MP entrega proposta de redução de tarifa de ônibus em São Paulo
Publicado em: 13 de junho de 2013
Ministério Público encaminha pedido de redução de tarifa de ônibus para São Paulo
Proposta também é para trens e metrô
ADAMO BAZANI – CBN
Enquanto a cidade de São Paulo e a região metropolitana sofrem com a greve de quatro linhas da CPTM, o assunto tarifa dos transportes continua à tona também.
Na manhã desta quinta-feira, dia 13 de junho, o promotor de Habitação e Urbanismo Maurício Ribeiro Lopes remeteu à Prefeitura de São Paulo e ao Governo do Estado a proposta para que as tarifas de ônibus municipais, trens da CPTM e Metrô voltem de R$ 3,20 para R$ 3,00 por 45 dias.
A ideia foi acertada ontem com integrantes do Movimento Passe Livre, responsável pelos últimos protestos contra os valores das tarifas, que foram marcados por violência, tumulto e destruição de ônibus, estações de trem, terminais de ônibus, metrô e fachadas de lojas e bancos.
O acordo previsto pelo Ministério Público prevê uma trégua nos protestos por 45 dias enquanto governo, prefeitura, promotores e representantes da sociedade civil analisem as planilhas de custos de transportes.
Mas o Movimento Passe Livrem mesmo com o acordo, promete mais uma manifestação para a tarde de hoje, na região central da cidade, a partir das cinco da tarde.
O Movimento disse que o encontro seria uma confraternização caso a tarifa fosse reduzida.
Mas como trabalhador tem medo e não tem tempo para confraternizações, o clima imposto pelo Movimento Passe Livre é de medo e alguns comerciantes já declararam que vão fechar as portas dos estabelecimentos mais cedo, seja protesto, manifestação, confraternização ou qualquer tipo de nome dado ao encontro.
Prefeitura e Governo de São Paulo dizem que não é possível reduzir as tarifas que foram reajustadas abaixo da inflação, já contanto com a desoneração do PIS/COFINS, e que os sistemas ainda precisam de subsídios.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes
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Se realmente houver a redução da passagem podem escrever, vamos ter menos ônibus, maiores intervalos, piora no serviço, o que se precisa e cobrar qualidade, exigir ônibus melhores, intervalos menores, na zona leste existem vários ônibus rodando com mais de 10 anos, com a passagem a R$ 3,20 isto e inadimissível, isto com o conhecimento do nosso secretário de transporte, que e o grande amigo destas cooperativas disfarçadas de empresas e que nada faz para mudar este estado de coisa, estamos comendo pão com ovo e pagando lagosta.
Deviam fazer protestos também contra telefonia celular , que é caro , energia elétrica , contra os altos impostos que pagamos em tudo , etc.
Adamo, acompanho regularmente o seu (ótimo) trabalho, então gostaria de comentar sua informação sobre a atitude oportunista do promotor Maurício Lopes. A “proposta” dele não é uma proposta, pois não apresenta nenhuma alternativa para uma redução sustentável do preço das passagens. Apenas pega uma carona na reivindicação do Movimento do Passe Livre ao fazer a sugestão demagógica de suspender por um prazo o reajuste até que os promotores e a sociedade civil “analisem as planilhas”.
Extrapolando as suas competências, ele ignora, ou pior, coloca sob suspeita, a posição do Poder Executivo (no caso representados pela Secretaria Municipal de Transportes, da SPTrans, do Metrô). É fato que as atuais planilhas de custo têm falhas e devem ser questionadas, mas certamente isto não será feito desta maneira.
Infelizmente, a posição, repito, oportunista, deste promotor não contribui em nada para a solução do problema, nem sequer para colocar em discussão a questão do financiamento do transporte público, como faz o MPL. Ao colocar em dúvida, sem qualquer fundamentação, a decisão dos gestores públicos municipais e estaduais de reajustar as tarifas, ele apenas abala a credibilidade deles e de todo o setor com uma posição simplista e irresponsável.
E digo mais, a proposta valeria se houvesse uma trégua nos movimentos de 45 dias parta discussão das planilhas. Não teve esta trégua do Movimento Passe Livre, então, acho que o acordo perdeu o valor, não?