Vereadores de Mogi das Cruzes (SP) pedem retorno total da frota do transporte coletivo
Publicado em: 10 de novembro de 2021
Câmara Municipal também se posiciona contra o aumento da tarifa
JESSICA MARQUES
A Câmara Municipal de Mogi das Cruzes, em São Paulo, aprovou uma moção pedindo o retorno total da frota do transporte coletivo.
O documento, de autoria do vereador Clodoaldo de Moraes, faz um apelo à Prefeitura pela volta das rotas do transporte coletivo que foram restringidas por conta das medidas de combate à covid-19.
O vereador afirmou que a população em geral está pedindo o retorno das frotas, respeitando o distanciamento social e a higienização dos veículos. Moraes ainda afirmou ser fundamental o retorno das rotas, para que não haja atrasos e aglomerações nos pontos, já que as atividades voltaram ao normal.
“Estamos praticamente retomando a economia da nossa cidade e agora retornando, na semana que vem, cem por cento das aulas municipais. Então é muito importante que a frota de ônibus do transporte coletivo volte a funcionar em sua totalidade. A população tem reclamado muito por conta da aglomeração nos pontos de ônibus”, ressaltou.
AUMENTO DA TARIFA
Além disso, também foi aprovada, na sessão ordinária desta terça-feira, 09 de novembro de 2021, a Moção 172/2021 que fez um apelo às empresas concessionárias do transporte coletivo do Alto Tietê para que não reivindiquem aumento nas tarifas de ônibus.
A iniciativa foi do presidente da Casa, vereador Otto Rezende, que defende não ser o momento oportuno para realizar o reajuste.
No documento apresentado ao Plenário, Rezende citou matérias publicadas na imprensa, que noticiaram a intenção das empresas concessionárias dos serviços de transporte público em pedir reajuste de até 100% no valor tarifário, o que acarretaria, por exemplo, uma tarifa em torno de R$ 9 em Mogi das Cruzes.
Relembre:
“Sabemos que a população não está tendo o aumento necessário para que as empresas de ônibus ou gestores coloquem um preço de passagem que seria praticamente o dobro do que a atual”, argumentou o parlamentar.
Por outro lado, as empresas argumentam que os custos dos transportes estão maiores, por conta da demanda baixa de passageiros, por causa da pandemia, e pelo aumento no preço do diesel. Com isso, as tarifas estariam defasadas, o que torna inviáveis a continuação do serviço.
Na ocasião, a vereadora Inês Paz também se colocou contra o possível reajuste das tarifas do transporte público, argumentando que a classe trabalhadora não teve reajustes em seu salário. “Os trabalhadores não estão tendo reajuste, o funcionalismo público estadual, os professores, que não têm nada a ver com a pandemia, não têm reajustes”, disse.
O vereador Iduigues Martins, por sua vez, defendeu mais transparência das empresas concessionárias do transporte público. “Nunca foi aberta a planilha de custos da empresa, custo da renovação da frota, dos combustíveis, dos pneus, dos impostos. Isso é um debate que temos que aprofundar”.
“Temos que discutir, entrar nesse tema espinhoso e lembrar a população que o reajuste não chega até à Casa. Não votamos reajuste do ônibus, mas podemos discutir e levar soluções ao prefeito”, sugeriu o vereador Marcos Furlan.
Jessica Marques para o Diário do Transporte
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