Ônibus antigos são parte nostálgica do turismo de Gramado (RS)
Publicado em: 20 de outubro de 2019
Modelos Chevrolet e Eliziário estão entre as relíquias encontradas na cidade
JESSICA MARQUES
Gramado, no Rio Grande do Sul, é uma cidade turística apreciada por famílias e casais que pretendem curtir um momento romântico. O município recebe mais de 6 milhões de visitantes por ano.
Apesar de ser famosa pelo romantismo, a cidade pode ser um prato cheio para os amantes de ônibus antigos, principalmente de modelos mais difíceis de serem encontrados nas ruas das principais capitais.
A empresa Vento Sul Turismo, em parceria com a Agroturismo, oferece passeio nos ônibus apelidados de “Princesinha”, “Princesinha I” e “Princesinha II”.
O Princesinha I é um ônibus fabricado pela Chevrolet em 1958. O modelo foi restaurado e está caracterizado nas cores amarelo e branco.
Por sua vez, o Princesinha II foi fabricado em 1976, também pela Chevrolet, e integra a frota do transporte turístico, nas cores azul e branco.
Outra “princesinha” flagrada nas ruas de Gramado é um
fabricado em 1973.
O Diário do Transporte publicou a história da empresa Carrocerias Eliziário Indústria de Ônibus.
Relembre: https://diariodotransporte.com.br/2011/04/24/dica-de-leitura-a-historia-da-carrocerias-eliziario/
A empresa Vento Sul Turismo oferece três opções de trajeto com as “Princesinhas”. Os preços variam de R$ 120 a R$ 160, aproximadamente.
Confira os roteiros divulgados pela empresa:
Tour do Vale
A estrada de chão, o ar puro, a natureza, as casas coloniais e a visita às famílias italianas e alemãs proporcionam momentos inesquecíveis no Vale do Quilombo e Linha 28, no interior de Gramado. Junto à morros de intensa vegetação, rios e cachoeiras, passando por campado de araucárias, parreiras de kiwi e uva à bordo de um ônibus tipicamente colonial, o turista passa a conhecer as belezas naturais que Gramado esconde em seu interior.
Família Marcon: a lida do campo é o que marca a primeira parada do passeio. O Casal italiano Vicente e Fátima Marcon compartilha a história de seus antepassados no memorial da família, mostrando objetos que eram utilizados pelos seus pais, o plantio de milho e o manejo com os animais. O visitante é convidado, com as próprias mãos, a alimentar ovelhas. Para finalizar esta parada, todos degustam um bom suco de uva, acompanhado de pães e geleias produzidas pelos Marcon.
Família Perine: Visitação ao museu da família, onde se conta a história de vida de uma das primeiras famílias de Gramado.
Alambique Rossa: a arte de produzir cachaça, graspa e vinho é o que marque esta parte do passeio. Quem conduz é o proprietário e produtor Romeu Rossa, que conta a história de sua família. O visitante acompanha a produção de cachaça de alambique desde a colheita da cana-de-açúcar. Em meio a um campado onde o verde predomina, pode-se provar destas delicias.
Família Barreta: em uma casa centenária em estimo enxaimel, onde funcionava um salão de Kerb, o visitante é recebido por seus proprietários Jovani Baretta, que servem um saboroso café da tarde com verdadeiros produtos coloniais, recheado por bolos, pasteis, cucas, sucos e cafés.
O Embarque ocorre na Praça das Etnias, junto a rodoviária de Gramado.
O Quatrilho
Em meio a vales e riachos nas localidades de Campestre do Tigre e Tapera, onde viveram os protagonistas do livro e filme “O Quatrilho”, o turista é convidado a conhecer a história das famílias que colonizaram estas terras. O cultivo de frutas e a produção de vinho, um moinho colonial, o cenário encantador de um mirante, a natureza e a mesa farta transformam o passeio e um momento inesquecível.
Família Lazaretti: há mais de 120 anos a família Lazaretti enraizou-se em um pequeno espaço de terra no interior de Gramado. O turista é recebido pelo seu proprietário Celeste Lazaretti, que compartilha sua experiência na lida do campo em meio a um imenso parreiral de uvas e kiwis. Na sua adega, com barris produzidos a mais de 100 anos, também conta como é preparado o vinho colonial e a graspa, que podem ser degustados pelo visitante.
