Empresas de ônibus de Londrina fazem nova proposta e serviços podem ser normalizados nesta quarta (14)
Publicado em: 13 de abril de 2021

Assembleia pela manhã vai definir como será o retorno. Atrasados serão depositados em parcelas
ADAMO BAZANI
A greve de ônibus em Londrina pode ter um fim na manhã desta quarta-feira, 13 de abril de 2021, após uma assembleia que será realizada pelos funcionários do sistema municipal de transportes.
Nas primeiras horas do dia, a expectativa é que o serviço ainda continue parado.
As empresas TCGL (Transportes Coletivos Grande Londrina) e Londrisul Transportes Coletivos apresentaram nesta terça-feira (13) uma proposta de pagamento de salários e benefícios atrasados.
Haverá duas parcelas de depósitos.
Os salários de março que deveriam ser depositados em 07 de abril estarão nas contas dos trabalhadores em 15 de abril, prometeram as viações.
Já o “vale”, que é o adiantamento salarial previsto em convenção trabalhista, deve ser pago no dia 22 de abril.
As companhias também devem desistir das ações judiciais contra a greve que começou em 09 de abril.
Caso os trabalhadores aprovem a retomada das atividades, os serviços serão regularizados aos poucos.
A TCGL (Transportes Coletivos Grande Londrina) e Londrisul Transportes Coletivos dizem que enfrentam dificuldades financeiras em razão da pandemia de covid-19 que provocou queda na demanda de passageiros.
A prefeitura, por sua vez, informou que já depositou R$ 6 milhões para auxiliar o sistema.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes
Quem trabalha tem vc que receber mesmo,, agora existe muitas coisas paradas e o povo sempre coloca culpa na apandamia
Só quem anda de ônibus todos os dias pode falar da demanda de passageiros nesta pandemia. Acredito q os donos das empresas não devem pisar no terminal central e ver todos nós andando “amasados” em seus ônibus lotados. Pois foi tirado muitas linhas. E isso causou grande fluxo de pessoas em poucos ônibus.
Não é só a pandemia que prejudicou as empresas, mas sua própria administração ao demitir funcionários e retirar a quantidade de ônibus de algumas linhas, aumentando o tempo de espera dos passageiros e das lotações em horários de pico, que acabaram empurrando a mim e a muitos outros passageiros para os transportes alternativos (Uber) ou caronas. Se essa política mudasse eu voltaria a pegar ônibus com a mesma frequência de antes. Esse comportamento dos usuários pode se tornar algo recorrente mesmo após a pandemia se as empresas não mudarem sua forma de administração, com foco em atrair o usuário e não espantá-lo.