Sindicato diz que ao menos seis empresas de ônibus do Rio de Janeiro operam no vermelho
Publicado em: 7 de março de 2017
Em dois anos, outras seis companhias fecharam as portas. Fetranspor e RioÔnibus temem doze falências
ADAMO BAZANI
A situação das empresas de ônibus do Rio de Janeiro, dos trabalhadores do setor e dos passageiros não vai nada bem.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Rodoviários do Rio de Janeiro, Sebastião José da Silva, ao G1 Rio, seis empresas estão operando no vermelho e tem atrasado salários e benefícios.
“Essas empresas estão há seis meses sem conseguir fazer seus pagamentos em dia. O pagamento deveria ser no quinto dia útil e está saindo lá pelo dia 20”
As companhias de ônibus apontam como a principal causa para o quadro a queda no número de passageiros. Ente janeiro em setembro do ano passado, foram 48 milhões de passagens a menos.
O Diário do Transporte vem noticiando a situação desde 2015, quando houve o fechamento das primeiras companhias. Desde então, seis deixaram de operar.
Em dezembro, a Fetranspor e o RioOnibus, unidades sindicais que representam as empresas de ônibus do Estado do Rio de Janeiro e da capital, respectivamente, disseram temer que ao menos doze companhias entrem em falência em 2017, se a situação persistir. O fechamento das seis viações provocou a demissão de 3,9 mil trabalhadores diretos.
Além da crise econômica, que diminui o número de passageiros no sistema, em especial com o vale-transporte, os investimentos insuficientes para dar mais eficiência ao sistema e erros na reformulação das linhas municipais ajudam a explicar o quadro.
EMPRESAS DE ÔNIBUS QUE JÁ FECHARAM NO RIO DE JANEIRO:
2016:
– Auto Viação Bangu (Consórcio Santa Cruz)
– Algarve (Consórcio Santa Cruz)
2015
– Translitorânea (Consórcio Intersul)
– Rio Rotas (Consórcio Santa Cruz)
– Andorinha (Consórcio Santa Cruz)
– Via Rio (Consórcio Internorte)
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes
Autopass ITS já funciona em quase 950 ônibus e já beneficiou mais de 5 milhões de passageiros na Região Metropolitana de São Paulo
Caso de Sucesso Viação Alpha, do Rio de Janeiro: como as otimizações da operação podem reduzir custos e atender picos de demanda de passageiros
A chamada racionalização cujo principal objetivo é reduzir os custos das empresas, com reduçao de linhas e veiculos, causou uma evasão de passageiros….ocasionando a quebra de muitas empresas…não só no RJ, mas em todo o Brasil as empresas estao de mal a pior, ja esta na hora de repensar esse modelo tronco alimentador, pois esse modelo nao esta beneficiando os passageiros e sim prejudicando con falta de linhas e superlotação afastando os passageiros e o pior um sistema caro que as empresas sozinhas nao pode bancar e o poder publico esta tirando o corpo fora para piorar as coisas….
O sistema tronco-alimentador é perfeito. Temos o melhor exemplo: CURITIBA onde ele existe desde setembro de 1974. O problema principal é a RACIONALIZAÇÃO que está ocorrendo com a eliminação de várias linhas e jogando tudo nas costas das linhas expressas e troncais fazendo com que a lotação exista (inclusive em horários fora do pico). O que precisa ocorrer (e se depender desses malditos tecnocratas das prefeituras que NUNCA usam ônibus) É A REVISÃO de todas as extinções de linhas e o retorno delas até mesmo para auxiliar na diminuição das lotações existentes no sistema tronco-alimentador.