Linhas que vão para a USP estão sobrecarregadas
Publicado em: 8 de abril de 2013
Linhas de ônibus da USP têm quase o dobro de lotação da média da cidade
Extinção e alterações de linhas de ônibus contribui para o carregamento dos serviços
ADAMO BAZANI – CBN
(Com informações da Agência Estado)
Duas linhas de ônibus que servem a USP – Universidade de São Paulo estão sobrecarregadas de acordo com dados da SPTrans – São Paulo Transportes e apresentam quase o dobro da média de passageiros transportados por veículo em toda a cidade de São Paulo.
Cada ônibus da linha 8012-10 (Metrô Butantã – Cidade Universitária) transporta em média 1 mil 458 passageiros e na linha 8022, também entre o Metrô Butantã e a Cidade Universitária, atende 1 mil 361 passageiros. Em algumas ocasiões, cada veículo destas linhas chegou a atender 1 mil passageiros por dia. A média em toda a cidade de São Paulo é de 800 pessoas por ônibus.
As duas linhas contam hoje com 18 ônibus e muitas reclamações sobre lotação.
A demanda de passageiros, a maioria universitários, aumentou depois de alterações feitas pela gerenciadora SPTrans, como a extinção das linhas 701U – 10 (Jaçanã – Butantã) e 724 A – 10 (Aclimação – Cidade Universitária), que eram alternativas para quem vinha de outras regiões de São Paulo. Já as linhas 107 P (Mandaqui – Pinheiros) e 107T – 10 (Tucuruvi – Butantã) foram unificadas e a linha 107T-10 passou a atender o metrô, ligando o Metrô Tucuruvi a Pinheiros.
A linha 177 P – 10 (Santana – Butantã/USP) só vai agora até o metrô.
Especialistas defendem a criação de novas linhas a partir de outros pontos da cidade, para também não sobrecarregar o metrô e o aumento de frota das duas linhas da Cidade Universitária , inclusive com a colocação de ônibus maiores, do tipo articulado.
Um abaixo-assinado, com mais de 5 mil assinaturas, foi entregue à SPTrans para melhorar os serviços destas linhas.
A empresa se comprometeu a estudar ações como aumento da frota, mas diz que a lotação também se explica pelo aumento do número de estudantes no início do ano, mas com o decorrer do tempo, ela tende a diminuir por causa da desistência por alguns cursos.
As linhas 8012-10 e 8022-10 também aceitam o BUSP – Bilhete Único da USP, que permite uso gratuito dos estudantes para se locomoverem dentro do campus, o que contribui para a lotação e mostra a necessidade de incremento de frota.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes.
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A mais simples das empresas, sabe que, quando aumenta a demanda, resta aumentar a oferta.
É tão difícil assim?
A 701U não foi extinta, ela foi encurtada, sendo agora Metro Santana – Butantã USP.
Esse modelo com varias linhas ja existe la e, como em qualquer lugar, nao funciona. Muita gente poderia pegar linha convencional, mas pega essas que so vao ate o terminal porque é de graça. Tinha que melhorar esses circulares, começando pelo pré-embarque, porque o embarque no terminal demora muito. E também dar prioridade aos ônibus, que demoram muito entre a Av da Universidade e a Vital Brasil, já fiquei mais de meia hora no ônibus só pra passar por esse trecho
Adamo, infelizmente a grande maioria das linhas de onibus na cidade de São Paulo, foram projetadas para terem intervalos de 20 a 30 minuitos, o que há 40 anos atrás era aceitável, hoje em dia e um grande absurdo, alem disto a Sptrans esta com a mesma mentalidade do governo passado, em vez de aumentar a frota ela esta encerramento varias linhas ou tirando as linhas do centro e enviado aos Metros já sobrecarregados, e existe a intenção de retirar de circulação a linha 7411 (Cidade Universitária – circular), e a Sptrans mais uma vez trabalhando contra a população.
Amigos, boa noite.
Isso é fácil de resolver, o problema é que fazem as coisas sem consultar o Paulo Gil.
Em resumo: As linhas 8012 e 8022, não podem ir até o Terminal Butantã, pois há uma perda de tempo enorme no trajeto, conforme o Sr. Pedro já abordou acima.
IDA – Universidade ->Terminal: No trecho da Rua Alvarenga, Av. Vital Brasil e Terminal Butantã
VOLTA – Terminal -> Universidade: Teminal Butantã, Rua Camargo, Praça Vicente Rodrigues, Av. Afrânio Peixoto.
Mas vamos lá vou dar as soluções técnicas e as soluções a lá Paulo Gil.
1) A solução técnica (1) principal a qual deveria ter sido feita no projeto da Linha 4, mas não fizeram.
