Corredor Diadema – Morumbi: um dos mais desrespeitados de São Paulo
Publicado em: 18 de abril de 2013
Corredor Diadema Brooklin teve mais de 2 mil registros de invasões de carros em três meses
Número se refere apenas às multas. Total de invasões é ainda maior
ADAMO BAZANI – CBN
Muitas vezes, a impressão que dá é que a pessoa que entra num carro particular se sente dona do veículo, do espaço na cidade, do direito dos outros e perde toda a noção de respeito ao próximo e às regras para que a convivência em sociedade seja a menos conturbada possível.
Um dos sinais mais evidentes da falta do senso coletivo e até mesmo da civilidade no trânsito são as constantes invasões por parte de caminhões, carros de passeio e motos a corredores exclusivos para o transporte público.
Para ganhar alguns metros e alguns segundos (nem minutos são), uma pessoa dentro de um carro se sente no direito de bloquear o caminho de 80 ou até 100 pessoas que estão em um ônibus que ocupa menos espaço urbano e polui bem menos proporcionalmente por causa de sua capacidade de transporte.
O corredor que mais sofre com as invasões, de acordo com a CET – Companhia de Engenharia de Tráfego é o Diadema – Brooklin.
A velocidade operacional do corredor metropolitano não é plena pelo compartilhamento entre os ônibus intermunicipais e os da cidade de São Paulo. Além disso, a prefeitura de São Paulo permite o tráfego de táxis com passageiros. Mas até aí, são situação não consideradas ideais para um corredor metropolitano, mas que podem ser administradas.
Agora, desrespeito é inadmissível.
Segundo a CET, só no primeiro trimestre deste ano, 2 mil 200 multas foram aplicadas a veículos que circularam indevidamente pelo espaço. O número representa uma parte apenas do problema, já que nem todos os carros que invadem a faixas são multados.
O trecho de Diadema é segregado, segundo os moldes do Corredor Metropolitano ABD, o que dificulta as invasões. Mas entre as Avenidas Cupecê, Vereador João de Luca, Professor Vicente Rao e Roque Petroni Júnior, o que divide o fluxo de carros da circulação de ônibus é apenas uma faixa pintada no solo e o tipo de pavimento, que é diferente.
É claro que um modelo de corredor totalmente separado dos carros é mais eficiente e seguro. Mas uma faixa fluiria muito bem se houvesse o mínimo de respeito, que não é sempre encontrado nos reis absolutos das vias: os motoristas. O problema é que por São Paulo circulam mais de 4,5 milhões de reis absolutos. Claro que a guerra por território está travada.
Em 2012, a CET aplicou 6 mil 374 multas por invasão de corredor, o que mostra a alta incidência do desrespeito que sofrem os passageiros da ligação Diadema-Brooklin.
Invadir corredor exclusivo é infração grave, com cinco pontos na carteira do infrator e multa de R$ 127,69.
Mas parece que a punição é insuficiente pela incidência de invasões.
Ver um motorista infrator perder a carteira não tem preço, mas ter um trânsito no qual as pessoas ser respeitem, aí sim seria de grande valor. Infelizmente, no entanto, diante da impunidade e da cultura dos motoristas nas ruas e avenidas, isso ainda parece ser um sonho distante.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes
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Adamo, aquilo ali é terra de ninguém, foi concluído as pressas para ser inaugurado antes das eleições de 2010, e após não houve nenhum tipo de manutenção. No início via-se ao longo do corredor agentes da CET, hoje nada. E a SPTrans que se beneficia, e muito, daquele corredor não se presta a ajudar na manutenção ou fiscalização contra os “espertinhos” que invadem o corredor.
Neste corredor deve-se ter aqueles “olhos de gato” ou “tartarugas” para que haja a separação!
A pergunta que eu faço é: onde está a EMTU ?????? Ou ela só serve para arrecadação ????
Amigos, boa noite
Base de cálculo: 2200 x R$ 129,67 / 3 = 93.639,33
Com esse faturamento mês de R$ 93.639,33, alguém acha que vão resolver esse problema.
Afinal faturamento é solução, deixa o passageiro demorar mais tempo para se deslocar, ele
não tem outra alternativa mesmo.
Pen$$$$$$em
Att,
Paulo Gil
Sergio: a fiscalização cabe somente à CET que se faz de morta. Sobre a manutenção, a EMTU afirmou no twitter que o faz junto com a subprefeitura de Cidade Ademar. A Metra se nega a fazê-lá pq a SPTrans opera o corredor e não quer fazer a manutenção. Para tanto, a Metra, que deveria por força contratual faze-la, entrou na justiça: só faria a manutenção se tivesse exclusividade no corredor.
Eduardo Couto, boa noite
Essa Metra é inteligente.
Metra, não esqueça, licitação em Sampa em 2013.
Vem pra cá você também.
Att,
Paulo Gil
Boa tarde Eduardo. Imagine só, com a EMTU já não é bom, imagine com a CET enfiada no meio. Tá parecendo briga de moleque, “eu não vou fazer”, “ah então eu também não”, e fica por isso mesmo. É aquele velho ditado: “cachorro de dois donos morre de fome”. E advinha quem paga o pato ????
Pelo que eu vi, a liberacao dos taxis nao vale pra esse corredor.
O governo deveria criar coragem para encher a cidade toda de radares (fixos e moveis) sem placa avisando da existencia e ignorar essa conversa de industria da multa, que é tao lenda urbana quanto a loira do banheiro
Esse corredor é a maior falta de desrespeito e desigualdade da cidade.
Os caminhões sairam da Av. dos Bandeirantes e Av. Roberto Marinho e só sobrou esta avenida para eles.
É proibido taxi circular no corredor.
Tem ônibus na direita e na esquerda.
O corredor é liberado para motos (Nessa av. o bolsão de motos seria uma boa iniciativa)
Para tapar buracos usam blocos de concreto muito mal sinalizados. O último que arrumaram, só eu vi 3 acidentes.
A CET sabe que existe uma Av. Cupecê em São Paulo?
Ah.. acho que não. Nunca vi a CET por lá.
As vezes passam mais de 30 carros particulares no corredor em menos de 1 minuto… nunca vi a CET na João de Luca. O problema é descarado e os motoristas infratores passam despreocupados!!!
Carros e motos passam voando na Roque Petroni e na Vicente Rao.
Sem contar os rachas e arrancadas todas as quintas-feiras…Isso acontece há meses!!