VENDAS DE ÔNIBUS E CAMINHÕES REVELAM MERCADO AQUECIDO
Publicado em: 7 de novembro de 2011
Vendas de ônibus e caminhões disparam
O crescimento foi de 22,08% no segmento de ônibus em relação ao ano passado. Venda de caminhões cresceu 14,54%
ADAMO BAZANI – CBN
O número de vendas de caminhões e ônibus divulgado pela Fenabrave – Federação Nacional das Distribuidoras de Veículos Automotores, que não é o mesmo número de produção, pois leva em conta a comercialização e os emplacamentos, confirma tendência projetada para este ano.
O setor de veículos comerciais pesados, caminhões e ônibus, vive um dos melhores momentos.
De acordo com a Fenabrave, de janeiro a outubro deste ano foram emplacados 171 mil 885 caminhões e ônibus. Em relação ao mesmo perídio do ano passado, o número representa um crescimento de 15,71%
O segmento ônibus foi o que mais cresceu, embora o volume de vendas seja menor.
O crescimento foi de 22,08% em relação ao período de janeiro a outubro do ano passado. Foram comercializados desde o início do ano, 28 mil 272 ônibus.
Já o segmento de caminhões teve crescimento de 14,54% em relação ao mesmo perídio do ano passado, com o emplacamento de 143 mil 613 caminhões.
Em outubro, a venda de veículos pesados somou 16 mil 789 veículos, número 7,06% menor que em relação a setembro de 2001, mas 7,81% maior que outubro do ano passado. Destes 16 mil 789 veículos pesados, 13 mil 872 foram caminhões e 2 mil 917 ônibus.
Entre as marcas, a posição no ranking varia de acordo com o segmento:
ÔNIBUS:
1° MERCEDES BENZ: 42,65% de participação no mercado
2° VOLKSWAGEN – MAN: 32,81%
3° Iveco: 3,75%
4° Scania: 3,60%
5° Volvo: 3,08%
(A Fenabrve não forneceu dados da Agrale)
CAMINHÕES:
1° VOLKSWAGEN – MAN: 29,77% de participação no mercado
2° MERCEDES BENZ: 24,71%
3° Ford: 17,48%
4° Volvo: 10,90%
5° Iveco: 8,28%
6° Scania: 7,61%
(A Fenabrave não tinha disponibilizado dados da Sinotruk e outras marcas)
Em comum, as altas vendas de ônibus e caminhões têm duas explicações. A antecipação da renovação de frota, por parte de proprietários de veículos pesados que querem escapar das novas regras mais rígidas e dos valores maiores do veículos mais modernos que devem seguir estas regras de emissão de poluição a parir de janeiro de 2012, previstas na fase 7 – P 7 do Proconve – Programa Nacional de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores, baseada nas normas do Euro V.
Com as adaptações para seguir os novos padrões, os valores de ônibus e caminhões devem ser em toro de 10% a 15% mais altos, além de a necessidade, em alguns modelos, do uso de um fluido, o ARLA (Agente Redutor Líquido), com 32% de ureia, usado para reter poluentes.
Além disso, as obras para a preparação e modernização das cidades agitam o setor de construção civil, o que é bom para os caminhões, e dos ônibus pela construção de mais corredores e dinamização das atividades econômicas, que aumentam as atividades econômicas, o emprego formal e a demanda de passageiros nas cidades.
Fora isso, especificamente para o setor de ônibus, há a expectativa em relação à licitação das linhas rodoviárias interestaduais e internacionais, que deve provocar uma profunda renovação na frota de ônibus. Serão mais de 1960 linhas de ônibus licitadas e o mercado começa a se preparar.
Mesmo sendo contra vários aspectos do edital, as empresas de ônibus se prepararam e começam a investir em renovação da frota.
O aumento das atividades econômicas do setor de turismo também auxilia o mercado de ônibus.
As estimativas é de vendas de 32 mil ônibus até o final do ano podem ser superadas.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes
Bom texto Ádamo!
Mostra como o mercado é impiedoso e insensível. [Cias de ônibus querendo pagar menos + fábricas querendo vender mais] + [ineficácia do governo na rápida regulamentação de regras ambientais] + [Petrobras enrolando na produção/distribuição do Diesel “limpo” ] = [ônibus novos com motores velhos poluidores].
Por estas e outras postei recentemente que esta coisa de “ônibus ano tal” escrito na carroceria não era tão importante para o usuário e – principalmente – para melhorar a mobilidade nas grandes RMs.
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