Família Grins: no moinho colonial da família Grins, na propriedade onde viveram os protagonistas do romance “O Quatrilho”, Nicodemo e Maria, Joseph e Carolina no ano de 1893, o casal Eduardo e Marlize conta a história destes personagens que marcaram época. O visitante é convidado a conhecer o cemitério onde é possível ver o túmulo onde estão Nicodemo e Maria. Ao lado do cemitério, fica a Igreja de Pedra Santo Antônio, onde foram realizados os matrimônios dos casais.
Morro da Polenta: uma vista exuberante é apreciada pelo turista neste ponto do passeio. O Morro da Polenta, a 900 metros de altura, é usado como mirante. Os cliques são inevitáveis, pois todos querem levar consigo a lembrança incomparável do interior de Gramado. O momento é marcado pela vista de um cenário ladeado de campados e morros cortados pela estrada que liga Gramado à Nova Petrópolis.
Família Ramm: na porta de entrada da casa de Ingo e Isolde Ramm o visitante é tomado pelo clima interiorano ao som de sanfonas. O turista é convidado a saborear um farto e saboroso café colonial típico alemão, com receitas herdadas de seus antepassados. A receptividade do casal deixa no visitante a vontade de retornar e reviver momentos inesquecíveis. O Embarque ocorre na Praça das Etinias.
Linha Ávila
A história de vida de homens e mulheres, que com muita garra e trabalho, colonizaram as terras que hoje chamamos de Gramado. Alemães, italianos, portugueses, franceses e gaúchos construíram um bom lugar para viver e, através de seus costumes, mesa farta, religiosidade e empreendedorismo transformaram a pequena cidade serrana em referência turística e cultural.
Família Wagner: Saborosos doces e geleias, produzidos pelo casal Lírio e Terezinha, ganham destaque no primeiro ponto de visitação. A história da família, de origem alemã e italiana, é contada enquanto o turista conhece a plantação de morangos e árvores frutíferas no entorno da bela casa construída especialmente para receber visitantes. Em época de frutas será oferecido o “colha e pague”, oportunizando aos turistas um momento único junto à natureza.
Cantina Nonno Giovanni: A imigração italiana é contada pelo casal Alcione e Marivani em um ambiente acolhedor próximo a casa onde vivem. A produção de vinho artesanal em estufa de fumo desativada tomará a atenção dos visitantes, que conhecerão a “fórmula” para fazer vinhos. Queijos, salames, sucos, conservas, mel e pães caseiros serão degustados e poderão ser adquiridos pelos visitantes.
Vivenda Schonrhein: O roteiro encerra com um típico e apetitoso café alemão, incluindo Eisbein (joelho de porco), kartoffel (batata), chucrute e outras delícias na Vivenda Schönrhein, de propriedade do casal João Pedro e Rose Marie Rheinheimer. Os anfitriões falam sobre sua filosofia de vida, que inclui alimentação orgânica e a medicina das ervas. Neste ponto, os visitantes degustam cervejas artesanais sem álcool, além do opcional Chá e Café com palestras e terapias holísticas.
Sítio Tradição: a cultura gaúcha fecha o passeio com chave de ouro. Trajado com vestes típicas, o empreendedor Maurício fala sobre a vida campeira e costumes do povo gaúcho. O artesanato produzido por sua sogra, Vânia, resgata técnicas tradicionais da Alemanha e da França, que remetem às origens das famílias de seus pais e de seu marido. O típico costelão assado na vala encerra o roteiro. O embarque ocorre na Praça das Etnias.
MARIA FUMAÇA
Em Gramado, também é possível relembrar um pouco da história da ferrovia, por meio dos passeios de Maria Fumaça que são oferecidos.
Um deles passa por Nova Petrópolis, onde é realizada uma visita ao Centro de Compras Aspen Center. O trem parte em direção a Caxias do Sul, a primeira cidade a receber imigrantes italianos da Serra Gaúcha.
No interior do município visita-se uma vinícola que produz artesanalmente vinhos e espumantes, além de uma loja de inox.
Também estão no roteiro uma loja de malhas, Bento Gonçalves, Garibaldi e Carlos Barbosa.
Jessica Marques para o Diário do Transporte
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É tudo de bom, do meu tempo, o primeiro Grassi, Caios Jaraguá, Bela Vista que comecei a andar na Viação Estoril, que virou Esplanada se revestiu de Zebrinha com MBB 0362 em 73, Vitória, Gabriela, Alpha, Apaches, Mondego, Millennium, e por aí vai..
SP teve esses modelos de ônibus e não ficou nenhum pra contar história, como sempre prefeitos e governadores que aqui passaram destruíram tudo, desde bondes elétricos, ate linhas importantes de trólebus, regredindo décadas ate hoje, triste.