Da Estação Butantã da Linha 4 do Metrô deveria ter sido projetado e efetuado um túnel
até a Praça Praça Vicente Rodrigues, somado a implantação do corredor exclusivo na Av. Afrânio Peixoto até a o Portão Principal da Universidade.
Explico: Os passageiros caminhariam pelo túnel até a Praça Vicente Rodrigues e os Buzões da 8012 e 8022, fariam ponto “dentro” Praça a qual tem espaço e não atrapalharia o trânsito.
Sem contar que a caminhada faz bem para a saúde de todos, e ninguém estaria exposto ao sol e a chuva. Se não quiser fazer túnel faz passarela suspensa e coberta.
2) A solução técnica (2) a qual também poderia ter sido considerada no projeto da linha 4, mas não fizeram.
O túnel que saí do metrô Butantã que passa de baixo da Av. Brasil, deveria ter sido continuado até a Av. Valdemar Ferreira no 200 +/-, de onde sairiam os Buzões 8012 e 8022.
À época até cheguei a pensar que iriam utilizar a solução 2, pois o canteiro central da Avenida Valdemar Ferreira, altura do número 200 +/-, já estava destruído e alargado por causa do tapume e o transito já tinha se adaptado, o que permitiria que os buzões fizessem o embarque no corredor central da avenida, isoladamente; mas nem essa fizeram.
Implantar o corredor Av. Waldemar Ferreira Av Afrânio Peixoto até o portão principal da Universidade
(ida e volta)
3) Já que não fizeram nenhuma das soluções técnicas (1 e 2), lá vão mais algumas soluções para este problema, a moda Paulo Gil, de baixo custo com aumento de eficiência, sem nem pensar nos Buzões irem até o Terminal Butantã, nem na ida nem na volta.
3.1) Implantação de corredor exclusivo (IDA e VOLTA) nas Avenidas Afrânio Peixoto e Valdemar Ferreira, entre a Rua Pirajussara até o Portão Principal da Universidade. Não precisa de obra faraônica e faturante; só faixa branca, tachões e sinalização.
3.1) IDA: Universidade -> Metrô Butantã (proximidades): O Buzão sai da Universidade entra no corredor exclusivo na Av. Afrânio Peixoto, entra a direita na Rua Murtinho Nobre, entra a esquerda na Rua Catequese e faz o ponto “circular” na Rua Gaspar Moreira próximo da Av. Valdemar Ferreira.
3.1.1) VOLTA: Metrô Butantã (proximidades) -> Universidade: O Buzão sai da Rua Gaspar Moreira, vira a esquerda na Avenida Valemar Ferreira segue pelo corredor exclusivo, continua no corredor exclusivo na Avenida Afrânio Peixoto até o Portão Principal da Universidade.
3.1.2) Eliminar o ponto e também a linha 8700-23 o qual atrapalha o trânsito na Avenida Afrânio Peixoto além de sobrepor as linhas 702-U e a 7411-10. (Este problema já comentei aqui no Blog mas me parece que a 8700-23 ainda continua ativa).
3.1.3) Para a locomoção interna da Universidade uma sugestão é colocar micros sem bancos
“ligeirinhos” sem sair da Universidade; só locomoção rápida mesmo.
Aqui tem de ser aplicada 2 linhas resumidas; uma alta e uma baixa.
A linha alta opera com mais carros pois transitará em aclives e declives o que diminui o rendimento da linha.
A linha baixa opera normal na parte plana da Universidade, pois não haverá nem aclives e nem declives
Pronto, problema resolvido “parcialmente” até realizarem as obras referente a solução 1 a mais técnica de todas .
4) Há ainda uma solução que já era utilizada a anos atras que é fazer o ponto (circular) da 8012 e 8022, na Praça Mestre Castelo.
5) Solução 5:
5.1) IDA: Universidade -> Metrô Butantã (proximidades): O Buzão sai da Universidade entra no corredor exclusivo na Av. Afrânio Peixoto, entra a esquerda na Av. Valentin Gentil e vira a direita na Rua Agostinho Cantu e depois entra a direita na Rua Murtinho Nobre e faz o ponto “circular” na Rua Gaspar Moreira próximo da Av. Valdemar Ferreira.
5.1.1) VOLTA: Metrô Butantã (proximidades) -> Universidade: O Buzão sai da Murtinho Nobre, vira a direita na Avenida Valemar Ferreira segue pelo corredor exclusivo, continua no corredor exclusivo na Avenida Afrânio Peixoto até o Portão Principal da Universidade.
** Esta solução politicamente não será implantada, pois trata-se de uma região nobre e as ruas têm suas saídas bloqueadas propositalmente.
