Rodoviários de Florianópolis adiam decisão sobre greve para amanhã, 12, a pedido do MPT
Publicado em: 11 de junho de 2019
Trabalhadores farão novas assembleias, e outros encontros de conciliação poderão ocorrer até lá
ALEXANDRE PELEGI
Motoristas e cobradores de Florianópolis se reuniram nesta segunda-feira, 10 de junho de 2019, com representantes do Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Florianópolis (Setuf) em busca de acordo quanto ao reajuste salarial da categoria.
Além desse tema, a extinção da função dos cobradores é outro item da pauta de reivindicações que levou os rodoviários a decretarem estado de greve na última quinta-feira, 6, válido desde ontem.
Relembre: Motoristas e cobradores de Florianópolis decretam estado de greve
Em audiência mediada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), conduzida pela procuradora-chefe Cinara Sales Graeff, o Sintraturb (sindicato dos trabalhadores no transporte público) e o Setuf não conseguiram resolver ainda o impasse, mas afirmam que as negociações avançaram.
Da reunião, e a pedido do MPT, restou que os trabalhadores não farão greve pelo menos até esta quarta-feira, 12, ocasião em que nova assembleia da categoria será realizada.
“Uma nova rodada poderá acontecer amanhã (terça-feira) e, por isso, a Procuradora do Trabalho Cinara Sales Graef solicitou, em nome do Ministério Público, para que o Sindicato evite paralisações até a quarta-feira 12, uma vez que há uma Assembleia convocada para às 09:30 e 15:30 quando será apresentado o resultado da evolução da negociação”, escreveu o Sintraturb nas redes sociais.
“Assim, informamos a toda a Categoria que estamos cumprindo a decisão da Assembleia: Já na Sexta (07/07) comunicamos o estado de greve; Hoje negociamos no MPT; Amanhã poderá haver outra negociação no Ministério Público; Em respeito a Procuradora, orientamos atender o pedido dela, no sentido de não paralisarmos até quarta-feira (12/06) quando haverá nossa assembleia”, completa a nota do sindicato dos trabalhadores.
Segundo publicação na última sexta-feira, 7, o Sintraturb afirmava que “a posição dos empresários em três rodadas de negociação se resumiu a ‘oferecerem’ zero de reajuste em todas as cláusulas econômicas e cortes de postos de trabalho como único caminho para a campanha salarial deste ano. Isso mobilizou toda a categoria, uma vez que o corte dos cobradores representa dentre outras coisas, a sobrecarga dos motoristas que já vivem uma rotina tensa e estressante. Sem contar com uma precarização da qualidade na prestação de serviços tal como: O aumento do tempo de percurso, no assédio e na segurança”.
Além da extinção da função dos cobradores, o Setuf teria ofertado aumento com base na inflação e R$ 30 a mais no vale-alimentação. Segundo o sindicato patronal afirma, o contrato de concessão assinado em 2014 já previa a redução dos cobradores no interior dos ônibus.
Alexandre Pelegi, jornalista especializado em transportes
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