Ricardo Nunes autoriza repasse de mais R$ 329 milhões para subsidiar sistema de ônibus

Conta para equilibrar o sistema de transporte coletivo da capital paulista já ultrapassa R$ 4,5 bilhões

ALEXANDRE PELEGI

Os subsídios ao sistema de ônibus da cidade de São Paulo caminham para um recorde neste ano de 2023, podendo alcançar a marca de R$ 5,8 bilhões.

Além de ser uma previsão do próprio prefeito Ricardo Nunes, como noticiou o Diário do Transporte, novo decreto no Diário Oficial da Cidade desta segunda-feira, 31 de outubro de 2023, reforça isso.

O documento assinado pelo prefeito da capital paulista libera mais R$ 329 milhões, com recursos provenientes do excesso de arrecadação.

Recentemente outros dois decretos aportaram dinheiro para equilibrar as contas do sistema entre receita e despesas.

No dia 04 de setembro, o então prefeito em exercício, Milton Leite, assinou decreto liberando mais R$ 460 milhões (460.781.014,00).

No dia 02 de outubro, Nunes liberou mais R$ 351 milhões (R$ 351.128.648,37). (Relembre)

Como se vê, em menos de 60 dias as liberações alcançaram R$ 850 milhões.

Desta forma, a conta neste ano de 2023 já ultrapassa a casa dos R$ 4,5 bilhões até hoje.

A precisão do prefeito Ricardo Nunes dos valores que devem alcançar os recursos dos subsídios aos ônibus da capital foi noticiada pelo Diário do Transporte no dia 18 de setembro passado (Relembre).

Nunes disse que, com a inclusão dos ônibus elétricos ao sistema, dentro da meta de 2,6 mil coletivos deste tipo até o fim de 2024, os subsídios vão aumentar ainda mais por causa do custo de aquisição maior destes modelos, que podem ser até três vezes mais caros. A remuneração das empresas será, em média, cerca de 15% maior para a operação dos elétricos em comparação com os diesel (Relembre).

Sobre um eventual reajuste no valor da passagem em 2024, ano de eleições, Nunes disse que a questão ainda será debatida, porém, não está descartada a possibilidade de congelamento por mais um ano.

“Os subsídios neste ano devem chegar entre R$ 5,6 bilhões e R$ 5,8 bilhões. Eu não tenho como falar se a gente vai ter correção ou não da tarifa para o ano que vem. Isso depende de uma série de questões, inclusive de conversa com o Metrô e a CPTM. Nós temos um sistema integrado por conta do Bilhete Único”, disse o prefeito paulista.

Se por mais um ano houver congelamento de tarifa de ônibus, e com a entrada em operação dos ônibus elétricos, em 2024 a conta dos subsídios pode bater outro recorde histórico.

Alexandre Pelegi, jornalista especializado em transportes

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