Especialistas defendem fim de consórcios por região na Capital Paulista
Publicado em: 22 de setembro de 2012
Ônibus em São Paulo são lentos, superlotados e desorganizados
Especialistas defendem corredores de ônibus, mas apontam reorganização do sistema como algo indispensável
O ESTADO DE SÃO PAULO
A construção de corredores exclusivos de ônibus aparece em quase todos os discursos dos candidatos à Prefeitura de São Paulo. Mas um outro problema, ligado à administração do sistema, poderia ajudar bastante, segundo especialistas, a reduzir a espera dos passageiros nos pontos de ônibus: a melhor distribuição das linhas pelos bairros do município.
Sete meses após a posse, o futuro prefeito terá a chance de enfrentar o gargalo. Terminam em julho de 2013 os contratos com as empresas concessionárias de ônibus e com as cooperativas de vans que prestam o serviço de transporte coletivo. São 15 mil veículos que percorrem 1,3 mil linhas espalhadas em oito regiões – as catracas dos ônibus paulistanos rodam, por dia, quase 10 milhões de vezes.
No contrato das concessionárias, em vigência há dez anos, há a possibilidade de prorrogação por mais cinco. Os das cooperativas não podem mais ser renovados.
Em geral, as linhas de ônibus fazem trajetos de cada uma das regiões e bairros em direção ao centro. As cooperativas mantêm as vans com traçados auxiliares entre os bairros e até os 28 terminais de ônibus. Mas faltam linhas entre as regiões da cidade, o que aumenta o tempo de espera dos passageiros nos pontos.
No primeiro semestre, a ouvidoria da São Paulo Transporte (SPTrans) registrou mais de 77 mil reclamações de usuários do sistema. O motivo principal (27 mil) é o intervalo excessivo de espera pelo ônibus. E quando ele chega, já está superlotado. O preço da passagem na cidade é R$ 3 – com o Bilhete Único é possível realizar até quatro viagens num período de 3 horas.
Para especialistas, a licitação permite rever por completo a organização do sistema, estabelecer novas metas de qualidade e redistribuir as linhas – concentrando as de trajeto semelhante em corredores. Segundo consultores em transportes, é indispensável aliar a reorganização ao investimento em corredores exclusivos. A gestão do prefeito Gilberto Kassab (PSD) não conseguiu concluir os 66 quilômetros de corredores prometidos em 2008. Só em maio abriu licitação para a construção das vias exclusivas, no valor de R$ 2,3 bilhões.
Para o mestre em Transportes pela USP Sérgio Ejzenberg, os ônibus devem complementar o transporte de massa do metrô – sistema de transporte sob responsabilidade do governo estadual -, fazer a ligação com as estações e terminais. Ele defende que é o momento de rearranjar o sistema, transferindo linhas para corredores com faixa na esquerda, veículos biarticulados e ônibus expressos e paradores. A proposta dele é que, nos bairros, a Prefeitura deixe ônibus menores e com maior frequência de passagem, para reduzir o tempo de espera. “Esperar mais do que 10 minutos numa periferia para trabalhar às 5h da manhã é desesperador. A lotação do ônibus só interessa ao transportador.”
O engenheiro de trânsito Flamínio Fichmann defende que a nova licitação acabe com a regionalização dos consórcios: “Os editais só atendem ao interesse dos empresários, em função das áreas tradicionais em que eles operam”. Para Fichmann, São Paulo precisa criar mais linhas “perimetrais” – entre as regiões -, baseadas em necessidades de viagem que já podem ser identificadas pela SPTrans com análise de informações de sistema GPS dos veículos e do bilhete único dos passageiros. “Assim haveria maior cobertura, com linhas novas e ônibus de menor capacidade, que operam onde grandes não entram.”
Mestre em Transportes pela USP, Horácio Figueira aposta na criação de linhas-tronco, que façam percursos fixos em corredores de ônibus conectados por GPS com os semáforos, para acelerar as viagens. “É só colocar as linhas em corredores. Precisamos deixar o ônibus andar, dar velocidade”, afirma.
