HISTÓRIA: 9 de Julho, o orgulho de São Paulo
Publicado em: 9 de julho de 2017
A data que marca a luta por Constituição também é lembrada na história dos transportes
ADAMO BAZANI
O dia 9 de julho, considerada uma das datas mais importantes para o estado de São Paulo, foi quando começou a Revolução Constitucionalista, a revolta contra a ditadura de Getúlio Vargas.
Os paulistas queriam mais liberdade, democracia e pediam que o então presidente Vargas formulasse, com ajuda de parlamentares, uma nova Constituição.
Entretanto, o presidente não queria essa flexibilização.
As tensões começaram pelo menos um ano antes, até que no dia 9 de julho, não foi possível mais segurar o anseio da população.
No dia 23 de maio de 1932, durante a realização de um ato político no centro da cidade de São Paulo, em prol da democratização, a polícia agiu duro contra os manifestantes. Quatro estudantes foram mortos. Em homenagem a eles, o movimento passou a se chamar MMDC – iniciais de Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo.
A sigla MMDC e a data 23 de maio, que dá nome a uma das avenidas mais famosas da capital, também são de amplo conhecimento dos paulistas.
São Paulo acabou perdendo a luta armada, mas ajudou o país a dar, anos depois, um importante passo para luta em prol da democracia.
A derrota foi nas armas, mas no orgulho São Paulo ganhou.
Referências ao dia 9 de julho podem ser encontradas em praças, viadutos, ruas e avenidas em diversas partes do estado de São Paulo.
Como o setor de transportes também é ligado à história e à identidade de uma região, não poderiam faltar empresas de ônibus com esse nome.
Uma delas, que também foi um dos marcos de sua região por vários anos, foi a Viação 9 de Julho, cuja sede ficava em Registro, e fazia linhas do Vale do Ribeira até o Litoral Sul com extensões para capital Paulista.
Não é exagero nenhum dizer que a empresa de ônibus ajudou no crescimento da região.
Começando a operar no final dos anos 60, trazia pessoas dos municípios do Vale do Ribeira até Santos, onde já havia mais desenvolvimento.
Esta ligação também auxiliou os investidores a enxergarem de uma maneira mais atenciosa as necessidades e as oportunidades que haviam nesta parte do Estado de São Paulo.
Na maior parte de sua atuação, a 9 de julho operava com as inconfundíveis cores azul e vermelha e branca, em faixas discretas, mas muito bem dispostas na lataria dos veículos.
A frota era bastante diversificada de acordo com os serviços, com veículos mais simples de motor dianteiro até os mais sofisticados de três eixos.
Em 1998, a empresa foi comprada pelo grupo do empresário Belarmino de Ascenção Marta.
Surgia a Intersul que iniciou suas atividades em abril de 1999, quando assumiu linhas da antiga Viação Nove de Julho. A empresa passou a operar todas as ligações entre o Vale do Ribeira e a Capital, Baixada Santista e Litoral Sul do Estado, além das linhas regionais do Vale do Ribeira.
Desde 2015, a empresa agora se chama Valle Sul.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes
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Amigos, boa tarde.
Adamo sensacional matéria, combinado duas histórias a politica e a do buzão, PARABÉNS!.
As fotos são simplesmente sensacionais, muito obrigado, viajei no tempo,
Quem não se lembra dos 9 de Julho.
Perto do Terminal Buta, tem a RUA MMDC, também em homenagem.
Pena que a democracia descambou e está dando no que deu.
Muita democracia também vira casa da Maria Joana.
“Se estiver no comando, COMANDE.”
Att,
Paulo Gil
Viver, Ver e Rever…
Um complemento: havia uma garagem da 9 de julho em Taboão da Serra, atrás da fábrica CINPAL; essa área foi incorporada a empresa já a alguns anos.
Um ano antes de ser vendida para o Grupo do Belarmino um dos seus ônibus se envolveu em um grave acidente na BR-116 altura da serra do cafezal metade dos passageiros morreram do acidente e o motorista do ônibus que saiu ás 13:00 do Terminal Rodoviário Tietê sentido Vale do Ribeira o acidente foi causado por imprudência do motorista de uma carreta da empresa F.Souto.
O acidente foi em 1992 Km 329, caminhão era da Unidos Transportes e também teve um Caio Amelia da SOAMIN envolvido no acidente… 27 pessoas morreram… Carro 2061
Eu e a minha saudosa mãe pegamos um ônibus desta empresa para seguirmos pra Cananéia (no Litoral Sul) em agosto de 86.
e eu me lembro muito bem desse acidente migão naquela época trabalhava no Expresso Itamarati mas tinha amizade com o Arlindão inspetor e alguns motoristas era colecionador da revista Carga e Transporte teve uma matéria sobre esse acidente nunca mais me esqueço daquela foto
Meu pai era motorista da 9 de Julho..ele era conhecido como seu Oliveira…disseram que ele morreu de acidente
Minhas primeiras viagens só na adolescencia foram com a 9 de julho. Iguape – São Paulo!
sou do vale ,meu pai e dois tios trabalharam na 9 de julho e depois na intersul,essa empresa deixou saudades,faz parte da minha infancia.
o meu pai que eu nao conheco ele trabalhava nessa empresa mais ele morreu de acidente!queria saber quem era ele?so sei que ele morava em Cajati SP
era na epoca de !985..minha mae na epoca tava gravida de mim
O meu irmão Valdovino cordeiro trabalhou na empresa linha cananeia a são paulo.tempo bom
Cresci pegando o 9 de julho moro na praia grande minha família registro e a registro Iguape Eldorado Desde o tempo também da Viação São Miguel Arcanjo saldades
Na minha memória, a 9 de julho está associada a inúmeros acidentes na Regis Bittencourt a “rodovia da morte”. Na época desta empresa a rodovia era em pista simples, e com um tráfego maior que sua capacidade, aliado a imprudência de motoristas provavelmente seja a causa de muitos destes acidentes.
Até acredito que a venda dela tenha sido por causa da situação financeira delicada por causa de indenizações devidas em razão dos inumeros acidentes.
o acidente com a carreta.foi o motorista da carreta que dormiu ,e invadiu a pista contraria,nada a ver. . .e a venda da empresa,foi porque o velho pai morreu,e os filhos nao tinham capacidade,humildade,igual acontece com varias empresa por ai,e mesmo deixando com os tais gestores profissionais,que nada entendem do negocio. . .
saudade da Nove de Julho,dos parceiros do Arlindão Inspetor bons tempos aqueles
Meu. Marido trabalhou . muito tempo . nesta imprensa .Nos conhecemos nos anos .70 .e casamos em 71 .ele .trabalhou um bom tempo mais
Meu saudoso Pai foi pioneiro nesta empresa. Eu morava com minha familia na ria h matsugawa 606 em registro. Era o mecanico chefe da 9 de Julho. Anos de 1969 ate final meados dos anos 80!!!! Era a univa casa no bairro da ribeira q tinha luz!! Hhh saudades desta epoca!!!
Esse lance da revolução de 1932 não é verídica, porque em primeiro lugar, nunca houve ditadura no Brazil, nem mesmo na era Vargas, em segundo lugar, essa revolução não tinha nada a ver com democracia e liberdade pois o Brazil sempre foi um país livre e democrático. O que houve de fato foi uma insurreição motivada por rebeldes e bandidos.