Após anúncio de greve de ônibus, Prefeitura de São Paulo suspende rodízio para esta sexta-feira

Segundo Caram, mediante a possibilidade de greve, o rodízio suspenso tem como objetivo garantir melhor capacidade de transporte na capital paulista.
Segundo Caram, mediante a possibilidade de greve, o rodízio suspenso tem como objetivo garantir melhor capacidade de transporte na capital paulista. Foto: Alexandre Pelegi / Diário do Transporte.

SindMotoristas afirmou nesta quinta-feira que categoria cruza os braços a partir da meia-noite

JESSICA MARQUES

Após o anúncio da greve de ônibus, a Prefeitura de São Paulo decidiu suspender o rodízio de veículos para esta sexta-feira, 06 de setembro de 2019. A decisão foi divulgada pelo secretário de Mobilidade e Transportes Edson Caram.

O presidente do SindMotoristas (Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo), Valdevan Noventa, afirmou que a cidade de São Paulo terá paralisação do transporte coletivo a partir da meia-noite.

Relembre: https://diariodotransporte.com.br/2019/09/05/sao-paulo-tem-greve-de-onibus-a-partir-da-meia-noite-desta-sexta-feira/

Segundo Caram, mediante a possibilidade de greve, o rodízio suspenso tem como objetivo garantir melhor capacidade de transporte na capital paulista.

A paralisação ocorrerá devido a diversas reivindicações dos motoristas e cobradores de ônibus de São Paulo. O SindMotoristas reuniu-se em frente à sede da Prefeitura para que o Executivo recebesse representantes do sindicato para discutir diversas questões relacionadas aos transportes, como corte de frota de ônibus, que segundo a categoria, pode resultar em demissões.

Questionado pelo Datena, do Brasil Urgente, sobre a redução da frota de ônibus na capital paulista, o secretário afirmou que trata-se de uma readequação do sistema.

“Existem mais de 14 mil ônibus em São Paulo. Estamos tirando ônibus antigos que não podem rodar mais e ônibus vazios, mas não são todos os vazios que estamos tirando. Nós estamos readequando as linhas para dar maior fluidez no sistema e aumentar a capacidade de atendimento para a população, tirando ônibus vazio e colocando onde precisa. Essa readequação vai continuar”, garantiu Caram.

Os trabalhadores também querem uma posição mais concreta com relação ao futuro dos cobradores de ônibus no sistema.

A categoria reivindicou ainda o pagamento da PLR – Participação dos Lucros e Resultados pelas empresas.

“Acabei de sair de uma reunião com o Valdevan Noventa sobre o PLR – Programa de Participação dos Lucros. As empresas estão atrasando esses pagamentos e, em função disso, eles decidiram organizar uma paralisação de uma forma que ninguém esperava. Tentei intermediar junto com os empresários, que se propuseram a pagar em até 10 dias”, disse Caram.

O secretário, porém, não descarta a possibilidade de as empresas estarem usando os trabalhadores para pressionar a Prefeitura, por meio do não pagamento da PLR.

Sobre retirar linhas para beneficiar o transporte por aplicativo, Caram negou esta possibilidade e disse que cogita aumentar taxas para empresas que prestam esse serviço, para que sejam revertidas à Mobilidade Urbana da cidade.

Jessica Marques para o Diário do Transporte

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