Ônibus com energia solar vai operar em novembro em Santa Catarina

Veículo vai circular no Campus da UFSC e sistema pode ser usado em linhas urbanas

ADAMO BAZANI

A UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina confirmou que entre novembro e dezembro estará em operação o ônibus 100% elétrico que vai contar com energia solar para carregar as baterias.

A energia elétrica será gerada pelo Centro de Pesquisa e Capacitação em Energia Solar Fotovoltaica da UFSC, localizado no Sapiens Parque. Isso significa que o ônibus é elétrico, mas a fonte de geração de energia elétrica não será convencional e sim em uma estação com energia solar.

A universidade diz que a operação deste veículo deve gerar no Campus uma economia mensal de R$ 2 mil, além de melhorar a qualidade do ar.

Estudo da UFSC mostra que um ônibus com consumo médio de 670 litros de diesel por mês emite cerca de 3,9 toneladas de CO2. Em um ano, a emissão chega a 46,8 toneladas de CO2.

Apresentado no 12º Salão Latino-Americano de Veículos Elétricos, realizado em São Paulo, no início do mês, o ônibus inicialmente fará o transporte de alunos, professores e técnicos da UFSC, entre o campus da Trindade e o laboratório no Norte da Ilha, no Sapiens Parque, no bairro Canasvieiras.

Para as quatro viagens feitas pelos pesquisadores diariamente, que totalizam 50 quilômetros, os custos dos deslocamentos seriam de aproximadamente R$ 100 diários, o que corresponde a R$ 2 mil mensais.

“As recargas serão feitas por meio da rede presente no campus e no parque, percurso que o veículo fará quatro vezes ao dia, totalizando 50 quilômetros entre ida e volta. Com as recargas de conveniência ao final de cada viagem no Sapiens Parque, a autonomia é dimensionada para atender a operação durante todo o dia com emissão zero de poluentes.” – explica a Universidade em nota.

O projeto custou R$ 1 milhão, mas com a produção em maior escala, o sistema tende a ficar mais barato

Um dos objetivos é futuramente criar estações como estas em garagens de ônibus ou terminais para mover os veículos por meio de geração de energia solar em sistemas transportes urbanos de maior demanda.

O professor e coordenador do “Fotovoltaica”, Ricardo Rüther, disse que consumo e a geração da energia serão monitorados durante a operação do ônibus, servindo como base para pesquisas acadêmicas.

“Hoje, quem precisa se deslocar até o parque utiliza veículos próprios, depende de caronas ou do transporte público, que leva cerca de uma hora e meia para chegar ao local. A estimativa é de que o trajeto seja feito em 30 minutos pelo modelo elétrico.”

5800 ÁRVORES:

Segundo o  membro do Grupo de Pesquisa Estratégica em Energia Solar da UFSC, o pesquisador Júlio Dal Bem, os benefícios ao meio ambiente que este ônibus pode gerar, equivalem ao que 5800 árvores resgatam de gás carbônico no meio ambiente.

Estudo do Instituto Totum e da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ), da Universidade de São Paulo em parceria com a Fundação SOS Mata Atlântica, amostra que cada árvore da Mata Atlântica absorve 163,14 kg de gás carbônico (CO2) nos primeiros 20 anos de vida, o que seria uma média de 8,1 kg de CO2 por ano.

A aquisição do ônibus foi financiada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação – MCTI, por uma licitação.

O veículo tem tecnologia e integração de equipamentos da Eletra, de São Bernardo do Campo, tração da WEG, chassi Mercedes-Benz O-500U de carroceria Marcopolo, modelo Viale, que recebeu reforço especial.

 

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

Comentários

Comentários

  1. Paulo Gil disse:

    Amigos, boa tarde.

    Ai sim, energia oriunda do sol.

    Ja pensaram esse buzao e essas estacoes no norte nordeste.

    Parabens a todos os envolvidos.

    E qual e a previsao para entrar em linha de producao ?????

    E a viabilidade economica ???

    Att,

    Paulo Gil

  2. Só que as pessoas insistem nessa falácia de energia solar por causa da falácia do aquecimento global! Aí se sujeitam a pagar caríssimo por algo, por questões ideológicas. Custou 1 milhão a brincadeira, economiza-se 2000 por mês em diesel, então o retorno vem em 42 ANOS. E isso é pra bonito, e não pra pesquisa, é dinheiro público no lixo!!!!!!!!!!!! Para tocar um ônibus desses, eu calculei, com todas as devidas perdas, que há a necessidade de pelo menos 607 m2 de placa solar, custando pelo menos 607 mil reais em placa solar. Se for um ônibus urbano que anda bem mais que este de universidade, há a necessidade 1811 m2 de placa solar, ou 1,8 milhão de reais para cada ônibus. 1811 m2 ocuparia o mesmo espaço que 1811 árvores num mato. E pra abastecer a frota de Porto Alegre, são no mínimo 300 hectares (300 campos de futebol) de placas e 3 bilhões de reais, apenas em placas. Fora as baterias dos ônibus que são caríssimas! E na universidade, está o topo da sabedoria. Brasil!!!!!!!!!!!! 1 milhão de reais daria pra equipar um laboratório de ponta, sendo útil para algo.

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