A eficiência do ônibus em números concretos

ônibus

Ônibus é sinônimo de eficiência. Especialista em transporte mostra que faixas e corredores aparentemente vazios são na verdade o ideal já que os veículos de transporte coletivo transportam mais pessoas que longas filas de carros, com menos poluição e ocupação mais inteligente do espaço urbano. Foto: Adamo Bazani

A Eficiência do ônibus em números concretos
Via pode receber 10 mil pessoas por hora com corredor de ônibus. Sem corredor, número no mesmo local seria de somente 1 mil a 3 mil pessoas transportadas
ADAMO BAZANI – CBN

Uma crítica, feita sem conhecimento ou mesmo por defensores extremos do transporte individual, é que as faixas e os corredores de ônibus sempre se encontram vazios, com intervalos entre um veículo de transporte coletivo e outro.
Apesar de algumas linhas poderem contar com mais ônibus e terem tempo de espera diminuído, se a faixa e o corredor de ônibus aparentam ser vazios é porque mostram eficiência.
Isso porque a capacidade de transporte por parte de ônibus é muito superior ao do carro: 80 pessoas contra 02 do carro, em média. O ônibus poupa espaço urbano e não são necessárias ocupações de longos trechos de vias para atender bastante gente, sem superlotação por veículo.
O importante assim, ao ver uma faixa ou um corredor aparentemente vazios, não é pensar no número de veículos, mas no número de pessoas atendidas. Afinal, as cidades precisam ser feitas para o ser humano e não para as máquinas automotivas. E outro ponto, corredor com excesso de ônibus causa congestionamento no transporte coletivo e perde sua principal função que é oferecer velocidade aos veículos de massa sobre pneus.
O especialista em transportes Horácio Figueira diz que, diante do trânsito que só piora em São Paulo e do longo tempo e das impossibilidades técnicas e financeiras para expandir o metrô, o ônibus é a solução de mobilidade mais apropriada para cidades como São Paulo.
E ele mostra números bem claros da eficiência de uma via sem faixas, com faixas e com corredores de ônibus. Os números deixam evidente que ônibus substitui carros, sendo uma maneira inteligente de usar o espaço urbano e com menos agressão ao meio ambiente, afinal, menos carros nas ruas, menos escapamentos mandando poluentes para a população:

– FAIXA POR ONDE SÓ PASSAM CARROS: 1 mil pessoas atendidas por hora. 3 mil pessoas em vias com três faixas.

– VIA DE TRÊS FAIXAS: Se for separada uma das três faixas para o ônibus, pelo local o número de pessoas atendidas passa de 3 mil para 6 mil por hora, ou seja, uma faixa só para o ônibus, dobra a capacidade de atendimento da via.

– CORREDOR À ESQUERDA COM PONTO DE ULTRAPASSAGEM NO TRECHO DA VIA DE TRÊS FAIXAS: 10 mil pessoas atendidas por hora.

Mesmo com as soluções já conhecidas e de fácil implantação, a frota de carros em São Paulo tem crescido, o que ainda é ponto de preocupação para todos os cidadãos.
De acordo com o DETRAN – Departamento Estadual de Trânsito, entre janeiro e julho deste ano, a cidade de São Paulo recebeu 70 mil 162 veículos, número de emplacamentos 15% superior ao do mesmo período do ano passado.
Em julho, a frota de automóveis na cidade de São Paulo chegou a 5,4 milhões de veículos.
Este número mostra a ineficiência do transporte individual. Destes 5,4 milhões de automóveis, 15 mil são ônibus e micro-ônibus municipais que transportam cerca da metade das pessoas na cidade.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes

Comentários

Comentários

  1. Marcos disse:

    Agora podemos partir para o principio do plano de tarifa zero , os ônibus já não tem pretexto de dizer que gastam muito…

  2. André disse:

    Por mais eficientes que sejam essas faixas o certo é que os ônibus tenham seu deslocamento segregado. Se com as faixas “exclusivas” os resultados são até obvios em termos de mobilidade, o que dirá em vias só para os ônibus sem a interrupção dos semáforos?! O trem só é eficiente por que ninguém invade seu lugar e os únicos pontos de paradas são as estações. A diferença está na demanda, ou modal.
    Que venham logo os BRTsSP.

  3. Paulo Gil disse:

    Amigos, boa noite.

    Já que esta matéria aborda a questão número concretos, hoje tive uma ideia que vem a calhar com essa matéria.

    Por que o Buzão não agrada.

    Uma das coisas que pensei hoje, foi o tempo de espera do Buzão.

    Por exemplo:

    Você está em algum lugar (casa, trabalho etc.) e lembra que precisa ir até um centro comercial por exemplo.

    Você pensa: Vou de Buzão.

    Ai você chega no ponto e passa Buzão pra tudo quanto é lugar, “inclusivamente” aquele bairro novo PAESE, menos para o centro comercial que você deseja ir.

    Ai me veio a ideia de pedir aqui no Blogg se alguem ou a fiscalizadora tem esse dado.

    Qual é o tempo médio de espera de um Buzão no ponto ?

    Pensei sei nisso, pois toda vez que resolvo ir a algum lugar de B~uzão eu semore danço e me arrependo.

    Por exemplo de manhã quando vou para o trabalho, sei os horários aproximados, então eu sei que se chegeui no ponto 7:20, já dancei, agora só o 7:45 hs e olha lá.

    Agora quando não sabemos os horários, realmente é fogo.

    Então esse dado auxiliaria para faze rum Buzão mais preciso, ou seja TABOÃO DA SERRA – PRAÇA DA SÉ.

    Fica ai a sugestão.

    Att,

    Paulo Gil

  4. orlando silva disse:

    o paulistano se vicia em dizer que os transportes coletivos são precários!?!?..Onde??? me diga onde são precários, se vemos diariamente carrocerias novas, bancos estilizados, ar condicionados, medidor de velocidade a vista do passageiro, computadorizados. Onde está a precariedade?? Carrocerias Millennium, Mondeo, Mascarello entrando no mercado paulista,Torino Viaggio ultima geração, troleibus ao estilo europeu…Gente vamos medir as palavras….

  5. Paulo disse:

    O negócio agora ficou feio: CONTROLE DE NATALIDADE URGENTE!!! Pra que mais de um filho por casal? O mundo já não suporta mais tanta gente assim! Será que ninguém vê isso? O poder público não pode fazer mais muita coisa. As cidades estão sendo desfiguradas, rasgadas, cortadas em nome de abrir espaço para os carros. Não dá pra fazer mais isso. Tem que diminuir o número de pessoas, esse é o verdadeiro problema. Se não houver REDUÇÃO da natalidade, tudo o que for feito será em vão. E quem não gostou, que se exploda.

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