6) Solução 6:
Implantar o corredor na Av. Afrânio Peixoto, do Portão Principal da Universidade até a Praça Vicente Rodrigues ida e volta (faixa branca, tachões e sinalização).
Abre a Praça Vicente Rodrigues de modo que os Buzões da 8012 e 8022 façam ali seu ponto “circular” e pronto.
Utilizando esta solução o Buzão nem ficaria sujeito ao trânsito entre a Rua Camargo e a Av. Valentin Gentil.
OBSERVAÇÕES:
a) Estou consciente de que as soluções a lá Paulo Gil irão fazer as pessoas caminharem mais; porém, se os Buzões da 8012 e 8022 continuarem a ir até o Terminal Butantã, o sofrimento das pessoas enlatadas no Buzão e no trânsito será maior do que o sofrimento da caminhada.
b) Se eu tivesse o “poder da caneta” implantaria a solução 6 amanhã, e com as devidas modificações em 15 dias.
c) Para todas as soluções têm de ser implantada as modificações que a CET já sabe;
d) Nos cruzamentos da Rua Camargo com a Av. Valentil Gentil é obrigatório a presença,diária, de uma viatura e de um Agente da CET.
e) Nos cruzamentos da Rua Alvarenga com a Av. Afrânio Peixoto é obrigatório a presença,diária, de uma viatura e de um Agente da CET.
f) Pode também ser utilizada a linha 7725-10 [Metrô Vila Madalena -> Rio Pequeno via USP -> Metrô Vila Madalena (mais uma sugestão a la Paulo Gil).
Espero mais uma vez ter contribuído.
SPTrans, não esqueça dos meus royalties.
Att,
Paulo Gil
Esqueci do mais importante:
Absurdo mesmo, é a linha 4 não ter uma estação dentro da Universidade.
Esta dispensa comentários.
Att,
Paulo Gil
Errata:
No comentário acima:
Onde está escrito: Sr. Pedro
Leia-se: Bruno Quintiliano
Att,
Paulo Gil
O tipo de atendimento das linhas 8012 e 8022 é único e completamente diferente de qualquer outra linha da cidade. Além de aceitar o BUSP, percorrem um itinerário curto, sem muitas interferências externas (exceto no trecho entre o P1 e o metrô). A maioria dos passageiros fica durante pouco tempo dentro do ônibus, sobem e descem rapidamente, daí a a quantidade de passageiros catracados ser muito maior do que qualquer outra linha. É muito comum percorrer um ou dois pontos dentro da USP devido as longas distâncias para se percorrer a pé. Por isso falar de lotação é muito relativo. Não ficam 1000 pessoas dentro do ônibus, mas 50 a 60 em várias viagens que cada carro faz ao longo do dia, sem contar os que sobem e descem. Não há a menor relação com os cortes nas outras linhas. O fato é que a demanda se concentra em direção ao Metrô Butantã e ponto. Seria interessante pensar num pré-embarque e no reforço na frota em ALGUNS horários. Quanto ao corte das outras linhas é comum ouvir a reclamação de quem é viúvo de linha de ônibus.e não pensa no transporte como um todo e sim nos gostos pessoais. Nenhum deslocamento deixou de ser atendido (embora eu ainda ache que 7181, 7411 poderiam ser canceladas). O que a USP precisa é de um reforço pro Butantã, outro para Pinheiros, uma 3ª linha circular, e um melhor atendimento para quem mora nas proximidades, como o Rio Pequeno, por exemplo. O restante pode chegar de metrô e completar de ônibus ou chegar até Pinheiros e completar com uma linha local.
Renan, boa noite
Muito boas suas observações, principalmente quanto ao número depassageiros registrados pelas catracas internas (coisa pré histórica).
Genial a expressão ” viúvo de linha de ônibus”.
Permita-me acrescentar uma outra que temos ainda, mas bem vivo:
“viúvos da CMTC”.
Dá um desconto para a 7411, pois eu preciso dela.
Abçs,
Paulo Gil
Tem um artigo do Adriano Branco que fala que o IPK em São Paulo é baixissimo. Os circulares são superlotados, mas não muito diferentes de outras linhas. A diferença é que passageiros usam as linhas por poucos km, como ja falaram e as linhas comuns costumam percorrer longas distancias com os mesmos passageiros e com todos os problemas conhecidos.
Micro sem banco? Nem os padron nao dao conta. E seria mais ainda levar todo mundo como gado.