Matéria original publicada no Jornal O Estado de São Paulo
Autopass ITS já funciona em quase 950 ônibus e já beneficiou mais de 5 milhões de passageiros na Região Metropolitana de São Paulo
Caso de Sucesso Viação Alpha, do Rio de Janeiro: como as otimizações da operação podem reduzir custos e atender picos de demanda de passageiros
ja imagino a sta brigida com linhas na zona sul a tupi com linhas na area 1 a gatusa na area 3 a gato preto na area 2 e assim por diante empresas sao da cidade nao de uma regiao do mucuipio concordo com o fim dos consorcios e o fim da padronizacao
Todos falam a mesam língua, a menos de detalhes. É bom presságio.
Entendo que não seriam “as linhas para os corredores”, mas poucas linhas nos corredores com intervalos pequenos. E sem entra-e-sai: linhas perimetrais curtas, com ônibus menores, atingiriam os corredores.
Vejamos se o novo Prefeito terá coragem, determinação e empenho para fazer tudo isto.
Sou a favor do fim dos consórcios, afinal tudo já virou bagunça…na área 8 tem várias linhas operadas pelo Consórcio 7. Mas sou a favor de duas ou três linhas auxiliares e melhorar atendimento principalmente nas linhas tronco.
O sistema atual tem que ser revisto mesmo, há muitas deficiências que devem ser estudadas e resolvidas. Também não vejo a hora dessas cooperativas e seus serviços pífios sumirem do mapa.
E é uma boa hora para revisarem o sistema trólebus, exemplo a 9300 em que a SPTrans dá a desculpa de que a concessionária (Sambaíba) não dispõe de tecnologia para a operação dos veículos, e quando se falava em repassar para a Himalaia dizia que não era possível pois a linha pertencia a área 2.
Vitor.
Deveria de criar a área 9 e a ambiental deveria de fazer parte da região 9. Aí daria para voltar com os elétricos para linha 9300 ainda com os novos caio BRT
Vitor concordo com você, tem uma linha aqui perto de casa que é a 3745 – Jardim Imperador -Tatuapé, que sai do ponto inicial praticamente se arrastando, onde eu ando mais rápido que a perua, eles fazem isso pra aglomerar mais gente no ponto e ganharem mais, ai quando encosta uma outra van da mesma linha ai correm que nem loucos parecendo que estão transportando gado
Quanto a ligação de uma região a outra a SPTRANS faz o contrário como por exemplo, a extinção da linha Penha-Lapa, obrigando os passageiros gastarem mais tempo no ponto do terminal Parque Dom Pedro pra fazer integração
Sou a favor dos fins dos consórcios e a licitação ser realizada por lotes e defendo mais a construção de mais corredores de ônibus e a implantação do BRT.
O sistema de transportes de São Paulo, além de carecer de muitos kms de corredores de ônibus, também sofre com a incompetência da gerenciadora SPTrans. Não há planejamento algum para a criação ou estabelecimento de itinerários. Tantas linhas, tantos atendimentos, horários não concluídos, gargalos em determinados pontos, enfim, pontos que uma simples organização do sistema resolveria. Vejam o exemplo da Cidade Tiradentes, foi construído um terminal na saída do bairro, que hoje serve apenas para passagem, pois vários pontos do bairro possuem partidas sobrepostas para o Metrô Penha, Tatuapé e Itaquera, por exemplo.
E há também a extinção da linha 3156 Jardim da Conquista-Terminal Parque Dom Pedro, que obriga os usuários a fazerem integração no Terminal São Mateus, e deve haver muitas outras linhas extintas
Sinceramente do jeito que a SPTrans amarrou os consórcios, DUVIDO que o próximo prefeito tenha SACO ROXO para desfazer e voltar às empresas.
Também duvido!!!!!
