Vendas de ônibus fecham 2016 com queda de 32,92%, diz Fenabrave
Publicado em: 4 de janeiro de 2017
Resultado é reflexo da crise econômica e da falta de investimentos em mobilidade urbana
ADAMO BAZANI
A Fenabrave – Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores divulgou nesta quarta-feira, 4 de janeiro de 2017, balanço sobre a venda de veículos em todo o país.
Segundo os dados, o Brasil retrocedeu mais de 20% em relação à comercialização de automóveis. A queda em todo o ano de 2016 somou 20,19% em comparação a 2015, contando carros de passeio, comerciais leves, caminhões e ônibus. Foram neste ano 2.050.327 unidades vendidas.
Já a venda de veículos comerciais pesados, considerados uns dos termômetros das atividades econômicas e também das projeções de investimentos, foi ainda menor.
A comercialização de caminhões caiu 29,92%, somando 50.292 mil unidades. Na comparação anual de dezembro de 2015 e dezembro de 2016, a queda foi de 20,29%.
As vendas de ônibus mostram um cenário ainda pior. A queda acumulada, ainda de acordo com a Fenabrave, foi de 32,92% em 2016, quando foram comercializados 13.646 mil veículos de transporte coletivo, em relação a 2015. Na comparação entre os meses de dezembro dos dois anos, a queda nas vendas de ônibus foi de 40,42%
São vários os fatores relacionados à crise econômica que justificam essa redução drástica no número de vendas de ônibus: o desaquecimento econômico e também as dificuldades para crédito na hora de o empresário comprar frota nova.
A crise econômica também afeta a arrecadação do poder público, seja nas esferas municipais, estaduais e Federal, o que também resulta em redução de investimentos em mobilidade urbana e demanda por ônibus novos.
A queda nas vendas de ônibus tem se acentuado desde 2014 e já ultrapassa 70% no acumulado deste período,
PARTICIPAÇÃO DE MERCADO:
A Fenabrave também divulgou a participação das fabricantes de veículos pesados no acumulado de 2016. De acordo com os dados, a Mercedes-Benz lidera tanto os segmentos de ônibus como o de caminhões, seguida da Volkswagen. No entanto, a concentração no mercado de ônibus é maior.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes
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No mar quando a onda se recolhe com intensidade é pra acumular força para o retorno. A próxima vem forte e grande.
Essa retração do mercado é a onda recolhendo , provavelmente em 2018 vai faltar capacidade instalada pra atender a demanda. É a onda vindo grande e forte. Olhar com otimismo é preciso!
Concordo contigo Cláudio. Logo a economia dá sinais de recuperação e teremos veículos comerciais novos rodando. De preferência ônibus com suspensão pneumática, ar condicionado, motor traseiro e tudo mais… e Euro 6 chegando!!