Ex-prefeito de Nova York defende BRT para São Paulo e para outros sistemas brasileiros e elogia Curitiba e região metropolitana

ônibus

Apesar de ter uma rede de metrô extensa, Nova York conta com sistema de ônibus que recebeu investimentos nos últimos anos.

Segundo Michael Bloomberg, sistemas de ônibus em corredores reorganizam as cidades e são de baixo custo com bons resultados.

                                                                             ADAMO BAZANI

Considerado um dos administradores mais bem sucedidos que ocuparam a prefeitura de Nova York, o empresário bilionário Michael Bloomberg, de 73 anos, defendeu a implantação e expansão de sistemas de corredores de ônibus modernos, os BRT – Bus Rapid Transit, como “soluções criativas e replicáveis em cidades latino-americanas”, incluindo claro, as do Brasil.

Em entrevista à jornalista Thaís Bilenky, correspondente da Folha de São Paulo em Nova York, Michael Bloomberg diz que os ônibus em corredores ajudam a reorganizar as cidades com baixo custo e bons resultados, sendo ideais para realidades como do Rio de Janeiro e de São Paulo e de suas regiões metropolitanas.

“O Bus Rapid Transit [o BRT], que é basicamente pegar os ônibus que já existem, reestruturar as faixas exclusivas e colocar dispositivos eletrônicos, que não são caros, de forma que o sinal verde favoreça os coletivos. Assim, o ônibus fica mais atraente, o que significa menos carros e menos poluição.”

Na apresentação de seu projeto, que é uma espécie de concurso entre administrações de municípios com mais de 100 mil habitantes para que proponham soluções inovadoras, Bloomberg diz que o sistema de transportes de Curitiba e região Metropolitana é um exemplo de como os corredores de ônibus ajudam o desenvolvimento urbano, mas reconhece o desafio enfrentado com o crescimento do número de deslocamentos por carros e motos.

 “Nas cidades, estão os problemas e, nas cidades, estão as soluções … Curitiba é uma mostra disso… Não será fácil. A capital paranaense, modelo regional de transporte público, vê-se às voltas com aumento de uso do carro.”

Bloomberg criou o Mayors Challenge, que em tradução livre quer dizer desafio dos prefeitos.

Já foram realizadas edições na Europa e nos EUA. Nesta semana, foi lançada a edição voltada para América Latina e Caribe. A cidade vencedora ganhará US$ 5 milhões e as outras quatro primeiras colocadas recebem US$ 1 milhão.

As inscrições dos projetos e ações das cidades pelas próprias administrações, que podem servir depois de modelo para outros municípios, vão até o dia 15 de março, pelo site: http://mayorschallenge.bloomberg.org/

O histórico de Michael Bloomberg na prefeitura de Nova York tem ações positivas que foram replicadas em cidades de todo o mundo. Para se ter uma ideia, ele ampliou o metrô cuja, rede hoje tem 375,8 quilômetros, implantou 450 quilômetros de ciclovias, inaugurou um sistema compartilhado com 6 mil bicicletas, vetou fumo em restaurantes e bares e recebeu um orçamento com déficit bilionário e entregou o final da gestão com superávit orçamentário de US$ 2,5 bilhões. Também foram feitos investimentos nos serviços de ônibus

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes.

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Apesar de ter uma rede de metrô extensa, Nova York conta com sistema de ônibus que recebeu investimentos nos últimos anos.

Comentários

Comentários

  1. Pedro disse:

    Adamo as empresas de ônibus apos o aumento das passagens reduziram o numero de carros, e aumentaram os intervalos, isso sim tinha que ser delatado e combatido pela população, principalmente a senhora VIP, que tem tanta certeza que vai ser dona das linhas da zona leste que não se preocupa mais em qualidade so em lucro, onibus lotados e passageiros esmagados = lucro absurdos.

  2. J disse:

    VIU HADDAD SEU INCOMPETENTE ! SEU MENTIROSO! VC E O KASSAB DEIXARAM SP/SP NA MESMO! NEM UMA LICITAÇÃO VC CONSEGUE CONCLUIR! E FALTAM ÔNIBUS NAS LINHAS, FORA O FATO DE OS COBRADORES FAZEREM FALTA ATÉ EM MICRO-ÔNIBUS…Q DIRÁ NOS CONVENCIONAIS…SEU TRANQUEIRA! “ZÉ ROELA”! PT DOS INFERNOS!

  3. Paulo Gil disse:

    Amigos, boa noite.

    A diferença é que o Sr. Bloomberg é um empresário e administra de forma lógica e matemática, tanto que termina sua gestão com superávit.

    Simples assim.

    Att,

    Paulo Gil

  4. Eu também defendo isso,mas temos sérios problemas em SP,começando pelas obras que são demoradas,agora com a crise ai para tudo,e fica uma enrolação grande pra liberar as licenças,e quando libera exige mil coisas,o preço das obras alguns são super faturados,e podem parar antes de começarem,se fosse menos burocrático talvez teríamos algum corredor,quem sabe daqui um tempo.

  5. Julio Jesimiel Gotardo disse:

    Acho que no lugar de Corredores BRT melhor seria o VLT, a cidade do Porto é toda servida pelo Metro que nada mais é que um VLT com 2 vagões.

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