E esses viuvos de linha (como disseram acima) lembram muito a Senhora (do texto da revista da SPTrans n1, sobre seccionamento, vale a pena ler). Essas linhas da época que a cidade tinha 1 milhão de habitantes e ir ao centro era ir à cidade ja nao funcionam mais, mas ainda tem muita gente que insiste…
E depois sai por ai falando que corredor de onibus em Sao Paulo não presta, que bom é o corredor ABD (que tem muito o que melhorar pra ser bom de verdade, apesar de ser bom comparando com a media do transporte da RMSP.
Bruno, bom dia
Só uma explicação:
Quando sugeri os micros sem bancos, estes seriam acrescentados a frota atual da 8012 e 8022, para permitir que os passageiros que efetuam pequenos deslocamentos ( 2 ou 3 pontos), utilizem os micros sem banco.
Jogo rápido, para aliviar a 8012 e 8022.
Os passageiros só querem se deslocar do ponto A para o ponto B, o mais rápido possível,
e infelizmente os passageiros não têm noção de qualidade e os que têm não lutam por ela,
pois se lutassem o transporte do Buzão em Sampa não estaria do jeito que está.
Nenhuma das minhas sugestões ou comentários, nunca se pautam em tratar o passageiro como gado, muito pelo contrário.
No caso dos micros sem banco, repito, é jogo rápido, só para os passageiros que necessitam se deslocar 2 ou 3 pontos; quem estiver cansado ou preferir ir sentado (se for possível), espera o carro de linha normal.
Abçs,
Paulo Gil
Eu gostaria de convidar os que falaram sobre os viuvos de linhas de onibus a pegarem o metro na estação Carrão das 6:00hs as 8:00hs, precisamos sim de linhas de onibus que levem passageiros dos seus respectivos bairros ao centro, o Metro não tem capacidade de absorver nem 10% a mais do que já carrega hoje, parem de demagogia, fora que para muitos já sai caro pagar R$ 3,00 para chegar até o centro, e ter que desembolsar mais R$ 1,65 com metro, precisamos sim e ter o dobro de onibus que temos hoje e 30% menos carros.
Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. O metrô estar superlotado não é justificativa para ter linha para o centro. Linha para o centro só partindo de terminal e alimentada por linhas locais e utilizando corredor exclusivo. Muito se fala do corredor ABD, de Curitiba, mas não adotam a mesma lógica para São Paulo. Numa cidade com mais de 11 milhões de habitantes é IMPOSSÍVEL ter linha bairro-centro nos moldes de 1978. FELIZMENTE a SPTrans começou a seccionar novamente e espero que mexa na linhas como mexeu em 2002/2003.
Renan, bom dia
Você matou a charada.
Quando você disse 1978, me veio a seguinte imagem na cabeça.
Aqueles monoblocos 362 novinhos que a CMTC adquiriu por volta de 1978, lembra,
todos enfileirados nos corredores de Sampa de hoje.
kkkkkkkkkkkkkkkkkk
O dia que Sampa operar corredor realmente como corredor haverá melhora.
O pior é que o modelo de Curitiba já existe e nem isso se consegue aplicar,
ou seja ainda usam a roda quadrada apesar de já existir a redonda.
E tem mais, dá pra fazer corredor de Buzão somente com faixa branca, tachão e
sinalização, afinal quem não tem cão caça com gato.
O da Vital Brasil foi feito assim e deu certo
Então porque não aplicar para outras regiões que são mais densas do que a Vital Brasil?
Mas não vão esperar mais uns 20 anos até construir um corredor BRT, só que quando
entrar em operação estará ultrapassado.
Até quando a incomPeTência vai continuar operando ?
Mas é como eu costumo dizer:
Laranja seca nunca dará suco, mesmo se utilizar o espremedor de frutas mais potentes do buteco.
O máximo que dará, se usar o espremedor de frutas potente do buteco, será raspa de
laranja, MAS SUCO NUNCA.
Portanto com gestão LARANJA SECA, pode esquecer.
Quem sabe em 2099, quando aquele garoto que fez a redação do ENEN, ensinando a preparar macarrão instantâneo, estiver no comando, pode ser que a coisa melhore, afinal
ele pensa “fora da caixa”, mas enquanto pensarem “dentro da caixa” continuará nessa
mesma lenga lenga.
Ou seja, só LARANJA SECA, pode espremer espremer, que não dá e não dará SUCO.
Simples e previsívelllllllllllllll.
Att,
Paulo Gil
Zona Leste ao Centro é tudo-errado-ao-mesmo-tempo-agora:
– Metrô entupido há muitos anos, sem novas linhas próximas;
– ônibus fazendo rotas irracionais e sobrepostas.
– Governo empurrando pra Prefeitura e Prefeitura culpando o Governo
– Urbanista querendo mudar o perfil da Zona Leste inteira.