Termina sem acordo audiência sobre greve de ônibus em São Luís no MPT-MA
Publicado em: 22 de fevereiro de 2022

Novo encontro foi marcado para esta quarta-feira (23); trabalhadores dizem que empresas não apresentaram novas propostas; paralisação está suspensa
ADAMO BAZANI
Terminou sem acordo mais uma audiência no MPT-MA (Ministério Público do Trabalho) do Maranhão sobre a greve de ônibus em São Luís e região nesta terça-feira, 22 de fevereiro de 2022.
Segundo o presidente do Sindicato dos Rodoviários do Maranhão, Marcelo Brito, em nota, as empresas de ônibus não ofereceram nenhuma contraproposta.
Nova mediação no MPT foi marcada para esta quarta-feira (23).
“Frustração, essa é a sensação depois de mais uma audiência que participamos, sem a apresentação de uma contraproposta para a nossa categoria. O Sindicato dos Rodoviários representa quase 6 mil trabalhadores, que reivindicam por melhores condições de trabalho. Seguimos no movimento grevista, cumprindo a liminar do TRT-MA, que determina 80% dos ônibus circulando na capital, mas sem uma solução para esse impasse, os trabalhadores poderão cruzar os braços novamente e aí, São Luís poderá ficar sem ônibus. Paciência tem limite e a dos Rodoviários, já se esgotou. Esperamos que nessa nova mediação, marcada para esta quarta (23), possamos chegar a um entendimento. Não vamos abrir mão dos nossos direitos”, disse, de acordo com a nota.
A audiência foi conduzida pelo procurador do trabalho, Marcos Rosa e também pelo coordenador nacional da promoção a liberdade sindical, Ronaldo Lima dos Santos, que veio a capital maranhense, para auxiliar no processo de diálogo entre as partes, a pedido do MPT-MA.
Como mostrou o Diário do Transporte, a greve de ônibus em São Luís e região metropolitana começou no dia 16 de fevereiro e foi suspensa no dia 19.
Por descumprimento de ordem judicial sobre frota mínima de 80%, a desembargadora Solange Cristina Passos de Castro, da 16ª Região do Tribunal Regional do Trabalho (Maranhão), determinou a prisão de 15 dirigentes do sindicato dos rodoviários.
Três integrantes da entidade sindical chegaram a ser presos.
Com o retorno dos ônibus ao trabalho, a magistrada revogou a prisão.
Relembre:
Os funcionários das empresas de ônibus pedem reajuste de 15% no salário, vale-alimentação de R$ 800, regularização de direitos em atraso e que seja mantido o cargo de cobrador nos veículos, e rejeitaram a proposta patronal de um aumento em 5%.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes