Com plantas de fábrica de pneus no ABC, prefeitos da região dizem que medida de Bolsonaro que zero imposto de importação para pesados é prejudicial
Publicado em: 23 de fevereiro de 2021

De acordo com Consórcio Intermunicipal, empregos podem ser cortados com concorrência estrangeira, prejudicando cidades
ADAMO BAZANI
Tentativa do presidente Jair Bolsonaro de agradar caminhoneiros e evitar uma greve da categoria, a alíquota zero do imposto de importação sobre pneus de veículos pesados (caminhões e ônibus) tem provocado reações negativas de prefeitos que administram cidades que possuem fábricas deste produto.
Nesta terça-feira, 23 de fevereiro de 2021, o Consórcio Intermunicipal ABC, que reúne prefeitos das sete cidades do ABC Paulista, em reunião com representantes do Ministério da Economia, apontaram o que classifica de “efeitos negativos da decisão do Governo Federal”.
O decreto zerando a alíquota foi publicado em Diário Oficial em 21 de janeiro de 2021, como mostrou o Diário do Transporte.
Relembre:
Em nota, o presidente do Consórcio e prefeito de Santo André, Paulo Serra, disse que, com a concorrência dos produtos internacionais, há riscos para manutenção de empregos na indústria do setor, o que impactaria também nas cidades onde estas fabricantes possuem plantas.
“Os postos de trabalho na indústria da borracha ficaram em risco com a decisão de baixar a alíquota para o pneu importado. Por isso, como presidente do Consórcio ABC, buscamos diálogo e alternativas que garantam equilíbrio entre oferecer um preço justo ao consumidor, mas preservando também os investimentos, os empregos e gerando renda para a nossa gente”, afirmou Paulo Serra.
O prefeito se reuniu com o subsecretário de Ambiente de Negócios e Competitividade, Jorge Lima, acompanhado do presidente da Anip, Klaus Curt Müller, do presidente da Bridgestone para a América do Sul, Fabio Fossen, e do deputado federal Alex Manente.
Segundo o consórcio, os efeitos da redução da alíquota serão já em curto e médio prazos.
O consórcio de prefeitos ressaltou que dados reunidos pela Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (Anip) mostram que o setor de pneumáticos emprega diretamente mais de 30 mil trabalhadores, além dos empregos indiretos na rede de revendedores, fornecedores e parceiros em todo o Brasil. Segundo a associação, a medida trará impacto não apenas para os fabricantes de pneus, mas também afetará toda a cadeia produtiva nacional.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes
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