Ônibus abastecido por energia solar roda mais de 10 mil km em Florianópolis

Projeto foi desenvolvido Grupo de Pesquisa Estratégica em Energia Solar da UFSC em parceria com a fabricante de São Bernardo do Campo, Eletra, responsável também pelo projeto de integração dos equipamentos. O ônibus tem carroceria Marcopolo Torino Low Entry, os motores elétricos são da WEG e o chassi é um Mercedes-Benz O-500U Elétrico

ALEXANDRE PELEGI

Circulando desde o dia 20 de dezembro 2016, o primeiro ônibus 100% elétrico movido a energia solar superou, em abril, a marca de 10 mil quilômetros. (Leia aqui: https://diariodotransporte.com.br/2016/12/21/onibus-eletrico-com-energia-solar-ja-esta-em-operacao-em-santa-catarina/)

O veículo começou a operar em Santa Catarina no trajeto de 25,3 quilômetros entre dois campus da UFSC, no Sapiens Parque, em Canasvieiras, no norte da ilha, e o Campus Central. O veículo realiza diariamente cinco viagens e é totalmente alimentado pela eletricidade solar gerada nas estruturas do laboratório Fotovoltaica UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina.

O projeto foi desenvolvido pelo Grupo de Pesquisa Estratégica em Energia Solar da UFSC em parceria com a fabricante de São Bernardo do Campo, Eletra, responsável também pelo projeto de integração dos equipamentos. O ônibus tem carroceria Marcopolo Torino Low Entry, os motores elétricos são da WEG e o chassi é um Mercedes-Benz O-500U Elétrico.

O ônibus envolve o conceito de “deslocamento produtivo”, em que a geração de energia elétrica é realizada por intermédio de módulos solares fotovoltaicos integrados.

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação -MCTI financiou a iniciativa que custou cerca de R$ 1 milhão.

DIFERENCIAIS:

Os grandes diferenciais do ônibus elétrico estão na alimentação por energia fotovoltaica e no sistema de tração Eletra. Com potência de 200/400 kW e autonomia de até 200 quilômetros, ele faz quatro recargas de seis minutos.

O projeto de integração e tecnologia possui baterias de tração tipo Ions de Lítio – energia de 128kWh com oito “Packs” e tempo de recarga de 2,5h com carregador lento e apenas 30 minutos com carregador rápido.

A eletricidade gerada no laboratório pelos sistemas fotovoltaicos instalados atende não só ao consumo das recargas do ônibus, como abastece os prédios da instalação, o que consome cerca de 80% da eletricidade gerada.

A energia que restante, cerca de 20%, é consumida no campus central da UFSC.

APP:

Um aplicativo ainda em fase de desenvolvimento vai permitir à comunidade acadêmica da UFSC reservar assentos no ônibus por meio do telefone celular. O modelo é semelhante ao check-in para um voo comercial.

Após o lançamento do aplicativo, o serviço será oferecido com horários regulares a todos os estudantes, docentes e técnico-administrativos em Educação da Universidade.

Alexandre Pelegi, jornalista especializado em transportes

Comentários

Comentários

  1. LUIZ CARLOS DIRENZI disse:

    A cidade de São Paulo, já teve Bondes elétricos, Trolebus (ônibus elétricos) que aos poucos foram diminuindo restando poucas linhas que ainda funcionam. Depois falaram muito sobre veículos usarem o GNV que parece não ter caído muito no gosto de empresarios. Agora vem ai essas novas tecnologias de ônibus movido a anergia solar. Espero que não seja mais um sonho de verão.

  2. Paulo Gil disse:

    Amigos, boa noite.

    Legal, boas novas.

    Mas já tá na hora de fazer o segundo e colocar pra rodar na linha paulera, no plano até eu vou bem.

    Sucesso!

    Att,

    Paulo Gil

    1. Zé Tros disse:

      Paulo Gil, boa noite,

      Pelo que eu entendi são duas opções, 200 Kw/ 272 cv ou 400 Kw/544 cv de potência, ou seja, potência suficiente para vencer subidas, mesmo com lotação máxima.

      Essa versão de 400 Kw ou 544 cv é mais potente que qualquer ônibus rodoviário brasileiro. É potência de carreta.

  3. José americo rodrigues dias disse:

    Sou motorista de ônibus viação pirajuçara sp achei ótimo deve ser muito silencioso porque já trabalhei com trolibus na cmtc teria que oprovar rápido menos poluição no mundo.

  4. Esse ônibus é muito bacana e, claro, o sistema fotovoltaico instalado na UFSC deve ser o que se chama “sistema conectado a rede elétrica”.
    Legal, já que também deve servir para divulgar a energia solar fotovoltaica no Brasil, onde a maioria da população ainda não sabe do que se trata.
    Se me permitem, confira também essa opcão em São Paulo:
    http://www.mitratechenergiasolar.com.br/

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