéias novas para a cidade. Você fala com prefeito, que não te responde, mando cartas, com projetos de habitação (desde1998), e nenhum responde, ou diz que fará estudos,,,e eu infelizmente ficou doente, envergonhado por tanta arruaça, em plena maior metrópole da America do Sul….Poucos sabem quem realmente mudou a cara dos trens de SP, em 1990…e mesmo assim eu vejo como meus próprios olhos portas sendo alvejadas com balas de até calibre 12, ali no Brás. PRÁ QUE???? POUCO SABEM DISSO, OU PERCEBAM….São Balas meus amigos, nas portas de aço, e não sei como não mataram ninguém, a não ser que não ficamos sabendo……SÃO BALAS DE GROSSO CALIBRE, NOS TRENS DA LESTE

  2. Carlos fulano disse:

    Infelizmente tenho visto vc landau1970 defendendo empresários e barões do transporte público de São Paulo, acredito que ou vc e um ou trabalha para um destes, pare de se esconder atrás das palavras e mostre suas mentiras, e essa xará de bandido de bias palavras jogadas ao vento.
    Seu retardada sem rosto.

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