ÔNIBUS TERÃO CÂMERA EM CURITIBA PARA EVITAR ASSALTOS E VANDALISMO
Publicado em: 7 de novembro de 2011
Ônibus e estações tubo de Curitiba devem ter câmeras
Proposta para aumentar a segurança de passageiros, motoristas e cobradores foi aprovada pela Câmara Municipal. Falta a sanção do Prefeito Luciano Ducci
ADAMO BAZANI – CBN
O sistema RIT – Rede Integrada de Transporte – de Curitiba e região Metropolitana é considerado um dos modelos de mobilidade, com destaque internacional.
Na semana passada, a revista britânica “The Economist” destacou que, de acordo com os estudos de pesquisadores e especialistas internacionais de transportes, o modelo de BRT (Bus Rapid Transit), que são corredores de ônibus segregados que privilegiam os transportes públicos, como os que existem em Curitiba, chega a ser mais viável e eficiente que o próprio metrô, depende da demanda e da região a ser atendida. Isso pelo fato de o BRT ser mais barato e de fácil implantação, com o mesmo valor do metrô ele pode ter uma rede maior, com mais extensão, além de não necessitar de subsídios governamentais para a operação.
O modelo de Curitiba, o primeiro BRT do mundo, segundo pesquisadores da história dos transportes, sendo inaugurado em 1974 pelo então prefeito Jaime Lerner, serviu de modelo para diversos sistemas no Brasil e em outros países, como Estados Unidos, Chile, Colômbia, México, África do Sul, entre outros.
Mas Curitiba ainda enfrenta dois problemas nos transportes: assaltos, principalmente às estações tubo, onde os passageiros pagam a tarifa antes de embargar no ônibus (o sistema se chama pré embarque) e vandalismo.
Os bancos dos ônibus são de fibra, ao contrário dos de São Paulo que são estofados, para evitar que sejam rasgados. Peças são quebradas e algo muito comum é ver os vidros riscados, inclusive de ônibus novos.
Para tentar combater estes problemas, a Câmara Municipal de Curitiba aprovou nesta segunda-feira dia 07 de novembro de 2011, projeto de lei do vereador Juliano Borghetti que exige a colocação de câmeras de monitoramento dentro dos ônibus, nas estações tubos e nos terminais, estas alvos de pichação.
As imagens serão transmissão em tempo real e podem ajudar em ações preventivas ou mesmo de mesmo de contenção ao vandalismo ou criminalidade com o acionamento rápido das autoridades de segurança.
Todos os locais onde haverá as câmeras devem exibir um aviso sobre a presença dos equipamentos. As câmeras não devem ser instaladas em locais privativos, como banheiros e vestuários.
As imagens serão de propriedade da prefeitura de Curitiba e não poderão ser usadas por terceiros a não ser por requisição formal em casos de investigação policial ou por pedido da Justiça.
Agora o projeto de lei irá para a apreciação do prefeito Luciano Ducci. Se aprovada pelo chefe do executivo, a lei vai entrar em vigor em 90 dias após a publicação em Diário Oficial.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes.
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