VÍDEO: Conheça o ônibus que te faz sentir como num metrô moderno
Publicado em: 13 de novembro de 2023

Modelo circula no corredor entre o ABC Paulista e a capital e é configurado com avisos sonoros e luminosos de paradas e alertas em voz de abertura e fechamento de portas
ADAMO BAZANI
Colaborou Vinícius de Oliveira
Avisos sonoros e visuais em telas sobre as próximas paradas.
Alertas em voz sobre abertura e fechamento de portas.
Prioridade no espaço urbano para deixar as viagens mais rápidas.
Ar-condicionado e uma grande capacidade de passageiros.
As características se assemelham ao um metrô moderno, mas estamos falando de busão mesmo.
Recentemente, o corredor Metropolitano ABD, que liga São Mateus, na zona Leste da capital paulista, ao Jabaquara, na zona Sul, recebeu 30 ônibus superarticulados, de 23 metros, com capacidade para 180 passageiros cada, com estes equipamentos na configuração interna.
A ligação tem 33 km de extensão e une os dois extremos da capital paulista, passando por cidades do ABC (Santo André, Mauá/Terminal Sônia Maria, São Bernardo do Campo e Diadema). Há ainda uma extensão de 12 km entre a cidade de Diadema e a região do Brooklin, em outro lado da zona Sul da capital paulista, totalizando, 45 km.
Os veículos ainda dispõem de câmeras nas portas para controle do desembarque dos passageiros com visualização das imagens pelo motorista no painel.
Na última semana, o Diário do Transporte utilizou um destes 30 coletivos e conferiu de perto as tecnologias embarcadas.
O ar-condicionado é com saídas individuais e a possibilidade de o passageiro controlar a intensidade por defletores.
O ônibus ainda conta com piso baixo, rampa para acessibilidade e tomadas USB para carregamento de baterias de celular e outros dispositivos móveis, vidros com tratamento anti raios UV (ultravioleta), entre outros itens.
A linha foi a 287 (Terminal Santo André Oeste / Diadema).
Antes que os mais radicais possam se manifestar:
– Não! Não é intuito da matéria comparar corredor de ônibus com metrô. São sistemas de capacidades e concepções diferentes, mas que se complementam.
– Sim! Existem outros serviços e corredores de ônibus no Brasil têm tecnologias semelhantes, como em Curitiba, porém, ainda são minoria.
Mas os objetivos da reportagem são:
– Mostrar que não é tão complicado e que é perfeitamente possível qualificar e modernizar os sistemas de ônibus, que nunca devem ser encarados para substituir os trilhos, porém, sempre terão importância na mobilidade das pessoas. O ônibus nunca vai acabar, então, tem de melhorar.
– O ônibus deve deixar de ser encarado com “complexo de vira-latas”. Não é porque é ônibus que deve ser prestado de qualquer jeito, caprichando somente no metrô
– Infelizmente, um veículo como este chama a atenção e rende até uma reportagem, sendo que deveria ser normal.
– Muitos se gabam de usar metrô e ônibus na América do Norte e Europa. Mas em termos de tecnologia, o Brasil não tem ficado atrás.
O que impossibilita que o serviço usado seja melhor é que o Corredor ABD é antigo, com as mesmas características de quando começou a operar em 1986: trechos em que os ônibus ainda precisam sair das pistas exclusivas e paradas que são coberturas de concreto, muitas posicionadas ainda de acordo com a época em que foram implantadas, quando se embarcava ainda pela porta traseira (alguns nem se lembram disso).
Com o novo contrato para o sistema de transportes metropolitanos no ABC, a expectativa é de modernização deste corredor juntamente com a implantação de um BRT (Bus Rapid Transit) – sistema mais moderno – entre São Bernardo do Campo, Santo André, São Caetano do Sul e os terminais Tamaduateí e Sacomã, na zona Sudeste da cidade de São Paulo.
O BRT terá estações fechadas em vez de pontos, com o pagamento das passagens antes do embarque, dotadas de ar-condicionado, painéis com informações sobre as linhas e previsão de tempo de espera. A estrutura será envidraçada.
O sistema, de 17,8 km, deve começar a operar em 2024 e contar com 96 ônibus 100% elétricos, de 21,5 metros de comprimento cada, divididos em linhas expressas (ligam terminais sem paradas), semi-expressas (param somente em estações mais movimentadas) e paradoras (param em todas as estações).
Estes novos coletivos devem ser do tipo E-Trol, que funcionam como trólebus conectados à rede aérea e também com baterias, sem depender da fiação.
Os veículos devem ter os mesmos equipamentos de informação e segurança que os encontrados pela reportagem.
Os ônibus que já circulam são movidos a óleo diesel (ainda com a motorização Euro 5), com carroceria Caio Millennium BRT e chassis O500 UDA Mercedes-Benz.
A concessionária do corredor e do futuro BRT é a NEXT Mobilidade, que também recebeu do Governo do Estado de São Paulo a operação de 111 linhas metropolitanas (EMTU – Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos) na região do ABC e que circulam fora de corredor.
O modelo de contratação chegou a ser questionado judicialmente porque não foi licitado. O STF (Supremo Tribunal Federal) entendeu, porém, que a concessão é legal por se tratar da prorrogação de um contrato que já tinha sido licitado (do corredor ABD, de maio de 1997), em troca de investimentos com o mesmo objeto: serviço por ônibus.
A nova contratação foi assinada em 2021, engloba valores totais de R$ 22,6 bilhões e vai até 2046.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes
COISA MARAVILHOSA DE 1°. MUNDO! E, EMBORA SEJA UM CORREDOR METROPOLITANO ANTIGO, EXCLUSIVO! FUNCIONA PERFEITAMENTE! E ESSES ÔNIBUS SÃO MUITO CONFORTÁVEIS! (SÓ LHES FALTAVA SEREM ELETRICOS / BATERIAS!) MESMO SENDO MOVIDOS À DIESEL!
ESSA GERAÇÃO, E A GERAÇÃO ANTERIOR DOS “MILENNIUN’ S” DA CAIOInduscarQUE FORAM LANÇADOS / FABRICADOS ATE MEADOS DE 2.022 … E OS JA QUASE RAROS “MONDEGOS – HA” , ARTICULADOS SÃO OS MELHORES!
Logo no início era assim agora não mais. O sinal do WF não funciona na maioria dos ônibus os letreiros tbm assim como o aviso dos pontos falta empatia dos motoristas muitos motorista desvia do ponto principalmente na linha 376. E finge que não te vê. No início da manhã eles vão é volta sem pegar ninguém pra voltar mais rápido pra Diadema deixando as pessoas que vão no mesmo sentido esperando mais tempo. Porque a demanda em Diadema fica com filas gigantescas. O terminal Diadema foi divido em dois do lado dos municipais não tem banheiro pra usar só do lado da metra. Ou seja o lado da metra ficou com tudo o lado dos municipais ficou até sem banheiro. A intenção fica lotado no período da manhã está integração deveria ser feita de outra forma. As escada rolante durante o período da noite não funciona bilheteria tem duas mais só uma funciona a do lado da next. Pra reportagem tudo é colocado com inovador já pra quem usa todos os dias não é bem assim. No início tudo funciona depois ninguém liga. Os pontos não protegem ninguém da chuva e por aí vai.
Beleza! Mas a maior importância dos ônibus é a de prover “acessibilidade territorial” e não a de prover “mobilidade”. Os ônibus ainda são muito sujeitos a interrupções causadas pelos congestionamentos. Os corredores vieram para melhorar esse aspecto. As inovações nos ônibus começaram, de forma decidida, a partir de 1989, durante o Governo Erundina e continuaram a ser melhorados significativamente durante o Governo Marta. Que boa a iniciativa da EMTU e da empresa concessionada!
Os ônibus de BH já são assim desse 2013 🤣
Os ônibus são confortáveis,sim.
Mas devido a expansão imobiliária, o tempo aumentou muito entre um terminal e outro.
É muito semáforo que atrasam demais as viagens.
E muito semáforo ou muitos carros? Os ônibus perdem 50% do tempo de viagem parados (20% nos faróis + 30% para embarque/desembarque). Reduzir os semáforos leva à congestão do trânsito local, ou seja, ao engarrafamento dos ônibus… Por isso se enterram os metrôs ou se elevam os monotrilhos. Construir corredores para os ônibus melhora muito, mas não atende a todas as demandas. A solução deve ser sempre combinada, integrando os vários modos de transporte, cada um em seu nicho preferencial. E planejar adequadamente a cidade não faz mal a ninguém, desde que os planos sejam excutados.
Ganhou quanto para defender a mafia? que derrubou uma linha de metro.