Volare lança miniônibus com piso baixo e motor traseiro

Volare Access

Volare Acess atende à demanda por ônibus de menor porte que ofereçam acessibilidade para os passageiros em linhas que alimentam sistemas de alta capacidade. Foto: João Luiz Oliveira/ Texto: Adamo Bazani/Blog Ponto de Ônibus

Volare apresenta miniônibus com piso baixo e motor traseiro
Veículo atende normas de acessibilidade, podendo ser usado como alimentação de sistemas com maior capacidade
ADAMO BAZANI – CBN
O elevador em ônibus, equipamento que integra a maior parte da frota urbana brasileira acessível, é uma solução possível para a realidade operacional no País. A maioria dos ônibus tem motor dianteiro, sendo necessária esta configuração ou não, e uma parcela significativa trafega em vias que não permitem uma carroceria com menor distância do solo. Mas, na prática, o elevador não é considerado o melhor equipamento para quem possui algum tipo de limitação. Isso porque, normalmente, ele é usado para embarque de pessoas em cadeira de rodas. Quem possui restrição de movimento, mas não está na cadeira de rodas, ou mesmo limitação visual ainda tem de enfrentar os degraus dos ônibus.
A solução mais adequada para acessibilidade é o embarque com a plataforma no mesmo nível do assoalho dos ônibus, sistema presente em estações em corredores exclusivos, que ainda são minoria no transporte urbano brasileiro.
Assim, fora do corredor e sem as limitações dos elevadores, a configuração de piso baixo (total, para entrada ou central – este último praticamente em desuso) com rampa tem se mostrado uma alternativa que atende quem usa cadeira de rodas e quem tem alguma limitação visual ou de movimento sem necessidade da cadeira.
Já são comuns os ônibus convencionais, padrons, 15 metros, articulados, superarticulados e biarticulados com este tipo de acesso em vias que permitem o tráfego de modelos com uma distância menor entre a via e o assoalho.
Mas ainda há poucos micro-ônibus e miniônibus com esta configuração. Estes modelos menores ganharam destaque na alimentação de serviços de ônibus com mais capacidade de passageiros e metroferroviários.

Volare Access

Além de ser piso baixo, com motor traseiro e rampa, modelo possui sistema de rebaixamento da carroceria para facilitar embarque e desembarque. Foto: João Luiz Oliveira/ Texto: Adamo Bazani/Blog Ponto de Ônibus.

A Volare, unidade de veículos leves da Marcopolo, apresentou o Volare Access. É um ônibus com dimensões reduzidas, motor traseiro, com PBT – Peso Bruto Total de 9,2 toneladas, 9 metros de comprimento, altura externa de 3,13 metros e largura de 2,36 metros.
Além de ser de piso baixo com rampa, o veículo possui o sistema de suspensão a ar e rebaixamento total da carroceria na hora do embarque e desembarque.
Foi mais de um ano para o desenvolvimento do modelo, o que envolveu diversas áreas da Volare como design, engenharia e produção.
Na versão urbana, pode transportar até 35 passageiros, um passageiro na cadeira de rodas além do cobrador, se o sistema da cidade contar com este profissional.
Já na configuração escolar, há duas versões: 16 passageiros e três boxes para cadeira de rodas ou 21 passageiro e um Box para cadeira de rodas.
Em nota, a Volare detalha as principais características do motor e do sistema de transmissão:
“O Volare Access é equipado com motorização traseira Cummins ISF 3.8, com 162 cv de potência e torque de 600 Nm a 1.500 rpm, transmissão mecânica EATON FSO 4505 C de cinco marchas e direção hidráulica. O motor traseiro possibilita fácil acesso aos componentes, possui sistema de refrigeração gerenciado eletronicamente com quatro eletroventiladores, reduzindo o nível de ruído e assegurando temperatura constante de funcionamento.”
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes

Comentários

Comentários

  1. Roberto disse:

    Parabéns à Volare pelo modelo. O que precisamos mesmo é solução para quem não tem acessibilidade.

  2. Paulo Gil disse:

    Amigos, boa noite.

    Parabens Marcopolo / Volare.

    Motor Cumins isso e motor.

    Bom mas voces precisam agora fazer uma carroceria bonita, pois esse modelito ja cansou.

    Pensem com carinho nessa ideia.

    Tenho uma ideia super facil de fazer u Volare lindao com moyor traseiro.

    Agora no Brasil tem micro com motor traseiro.

    Att,

    Paulo Gil

    1. Paulo Gil disse:

      Amigos, bom dia.

      Ha muiiiitos post atras, sempre defendi a ideaia de que os buzoes acessiveis deviam ser os micros, pela sua rodagem de menor diametro.

      Marcopolo, pode me mandar um Volare (depois de reestilizado), como royalties pela ideia.

      Mas a rampa, na minha opiniao, tem de ser automatizada e nao manual.

      Att,

      Paulo Gil

  3. Paulo Gil disse:

    Amigos, boa noite.

    Melhor um “papafilinha” igual aos que rodam em Santa Catarina, para transporte turistico.

    Ai nao trriamos os malditos Degraus ALTOS internamente.

    Att,

    Paulo Gil

  4. carlos disse:

    parabens agrale por se adaptar as necessidades urbanas e em produzir um chassis com estas caracteristicas ja estava na hora

  5. jackson disse:

    Agrale foi pioneira em micro-ônibus com motor traseiro…. vamos ver se vai pra frente deve ser bem mais caro que um cabecinha de fogo….

  6. Davidson Souza disse:

    Parabéns a Volare! Agora é convencer a clientela …

  7. Isso sim verdadeiramente tecnologia…inovaçao de verdade

  8. Pedro Lucas Vieira disse:

    São Paulo Transporte curtiu

  9. Marcos disse:

    Ora pois, no pasado já tivemos ‘micrões’ de motor traseiro: os famosos ônibus O-364 da Mercedes. Eram ônibus que de tão pequenos perto dos que dominavam os anos 80(Amélias, Busscar, Torino) poderiam ser considerados midis ou micrões.
    Aqui em BH esses micro-ônibus de motor traseiro e piso baixo poderiam ser sonho de consumo dos operadores das linhas suplementares, que não são operados por empresas e sim por particulares. No caso das empresas, mas os sindicatos que as representam em hipótese nenhuma permitem que elas operem ônibus de motorização traseira.

  10. Interessante porém diminui a quantidade de bancos,e lotação ocorredor já e pequeno e fica um empurra no pico,seria bom ver uma em testes,pra padronizar tenho minhas dúvidas.

  11. Bruno disse:

    Duvido que a SPTrans homologue aqui em SP…Se fosse para ela homologar um veículo desse tipo, ja teria feito com aquela versão que tem piso baixo na traseira. Faz a mesma coisa que essa, com custo de aquisição mais baixo, no entanto, a SPTrans não homologou…

  12. Parabéns à VOLARE.
    Tecnologia igual aos países desenvolvidos a disposição dos Brasileiros.
    SUCESSO GARANTIDO!

  13. Eliete Oliveira disse:

    Muito legal, gostaria de conhecer melhor, acho que a rampa manual é muito melhor pois é rápido e prático, sucesso.

  14. evoluçaõ, para tirar carros particulares da rua transporte publico evoluido e
    quem opera, ser mais profissional é um investimento caro, aqui empresas
    deixam que seus operadores deixam para traz os passageiros, principalmente
    autorizadas pelo DERMG, tem mudar o sistema de gerenciamento são uns
    complo de politicos.

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