Gostaria que a PMSP contra-se direto com os perueiros e acabasse com as cooperativas, pois assim o $$$ seria pago diretamente ao perueiro acabando com a máfia que é as coopers, e a qualidade do transporte iria mudar e muito…
Não precisa ser especialista para perceber que esse modelo consorciado só serviu para acirrar o monopólio de empresas e cooperativas em todas as regiões da cidade, junte-se a isto a incapacidade de fiscalização efetiva da SPtrans em empresas e linhas. Digo isto porque como usuário de ônibus sofremos muito com a força desses monopólios de empresas que dominam regiões inteiras e fazem o que querem com os usuários, recentemente num desses feriados prolongados na região onde moro área 8 Consórcio /Sudoeste ficamos praticamente sem ônibus pois os intervalos chegaram ao absurdo de 2 horas de um ônibus para o outro e ao ligar na central 156 diziam que as linhas da região estavam com atendimento normal para final de semana e feriado, ou seja, diziam que o intervalo seria no máximo 40 minutos, mas na prática não é isso que acontece, pois em função da fiscalização pífia do SPtrans as empresas e coopertivas atuam e fazem o que querem nos bairros mais afastados. Já passou da hora de ser revisto esse modelo, linhas extintas sem necessidade, itinerários alterados só pra atender interesses das empresas e cooperativas entre tantos absurdos.
e disseram q os consorcios eram o modelo”mais avançado”do Brasil.até a cidade de São Paulo,vai para licitação de linhas(mais do q correto)!mas,antes tarde do q nunca!
Amigos, bom dia.
1) O próximo edital de licitação para os ônibus do município de São Paulo, obrigatoriamente tem de ser publicado neste Blog para conhecimento de todos.
2) A teoria na prática é outra, quem implanta, gerência e outros, nunca utilizou um BUZÃO
as 6 da tarde, que tem até ladrão de celular ( outro dia no Ponto da Faria Lima X Corredor Rebouças ocorreu uma prisão em flagrante);
3) Internamente as carrocerias são péssimas, bancos sem ergonometria, corredor estreitos,
degrau no meio do carro (inacreditável), cada carro tem uma posição das portas do lado do motorista (qual a melhor?), catraca dos articulados na boca da entrada (pra que se tem espaço para colocar mais para o fundo do carro) – já dei a sugestão, mas ninguém aplica e a muvuca no embarque dos articulados continua dia após dia e tantos outro erros.
Errar é humano, mas persistir no erro é burrisse
4) Inclui-se ai carros grandes operando em ruas pequenas (coitado dos pilotos) e os enormes articulados batendo lata aos sábados (quem será que paga esta conta????)
Adamo, por favor você poderia fazer uma matéria informando:
Por que num “passe de mágica” a tão comentada VIP passou a ser MOBIBRASIL ?
Deixo aqui uma reflexão:
“HÁ TANTO BURRO MANDANDO EM HOMENS COM INTELIGÊNCIA, QUE ÀS VEZES CHEGO A PENSAR QUE BURRICE É UMA CIÊNCIA!” –
“Rui Barbosa (1849 – 1923)”
Bom final de semana a todos!
Paulo Gil
É incrivel como os que se julgam especialistas em transporte e principalmente o jornalista propietario deste blog insistem em ignorarem o bom transporte realizado por cooperativas na cidade de Sao Paulo, tanto que insistem em afirmar e noticiar que os veiculos utilizados por estas cooperativas sao do tipo VAN, um equivoco tendencioso, pois ha mais de 7 anos os veiculos utilizados sao do tipo micro-mid e onibus convencional transportando QUARENTA PORCENTO dos passageiros que utilizam o transporte publico, com 6000 veiculos contra SESSENTA PORCENTO de passageiros transportados pelas Empresas que operam com 9000 veiculos do tipo micro,mid, onibus convencional, articulado e biarticulado.
Ou seja proporcionalmente aos veiculos em operação as Cooperativas transportam mais passageiros que as Empresas, entretanto recebem uma remuneração que em alguns casos chega a ser a metade que as Concessionarias recebem.
Gostaria sinceramente que o libado jornalista deste blog deixasse um pouco de publicar os incansaveis elogios a LEBLON e fizesse uma visitinha a SPTrans para obter informações tecnicas do Ranking do Indice de Qualidade no Transporte, onde o mesmo poderá verificar que a unica operadora que recebeu a qualificação OTIMA trata-se de uma Permissionaria.