E-bus será um dos destaques no Salão do Veículo Elétrico

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E-bus, ônibus articulado elétrico que só depende de baterias para se movimentar, fabricado no Brasil com tecnologias nacional e japonesa, será um dos destaques no VE – Salão do Latino Americano do Veículo Elétrico. Foto: Filipe Rodrigues

E-bus, da Eletra, será um do destaques do Salão Veículo Elétrico – VE
Entre os dias 4 e 6 de setembro, evento vai reunir soluções e modelos de ônibus, carros e caminhões com tecnologias limpas
ADAMO BAZANI – CBN
Apesar da falta de investimentos e de incentivos públicos em prol da mobilidade limpa no Brasil, em especial os sistemas e veículos que têm a eletricidade como fonte de tração, é tendência mundial a busca por deslocamentos menos poluentes.
Mesmo que lentamente e sem ainda o envolvimento necessário das autoridades, no Brasil esta tendência começa ganhar força.
Soluções e produtos, tanto da indústria nacional como tecnologias de outros países, já estão presentes no País.
Neste ano, o 10º Salão Latino Americano de Veículos Elétricos, Componentes e Novas Tecnologias vai apresentar as novidades na área de tração limpa, com ênfase para os transportes urbanos.
O evento ocorre entre os dias 4 e 6 de setembro no Pavilhão Amarelo, no Expo Center Norte, em São Paulo (SP).
Um dos destaques do evento será o E-bus, ônibus elétrico articulado de 18 metros que só depende de baterias para se movimentar desenvolvido num veículo que já circulava como trólebus no Corredor Metropolitano ABD, com carroceria caio Millennium II e chassi Mercedes-Benz O 500 UA.
O sistema foi criado pela Eletra, empresa de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, em parceria com a Mitsubishi Heavy Industries e Mitsubishi Corporation.
Desde o início do ano, opera em testes na ligação entre Diadema, na Grande São Paulo, e a estação Berrini, da CPTM – Companhia Paulista de Trens Metropololitanos.
De acordo com nota da assessoria de imprensa da Eletra, “o veículo tem emissão zero de gases poluentes e a energia vem de um conjunto de 14 baterias, que precisa de apenas 3 horas para recarga total, garantindo autonomia operacional de 200 km. O veículo conta ainda com um sistema de recarga rápida, que pode ser feito em 5 minutos, oferecendo mais 11 km de autonomia.”
No evento, a Eletra vai novamente disponibilizar transporte para os visitantes num ônibus elétrico-híbrido, que vai fazer a ligação entre o Terminal Rodoviário do Tietê e o Expo Center Norte.
Segundo nota da Eletra, os motores a combustão e elétrico no ônibus híbrido da fabricante funcionam em conjunto, mas a movimentação do veículo se dá apenas pelo propulsor elétrico:
“No caso do HíbridoBR, da Eletra, apenas o motor elétrico movimenta o veículo, caracterizando a tecnologia “híbrido série”. O motor elétrico foi desenvolvido pela WEG, que já fabricou mais de 200 unidades com essa tecnologia para ônibus elétrico. A energia para o motor elétrico vem de um grupo motor gerador formado por um motor veicular Mercedes-Benz – EURO V – movido a diesel comum, biodiesel ou mesmo diesel de cana-de-açúcar, e um gerador também fabricado pela WEG. Um banco de baterias tracionárias, desenvolvido pela Moura, complementa a energia disponível para o motor elétrico, quando necessário. Em cada parada para entrada de passageiros ou semáforos, o grupo motor gerador recarrega as baterias. As baterias são de chumbo ácido, fabricadas no Brasil e 100% recicladas em um dos centros mais modernos de reciclagem da América Latina, de propriedade e com tecnologia desenvolvida pela Moura. O motor diesel aplicado nesta tecnologia do ônibus elétrico, além de ser menor que o aplicado a um ônibus diesel similar, opera em rotação constante, o que reduz muito a emissão de poluentes, pois nas acelerações é o motor elétrico que atua. O motor diesel permanece em rotação constante (calibrada para o ponto ideal de baixa emissão e de baixo consumo) ou em marcha lenta. É fácil perceber a diferença. No híbrido com tecnologia série apenas o motor elétrico traciona o ônibus. Além de reduzir as emissões, a tecnologia desenvolvida pela Eletra permite a recuperação de energia nas frenagens, conceito conhecido como “frenagem regenerativa” ou como ficou conhecido na Fórmula 1: “KERS – Kinetic Energy Recovery System (Sistema de Recuperação de Energia Cinética). Simplificando: quando o freio é acionado, o motor elétrico vira um gerador e a energia que seria desperdiçada na frenagem é reaproveitada e armazenada no banco de baterias. A otimização do motor diesel para a aplicação, a eficiência dos motores elétricos, a tecnologia de baterias, o sistema de frenagem regenerativa e a tecnologia de tração que gerencia todos os conjuntos permitem que o ônibus elétrico híbrido reduza a emissão e o consumo de combustível. As emissões locais, como o material particulado – são reduzidas em até 95% e o consumo de diesel, em operação comercial, está em torno de 20%.”
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes

Comentários

Comentários

  1. Paulo Gil disse:

    Amigos, boa noite.

    Eu nunca andei num E-bus, portanto nao posso falar nada, mas
    Em tese o E-bus e o que tem de rodar nas grandes metropolis.

    O que falta para o E-bus decolar ?

    Aeroporto ?

    Escala de producao ?

    Torque ?

    Preco de cabritinho ?

    Topografia reta ?

    Corredor tapetao ?

    Se alguem puder me esclarecer, fico agradecido.

    Att,

    Paulo Gil

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