Viação Presidente não quita salários e greve continua em Conselheiro Lafaiete (MG)
Publicado em: 16 de janeiro de 2021

Empresa havia prometido depositar valores nessa sexta (15), o que não ocorreu
ALEXANDRE PELEGI
Continua a greve dos rodoviários que trabalham na Viação Presidente em Conselheiro Lafaiete, Minas Gerais.
Nessa sexta-feira, 15 de janeiro de 2021, a empresa não depositou os salários atrasados, como havia prometido, o que aumentou a desconfiança da categoria.
A Presidente vendeu três ônibus para levantar os recursos necessários para pagar os atrasados e acertar a situação do plano de saúde. No fim dia, a empresa comunicou que não teria condições de efetuar o depósito.
Segundo o Jornal Correio da Cidade, os trabalhadores permanecem acampados em frente à garagem da empresa impedindo a saída dos ônibus negociados.
O Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo de Conselheiro Lafaiete (SINTTROCOL) afirma que os veículos deixarão a empresa somente após o pagamento das dívidas com os trabalhadores.
Caso os trabalhadores não sejam atendidos, o transporte poderá ter paralisação total. Atualmente quatro ônibus circulam para atender a cidade durante a greve.
A categoria entrou em estado de greve após aprovação em assembleia na quarta-feira (6) à tarde, e a Viação Presidente foi notificada da decisão.
A situação crítica do transporte urbano é recorrente na cidade. Os trabalhadores cruzaram os braços em 29 de julho de 2020 cobrando o pagamento de salários atrasados.
Por sua vez, a Prefeitura de Conselheiro Lafaiete anunciou que pretende realizar uma nova licitação em 2021 para contratar uma empresa que ofereça um melhor serviço de transporte coletivo. A contratação de uma nova empresa em caráter emergencial não está descartada.
Já a Câmara Municipal, em sessão realizada na terça-feira passada (5), decidiu realizar uma Audiência Pública para discutir a situação do transporte coletivo. O encontro foi agendado para o dia 26 de janeiro de 2021, às 16h.
Alexandre Pelegi, jornalista especializado em transportes
O que a prefeitura está esperando pra intervir?