Neobus foca no segmento de urbanos e anuncia vendas para o sistema de Pato Branco

MegaPlus está no mesmo segmento do Torino, da irmã maior Marcopolo, dona de Neobus

Empresas que comparam os veículos são Cattani S.A., Cattani Sul e Transangelo Transportes Coletivos

ADAMO BAZANI

A Neobus informou por meio de nota nesta segunda-feira, 19 de março de 2018, que tem focado mais no segmento de ônibus urbanos.

A empresa, que continua com a linha de rodoviários New Road e com os micros da linha Thunder, informou que o modelo mais vendido do segmento de urbanos foi o Neobus Mega Plus.

“A NEOBUS tem focado sua atuação no segmento urbano e o MEGA PLUS é o modelo da marca com maior volume de produção. No ano passado, a maioria das 383 unidades [urbanas] fabricadas foi do MEGA Plus. Além disso, a empresa tem dedicando especial atenção à retomada do mercado brasileiro e buscado ampliar sua presença nas regiões mais importantes, como o Paraná” – diz a nota,

Segundo a Fabus, associação que reúne as encarroçadoras, em todo o ano de 2017, a Neobus produziu 1436 carrocerias, das quais 815 micro-ônibus, 383 urbanos e 238 rodoviários.

Já em janeiro (dado mais recente disponível pela Fabus), a Neobus produziu 101 carroceiras, sendo 56 urbanos, ultrapassando os micros, que registraram 36 unidades produzidas, e apenas nove rodoviários.

Na nota, a Neobus ainda informou uma venda de 14 unidades para o sistema da cidade paranaense de Pato Branco.

Os veículos foram comercializados para as empresas Cattani S.A., Cattani Sul e Transangelo Transportes Coletivos e são de chassi IvecoBus 170S28, de 17 toneladas e 280 cavalos.

As unidades são de dimensões médias para o atual padrão de ônibus convencionais: 12,4 metros de comprimento total.

Cada ônibus possui três portas de acesso, dois boxes para cadeirantes e sistema de ar-condicionado. São 28 lugares para passageiros sentados.

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

Comentários

Comentários

  1. Carlos disse:

    Apache vip é mais bonito

  2. Jackson de sousa leite disse:

    não demora muito a Marcopolo acaba com a marca Neobus..

    1. Lucas Yuri disse:

      Isso baseado que em que Jackson?

      1. Raphael disse:

        Lucas, a pergunta foi para o Jackson, mas deixa te contar uma coisa: a Marcopolo usou o mesmo discurso quando adquiriu a Ciferal no fim dos anos 90, após de descontinuar o último modelo da marca por volta de 2006, o Citmax, a Ciferal só produziu carrocerias da marca Marcopolo até quando de vez virou a Marcopolo Rio e assim, foi o fim da marca Ciferal. Quem garante que a Marcopolo vai manter a Neobus no mercado por muito tempo já que agora tem 100% do controle desta. Qual o sentido de manter marcas e modelos diferentes que disputam o mesmo mercado e estão em um mesmo estado (Rio Grande do Sul)? Isso considerando que a Marcopolo não abrirá a mão do mercado urbano com o seu Torino e Gran Vialle. O fato de dizer que vai focar a Neobus no seguimento urbano é uma maneira implícita de dizer que a linha New Road ficará em segundo plano e daí de forma ligeira e gradual vão tirando o modelo do mercado. E se seu destino for o mesmo da Ciferal, logo a fabrica poderá passar a fabricar carrocerias com a marca Marcopolo e enquando a Neobus vão diminuindo o seu espaço até toda a linha da marca ser descontinuada. Sabe porque isso acontece? Eliminar concorrente! Simples. A empresa compra parte das ações do concorrente até posteriormente adquirir todo o capital e aí começa o trabalho de diminuir o espaço da marca concorrente até desaparecer. Isso não só acontece no mercado de ônibus, é em geral mesmo. Tá mas o mesmo grupo tem a Volare, focada na fabricação de Micro ônibus? e porque tem outro modelo de micro – o Senior – da marca Marcopolo? Ambos não disputam o mesmo mercado? Em partes sim, mas tem algumas diferenças: Enquanto a Linha Volare pode ser considerado o veículo completo (chassi e carroceria – ok o motor é Agrale), o Senior é a carroceria e o comprador escolhe em que chassi deseja que seja encarroçado (Mercedes, Volks ou Agrale) além de customizações padrões para ser um veículo urbano, pode ser também construído para uso como fretado ou escolar. O Sênior é mais robusto que os modelos da Volare W9 Fly por exemplo, no entanto, o W9 pode ser encontrado a pronta entrega, enquanto o Senior na maioria das vezes, por encomenda. A volare também possui modelos para atender nichos específicos, faz modelos adaptados para Ambulância, Transporte Escolar, Carro Forte, a linha Attack (para solos em condições severas) e o Access (Pensado como veículo de transporte para cadeirantes). Essa diferença não existe até então, se compararmos o Torino com o Mega, o Viaggio g7 com o New Road e o Thunder com o Senior. Produtos de marcas diferentes, em mesmo estado e que cada produto disputa o mesmo mercado, não faz muito sentido… Ainda pode acontecer de pontos positivos dos modelos da Neobus serem incorporados nos modelos da Marcopolo como forma de aperfeiçoamento técnico e utilizar as instalações para ampliação de produção dos produtos Marcopolo e a marca Neobus em um prazo de tempo ser descartada. O que vai acontecer de fato não posso afirmar, mas posso dar minha opinião, e a fiz com um raciocínio plausível baseado em fatos e observação das estrategias da Principal do grupo, seu histórico e comparação de seu portfólio com o da Neobus.

