VÍDEOS – PAESE na linha 10 da CPTM: Diário do Transporte esteve em estação e constatou falhas de atendimento

Publicado em: 12 de outubro de 2022

Serviços começaram com frota insuficiente e, mesmo com aumento da quantidade de ônibus, longas filas, demora e “apagões” de coletivos marcaram a manhã de quem não pode se deslocar de trem

ADAMO BAZANI

O PAESE (Plano de Apoio entre Empresas em Situação de Emergência) que tem sido realizado para passageiros da linha 10-Turquesa da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) apresentou falhas de atendimento nesta quarta-feira, 12 de outubro de 2022.

Quantidade insuficiente de ônibus no horário de pico da manhã, longas filas (no início da manhã na estação Tamanduateí nem fila tinha, era a lei do mais forte), passageiros sem informação e “apagões” de ônibus, com intervalos entre os coletivos foram alguns dos problemas enfrentados.

As estações Prefeito Saladino, Utinga e São Caetano do Sul, que ficam entre as estações Tamanduateí e Santo André, estão fechadas em toda esta quarta-feira por causa de obras.

Se o pico foi caótico, fora do horário de movimento maior, também houve dificuldades para quem depende de transporte.

O Diário do Transporte esteve na Plataforma A do Terminal Santo André Leste onde está sendo realizado o embarque no sentido Tamanduateí

A reportagem ficou entre 9h00 e 10h00 no local e ouviu diversas reclamações de usuários, muitos dos quais já encontraram a primeira dificuldade: não sabiam onde embarcar.

Mesmo já sendo fora do pico, a fila começava na parte de passagem subterrânea do terminal, seguia pelas escadas e ocupava toda a plataforma.

Passageiros relataram atrasos de uma hora.

No momento em que a reportagem esteve no local, a fila, apesar de bem longa, estava organizada.

Mas os usuários se confundiam porque linhas comuns que habitualmente atendem na plataforma A ainda estavam fazendo embarque e desembarque no local, “mesclando” as filas.

Foi o caso da linha 107 – Santo André (Terminal Metropolitano Santo André-Leste)/ São Paulo (Jardim Esther)

Outro problema eram “apagões” de ônibus. Eram formados comboios de coletivos que, mas depois que saíam, não aparecia mais nenhum ônibus por alguns minutos, mesmo com a fila crescendo. Isso ocorreu mais de uma vez.

O Diário do Transporte fez imagens desta situação e mandou para a assessoria de imprensa da CPTM, mas não teve retorno sobre estes “buracos” de atendimento. (Veja imagens mais abaixo)

Alguns ônibus articulados faziam a ligação direta até Tamanduateí, mas os passageiros não sabiam e se confundiam. Funcionários da CPTM informavam aos “gritos” que os ônibus articulados eram diretos e quem precisasse descer em Prefeito Saladino, Utinga ou São Caetano do Sul tinha de pegar os ônibus menores, os convencionais.

RESPOSTAS TARDIAS TANTO DA CPTM COMO DA NEXT MOBILIDADE:

O Diário do Transporte questionou a CPTM sobre a situação desde o início da manhã e ambas demoraram para dar explicações mais detalhadas sobre a Operação PAESE.

Às 6h45 a CPTM foi questionada quantos ônibus da PAESE estavam operando, mas só respondeu às 7h55, que eram 40 veículos. Mas na hora do questionamento, a quantidade de ônibus era só a metade: 20. Ou seja, pela demora da resposta, a informação foi de uma quantidade de ônibus que no momento de maior de necessidade dos usuários não era a real.

O Diário do Transporte procurou a NEXT Mobilidade, responsável pelos ônibus, às 6h52.

Por volta de 8h20, a NEXT Mobilidade informou que, inicialmente, a CPTM pediu 20 ônibus e a empresa mandou 25; depois mais 5 coletivos totalizaram 30. Em seguida, foram solicitados mais 10, somando 40.

Na estação Tamanduateí, informalmente, funcionários da CPTM disseram que só eram 20 ônibus, que era verdade.

Oficialmente, a CPTM diz que inicialmente foram solicitados 20 ônibus, mas com o monitoramento de passageiros nas estações, pedimos mais 20.

Às 8h40, a CPTM informou que: Já estão circulando os 40 ônibus. Inclusive, vamos iniciar agora viagens diretas de Tamanduateí até Santo André com quatro ônibus articulados

A estatal informou que os trens circulam toda a linha, mas não param em São Caetano do Sul, Utinga e Prefeito Saladino.

Os passageiros que precisam ir até estas estações, devem escolher se vão parar em Tamanduateí ou em Santo André e de lá pegar o PAESE.

Já quem vai para outras estações não precisa sair do trem, por exemplo, quem embarca em Mauá e vai para o Brás.

 

Veja o itinerário dos ônibus (70 minutos para realizar):

Ida

– Parada Terminal Santo André Leste (trajeto: Rua Augusto Ruschi, Viaduto Pedro Dell Antônia, Avenida Industrial e Avenida Pres. Roosevelt)

– Parada Estação Pref. Saladino (trajeto: Rua Alfreds Paegle, Avenida Industrial, Rua Sumaré, Viaduto Juvenal Fontanella, Rua Sumaré, Avenida da Paz, Avenida dos Estados, Rua Bárbara Heliodora e Rua Beckman)

– Parada Terminal Utinga (trajeto: Rua Comendador Júlio Pignatari, Avenida da Paz, Rua Sumaré, acesso Rua Sumaré, Avenida da Paz, Avenida Industrial, Avenida Goiás, Rua Luís Gama, Rua João Pessoa e Rua Amazonas)

– Parada Terminal São Caetano do Sul (trajeto: Rua Serafim Constantino, Avenida Conselheiro Antonio Prado, Rua Pernambuco, Rua Profa. Maria Macedo, Avenida Guido Aliberti e Avenida Presidente Wilson)

– Parada Estação Tamanduateí

 Volta

– Parada Estação Tamanduateí (trajeto: Avenida Presidente Wilson, Avenida Guido Aliberti, Rua Baraldi e Rua Amazonas)

– Parada Terminal São Caetano do Sul (trajeto: Rua Serafim Constantino, Viaduto dos Autominstas, Rua Heloísa Pamplona, Praça Lions Clube, Rua Aquidaban, Praça Itália, Rua Aquidaban, Acesso Avenida dos Estados, Avenida dos Estados, Avenida da Paz e Rua Comendador Júlio Pignatari)

– Parada Terminal Utinga (trajeto: Rua Beckman, Rua Bárbara Heliodora, Avenida dos Estados, Viaduto Pres. Castelo Branco, Acesso Terminal Pref. Saladino)

– Terminal Pref. Saladino (trajeto: Praça Dr. Armando Arruda Pereira, Avenida dos Estados, Avenida Antônio Cardoso e Rua Visc. De Taunay)

– Parada Terminal Santo André Leste (trajeto: Rua Augusto Ruschi, Viaduto Pedro Dell Antônia, Avenida Industrial e Avenida Pres. Roosevelt)

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes