Governo do Paraná inicia implantação de programa de gratuidade no transporte metropolitano para quem está atrás de emprego

Publicado em: 16 de março de 2024

Cartão Social é entregue com R$ 242 em créditos para pessoas cadastradas no CadÚnico e no Sistema Nacional de Emprego (Sine)

ALEXANDRE PELEGI

Quem está desempregado na Grande Curitiba, e procura de emprego, o Governo do Paraná começou a implantar na segunda-feira, 11 de março de 2024, o programa Cartão Social.

De responsabilidade da Agência de Assuntos Metropolitanos do Paraná (Amep), o programa vai distribuir créditos do transporte coletivo metropolitano a pessoas de baixa renda que estão em busca de emprego por um tempo limitado.

Serão distribuídos cartões-transporte com R$ 242 em créditos aos usuários elegíveis ao benefício. A expectativa é atender a 100 mil pessoas com a medida.

Segundo a Amep, este valor totaliza uma média de 44 passagens do sistema metropolitano, ou seja, um mês de transporte de ida e volta em todos os dias úteis, aproximadamente.

O Governo do Paraná condiciona a distribuição dos cartões-transporte ao cadastro no CadÚnico e no Sistema Nacional de Emprego (Sine).

A pessoa precisa estar procurando trabalho, e ter entre 16 e 64 anos.

O benefício é válido para os moradores dos 20 municípios atendidos pela Amep: Agudos do Sul, Almirante Tamandaré, Araucária, Balsa Nova, Bocaiúva do Sul, Campina Grande do Sul, Campo Largo, Campo Magro, Colombo, Contenda, Curitiba, Fazenda Rio Grande, Itaperuçu, Mandirituba, Pinhais, Piraquara, Quatro Barras, Quitandinha, Rio Branco do Sul e São José dos Pinhais.

“O objetivo é que isso facilite o transporte de quem está sem renda e que precisa se deslocar entre as cidades para fazer uma entrevista de emprego ou um curso de qualificação, por exemplo”, afirmou o diretor-presidente da Amep, Gilson Santos.

CARTÃO SOCIAL

O programa é executado pela Amep em parceria com as secretariais estaduais de Trabalho, Qualificação e Renda e de Desenvolvimento Social e Família.

O benefício não é novo, ele surgiu a partir dos créditos adquiridos pelo Governo do Estado junto às empresas que operam o Sistema de Transporte Coletivo de Passageiros da Região Metropolitana de Curitiba durante o período mais crítico da pandemia de Covid-19.

No período mais acentuado da pandemia, o governo paranaense adiantou R$ 24 milhões em créditos para as empresas de transporte metropolitano para manutenção do sistema.

“Este programa conciliou o socorro ao sistema de transporte metropolitano em um momento difícil, com o atendimento à população que mais precisa deste benefício, com transferência de renda e promovendo a busca por recolocação no mercado de trabalho”, explicou Gilson Santos.

COMO FUNCIONA

(Fonte: Amep)

Para solicitar o Cartão Social, é preciso fazer o agendamento pela internet. A pessoa também pode fazer uma consulta prévia pelo site da Amep para saber se ela está apta a participar do programa.

Na sequência, será agendado um horário para que o beneficiário compareça em uma Agência do Trabalhador para finalizar o cadastro no programa. Quando o cartão estiver pronto, a pessoa vai receber uma mensagem via SMS informando que ela pode retirar o cartão carregado com os créditos no posto Sine escolhido.

Os R$ 242,00 em créditos valem uma média de 44 passagens na maioria das linhas metropolitanas geridas pela Amep. A quantidade de passagens, no entanto, pode variar dependendo da linha metropolitana usada (confira os valores aqui). Apesar do programa prever o uso das passagens ao longo de um mês, não há limite de passagens diárias e o beneficiado pelo programa tem até um ano para usar os créditos.

Os passageiros que que já tiver um cartão Metrocard em uso aderirem ao programa terão os cartões bloqueados temporariamente para uso do cartão social. Quando os créditos do benefício se esgotarem, o usuário poderá reativar o cartão antigo, recuperando os créditos que tinha no momento do bloqueio.

O Cartão Social é de uso pessoal do beneficiário que solicitá-lo, não podendo ser emprestado. Também não é possível emitir uma segunda via do cartão.

Alexandre Pelegi, jornalista especializado em transportes