  3. marcelo da silva disse:

    Falou tudo Raphael! Um belo panorama! Vejam que muita coisa já mudou desde então… Se pegar o boletim FABUS de produção, o mês de fevereiro é zero para modelos rodoviários.

  4. Infelizmente é isso que aconteceu. Pra mim a marca Neobus já acabou. Tudo graças a visão centrista dos empresários brasileiros e do CADE que permite um grande monopólio desses. Tecnicamente Neobus e Marcopolo não competiriam entre si no mercado, a competição se limitaria ao nome apenas, e a receita financeira que seria movimentada.
    Ao meu ver a Marcopolo poderia manter a fabricação dos rodoviários Neobus para ampliar seu portfolio no mercado e cercar os empresarios com opções internas para diminuir as possibilidades de debandadas externas. Por exemplo, um empresário que não quisesse mais investir na linha G7, teria a linha N10 como opção, assim como nos urbanos e nos BRTs, mas a Marcopolo não pensa nessa hipótese, apenas no “maldito” corte de custos e de produção, pois ela padroniza apenas a produção de um tipo de peça e de um tipo de acessório.
    A Marcopolo não se preocupa, pois detém grande fatia do mercado, devido ao seu capital ser aberto e os grandes grupos de empresas de onibus terem participação através de cotas de capital, por isso essa “chuva” de G7, e como os grandes grupos também acabam influenciando no mercado, de certa forma, essa escolha acaba respingando nos pequenos (através de compras de usados) e aumentando ainda mais a diferença entre a Marcopolo e as outras encarroçadoras.
    Por isso que ela não se preocupa, pois esses grandes grupos vão comprar G7 e mais G7, não por ele ser o melhor, ou por ter nome, mas sim pelo fato de que todo investimento feito na Marcopolo retorna para eles em dividendos.
    Minha esperança é que a Busscar voltando, tome uma boa fatia desse mercado, pois mesmo não tirando a liderança da Marcopolo (pois isso é impossível até então), irá impactar negativamente em seus resultados, e isso a forçará mudar o foco.

  5. Felipe disse:

    Mega TR lixo…Marcopolo acabou com o Mega Plus pra fazer o descartável “Mega Torino”

  6. Eu achei muito coerente as afirmativas baseadas em fatos concretos. Infelizmente a Marcopolo detêm o setor rodoviário praticamente isolada. O NewRoad N10 pra mim foi o rodoviário mais luxuoso, estável e confortável. Espero que com a chegada da Busscar o mercado seja mais acirrado.

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