Barretos (SP) contrata a Expresso Itamarati para operar em caráter emergencial no transporte urbano
Publicado em: 29 de janeiro de 2021

Município estava sem ônibus há mais de dez dias após prefeitura suspender contrato com a atual concessionária
ALEXANDRE PELEGI
Após a prefeitura de Barretos suspender o contrato com a VIASA (Viação Sarri Ltda), concessionária do transporte local, os moradores da cidade do interior de São Paulo estavam sem serviço de ônibus há mais de dez dias.
Nesta quinta-feira, 28 de janeiro de 2021, a prefeitura assinou contrato emergencial com a Expresso Itamarati por 90 dias.
O contrato, feito de forma direta, foi possível após a suspensão do contrato com a Viação Sarri. A ratificação da contratação emergencial foi publicada na edição do Diário Oficial do Estado desta sexta-feira, 29 de janeiro, e traz o valor estimado de R$ 1.262.342,16.
A Expresso Itamarati, empresa de São José do Rio Preto, atua no transporte urbano em Votuporanga (SP), São José do Rio Preto (SP) e Uberaba (MG), neste caso através da coligada Empresa de Transportes Lider Ltda.
Além disso, a Itamarati opera no transporte de passageiros nos segmentos Rodoviário (Intermunicipal e Interestadual), Intermunicipal Suburbano, Fretamento Contínuo e de encomendas nos bagageiros dos ônibus.
SUSPENSÃO DE CONTRATO
Como mostrou o Diário do Transporte, a Viação Sarri passa por dificuldades financeiras.
O problema, que levou a uma decisão mais drástica da gestão local, começou em 18 de janeiro deste ano, quando explodiu uma greve dos empregados da viação. Eles cobravam o pagamento dos salários de dezembro de 2020 e janeiro deste ano, além do décimo terceiro.
A Viação Sarri mencionou na ocasião problemas financeiros agravados pela pandemia do vírus da covid-19, em que a perda de caixa girava em torno de R$ 300 mil mensais, impossibilitando o cumprimento das obrigações trabalhistas.
Diante de uma situação de impasse, a Prefeitura de Barretos publicou o Decreto Municipal nº 10.861, de 22 de janeiro, que trata da suspensão do contrato da cidade com a Viação por um período de 180 dias corridos.
Segundo o documento, durante este tempo será apurada as razões da prestação “imperfeita e inadequada” do atendimento, bem como analisado o problema financeiro da empresa que resultou na greve, e promovida uma auditoria na VIASA, fazendo um levantamento dos descumprimentos contratuais no serviço de transporte coletivo.
Outro ponto importante é que o contrato com a Viação Sarri, apesar de suspenso, poderá ser encerrado ou rompido em definitivo a qualquer momento após a auditoria.
À imprensa local a Viação Sarri confirmou ter demitido 70 funcionários em virtude da suspensão do contrato pela Prefeitura.
Relembre:
Barretos (SP) suspende contrato com a VIASA e fica sem transporte coletivo
Alexandre Pelegi, jornalista especializado em transportes