Doria prorroga quarentena até 07 de março e reclassificação começa a valer neste sábado (06)
Publicado em: 6 de fevereiro de 2021

De acordo com Plano São Paulo, 66% da população estão em regiões com a fase amarela
ADAMO BAZANI
O governador João Doria prolongou a quarentena no Estado de São Paulo para até o dia 07 de março de 2021.
O decreto 65.502, com a extensão, foi publicado neste sábado, 06 de fevereiro de 2021.
Por causa da covid-19, o Estado de São Paulo está em quarentena desde 24 de março de 2020.
Na quarentena, há restrições quanto ao funcionamento de comércios e serviços, o que influencia na circulação e operação dos ônibus, trens e metrôs.
Mesmo nas atividades autorizadas, há determinações que devem ser atendidas, como horários de funcionamento e ocupação com limitações e o uso obrigatório de máscaras.
Passageiros dos transportes coletivos, entretanto, reclamam que devido à lotação em ônibus, trólebus, monotrilho, metrô e trens, em especial nos horários de pico, está praticamente impossível manter o distanciamento social recomendado pelas autoridades de Saúde.
RECLASSIFICAÇÃO:
Passa a valer a partir deste sábado, 06 de fevereiro de 2021, a nova classificação das regiões no Plano São Paulo.
Após um período de maiores restrições em todo o Estado, seis regiões que abrigam 66% da população passaram para a fase amarela. Já na fase laranja, ficam oito regiões com 27% da população. Para a fase vermelha passaram três regiões que reúnem 8% da população.
Fase Amarela: Região Metropolitana de São Paulo (capital paulista e 38 cidades da Grande São Paulo), Araçatuba, Baixada Santista, Registro, Campinas e Presidente Prudente.
Fase Laranja: São José do Rio Preto, Barretos, Ribeirão Preto, São João da Boa Vista, Piracicaba, Sorocaba e Taubaté.
Fase Vermelha: Franca, Araraquara e Bauru.
As recomendações são de que as regiões no laranja sigam as restrições da fase vermelha a partir das 20h e as que estão no amarelo a partir das 22h, só com os serviços essenciais funcionando.
Na última quarta-feira (03), Doria já havia anunciado que será suspensa a partir deste sábado, 06 de fevereiro de 2021, a medida complementar ao Plano São Paulo, que deixava todo o Estado na fase vermelha aos fins de semana e nos dias úteis das 20h às 06h.
Na fase vermelha só podem funcionar atividades essenciais como hospitais, clínicas veterinárias de urgência, farmácias, supermercados, serviços de segurança e transportes públicos como ônibus, trens, metrô, assim como aplicativos e táxis.
O endurecimento das regras do dia 25 de janeiro de 2021 ocorreu devido ao aumento das contaminações, internações e óbitos pela covid-19, como reflexo das eleições municipais e festas de Natal e Ano Novo.
Mas, de acordo com a equipe de Saúde do Estado de São Paulo , estes índices começaram a melhorar.
Fase 1 (Vermelha): Alerta Máximo – Fase de contaminação, com liberação apenas para serviços essenciais)
Na fase vermelha, ficam liberadas apenas as atividades consideradas essenciais
– Saúde: hospitais, clínicas, farmácias, clínicas odontológicas, lavanderias e estabelecimentos de saúde animal.
– Alimentação: supermercados, hipermercados, açougues e padarias, lojas de suplemento, feiras livres. É vedado o consumo no local.
– Bares, lanchonetes e restaurantes: permitido serviços de entrega (delivery) e que permitem a compra sem sair do carro (drive thru). Válido também para estabelecimentos em postos de combustíveis.
– Abastecimento: cadeia de abastecimento e logística, produção agropecuária e agroindústria, transportadoras, armazéns, postos de combustíveis e lojas de materiais de construção.
– Logística: estabelecimentos e empresas de locação de veículos, oficinas de veículos automotores, transporte público coletivo, táxis, aplicativos de transporte, serviços de entrega e estacionamentos.
– Serviços gerais: lavanderias, serviços de limpeza, hotéis, manutenção e zeladoria, serviços bancários (incluindo lotéricas), serviços de call center, assistência técnica de produtos eletroeletrônicos e bancas de jornais.
– Segurança: serviços de segurança pública e privada.
– Comunicação social: meios de comunicação social, inclusive eletrônica, executada por empresas jornalísticas e de radiodifusão sonora e de sons e imagens.
– Construção civil, agronegócios e indústria: sem restrições.
Fase 2 (Laranja): Controle – Fase de atenção, com eventuais liberações.
Na fase laranja, shoppings centers (com proibição de abertura das praças de alimentação), comércio de rua e serviços em geral podem funcionar com capacidade limitada a 40%, horário reduzido para oito horas seguidas e adoção dos protocolos padrão e setoriais específicos. Foram incluídos na atualização dos critérios as atividades de salões e barbearias, além de bares e restaurantes que estarão liberados com restrições. Ainda de acordo com a atualização anunciada em 08 de janeiro de 2021, todas as atividades permitidas puderam funcionar oito horas por dia (antes eram quatro horas) e a ocupação dos estabelecimentos na fase laranja passa de 20% para 40% da capacidade.
Fase 3 (Amarela): Flexibilização – Fase controlada, com maior liberação de atividades
Na fase amarela, shoppings centers (com proibição de abertura das praças de alimentação), comércio de rua e serviços em geral podem funcionar com capacidade a limitada 40%, horário reduzido para seis horas seguidas e adoção dos protocolos padrão e setoriais específicos, salões e barbearias, além de bares e restaurantes que estarão liberados com restrições. O governo do Estado antecipou para esta fase as academias, parques e salões de beleza e barbearias.
Fase 4 (Verde): Abertura Parcial – Fase decrescente, com menores restrições
Na fase verde, fica liberado o funcionamento de todos os estabelecimentos comerciais e de serviços, incluindo academias e praças de alimentação dos shoppings, desde que com capacidade limitada a 60% e adoção dos protocolos padrão e setoriais específicos. Ficam proibidos eventos que gerem aglomeração.
Fase 5 (Azul): Normal controlado – Fase de controle da doença, liberação de todas as atividades com protocolos de segurança e higiene.
Retomada da economia dentro do chamado “novo normal”
TRANSPORTES: OFERTA MAIOR QUE DEMANDA E FONTES EXTRA-TARIFÁRIAS:
Toda alteração no Plano São Paulo é acompanhada de perto pelo setor de transportes.
Nos casos de flexibilização maior há impactos diretos na demanda de passageiros de ônibus, trens e metrô, e também aumento no trânsito de veículos particulares.
Em relação ao transporte público, de acordo com os especialistas, o ideal é ampliar a oferta de ônibus e composições num percentual maior que o da demanda para evitar superlotação e risco maior de contágio. Ao mesmo tempo, tem sido um desafio manter os sistemas economicamente sustentáveis com uma oferta maior que a demanda, num cenário ideal de operação neste momento.
O consenso é que os sistemas de transportes não devem depender apenas das tarifas, mas obter formas de subsídios externos para a continuidade dos serviços.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes