Dicionário do transporte: conheça os principais termos utilizados pelos trabalhadores do setor
Publicado em: 29 de maio de 2022

Glossário foi criado com base no dia a dia dos rodoviários de Sorocaba (SP)
JESSICA MARQUES
Nenhum passageiro gosta de “meia roda”, “roda presa” ou “casca dura”. Já os motoristas temem o “camisa branca” ou o “chefia”.
Não entendeu nada? Estes são alguns dos principais termos usados por funcionários do setor de transportes.
Em homenagem a este “dialeto” que surgiu no dia a dia das garagens, o BRT de Sorocaba criou um glossário.
A lista de palavras e expressões foi gerada com base no dia a dia dos rodoviários de Sorocaba (SP).
Seja nos terminais, nas estações, nos pontos de parada, na garagem ou dentro dos ônibus, o “transportês” é a língua-mãe que conecta todos os colaboradores e ajuda na comunicação diária durante a realização das atividades.
Entre funcionários é comum ouvir que um colega é “padrão”, que no começo do trajeto “bate lata” ou que chegou o momento de “bater lavanca”.
Aqueles que conseguem uma escala boa são chamados de “peixe”. Se for motorista novato é batizado de “calça branca”.
Além disso, todos os dias próximo ao meio-dia é “hora do galo de briga”. Por não serem expressões comuns para o público geral torna-se difícil de entender, mas dentro das empresas BRT e Consor, a comunicação flui muito bem.
Confira o glossário e fique por dentro:
Bater lata: andar com ônibus vazio.
0800: passageiro gratuito.
Padrão: dirige articulados.
Peixe: tem a melhor escala.
Meia roda: motorista barbeiro.
Roda presa: motorista lerdo.
Pegou ar: o motorista ficou bravo.
Casca dura: motorista grosseiro.
Calça branca: motorista novato.
Camisa branca: fiscal.
Chefia: supervisor.
Bater lavanca: hora de trabalhar.
Passariando: motorista que anda com o ônibus em zigue-zague.
Encarroçado: quando o manobrista passa para o motorista.
40 janela: ônibus.
Hora do galo de briga: almoço.
QRX: refeição ou lanche.
Pelego: puxa saco.
QRU: namorada/esquema.
B.O: problema.
Treta: briga ou encrenca.
QTH: local.
QTR: hora exata.
QSL: entendido.
QTA: deixa quieto.
QTO: banheiro.
X9: quem entrega.
TKS: obrigado.
Jessica Marques para o Diário do Transporte
Excelente ideia essa, a de Sorocaba! Que tal incentivar toda a nossa Comunidade Transporteira a fazer o mesmo? Lembremo-nos de “Navio Negreiro”, o ônibus que recolhia, desde as 3h da matina, os motoristas e cobradores que iriam atender ao pico da manhã? E “dedo-duro”, então? E o termo “sujou!”, quando a chefia chega até o pedaço? E “Alicate”, para os mecânicos que conseguem tirar as 10 porcas da roda sem usar alicate? E “Rádio Peão”, para a agência de notícias que corre solta entre os operadores, fiscais, inspetores, motoristas e cobradores?
Haviam o Negreiro>> coletivos lançados em 83 que pegavam passageiros entre 2 da manhã e madrugada, da CMTC aqui na capital..Zona leste..
E esqueceram do termo “gancho”, quando o motorista é suspenso devido a problemas ou infração e o “embaçado”, que significa complicado, usado quando alguém pede carona !!
Faltou o principal ! PÉ DE CABRA= Amante