Placa Mercosul já foi instalada em mais de 14 milhões de veículos no Brasil

Nova placa é utilizada em todas as categorias de veículos. Foto: Adamo Bazani.

Troca é obrigatória nos casos de mudança de estado ou município, primeiro emplacamento, alteração de categoria do veículo, furto, roubo, extravio ou dano na placa

JESSICA MARQUES

A placa Mercosul já foi instalada em mais de 14 milhões de veículos no Brasil. O levantamento foi divulgado pelo Serpro, empresa de tecnologia que desenvolveu o modelo para o Denatran (Departamento Nacional de Trânsito).

Desde fevereiro deste ano, todos os estados e o Distrito Federal já estão preparados para emplacar os veículos com o novo modelo da chamada PIV (Placa de Identificação Veicular). De acordo com o Serpro, a mudança traz mais segurança para o cidadão, permitindo a rastreabilidade da placa, o que facilita o combate às clonagens e falsificações.

A tecnologia tornou-se obrigatória em todo o país a partir da Resolução n° 780/2019  do Contran (Conselho Nacional de Trânsito).

Entretanto, a troca da placa só é obrigatória nos casos de mudança de estado ou município, bem como nos casos de primeiro emplacamento, alteração de categoria do veículo, furto, roubo, extravio ou dano na placa, ou, ainda, quando o veículo for reprovado em vistoria nos procedimentos de transferência com observações sobre placa e/ou lacre.

“Se não ocorrer nenhuma dessas situações a placa a atual, de cor cinza, pode ser utilizada até o fim da vida útil do veículo. No entanto, nada impede que o proprietário solicite a PIV pelo simples desejo de adotar o novo padrão. Outra vantagem é que, uma vez que o veículo esteja com a nova placa, não precisará mais trocá-la nos casos de alteração de município ou UF”, explica Patrícia Freitas, gestora de soluções de trânsito no Serpro, em nota.

TROCA

Conforme informado em nota, a adesão dos Detrans começou em setembro de 2018 e terminou  em fevereiro de 2020, quando foi atingida a totalidade dos 27 órgãos de todo o país. A região com maior número de PIVs é o Sul do Brasil, com mais de 5,8 milhões de estampagens, seguido do Sudeste, com 5 milhões, e o Nordeste, com um pouco mais de 2 milhões.

Para a obter a PIV basta comparecer ao posto de atendimento local do Detran com a documentação necessária e seguir as recomendações. Dependendo do município, os órgãos também fazem todo o procedimento online, incluindo o agendamento para a troca da placa.

SEGURANÇA

A nova placa conta com itens de segurança, segundo o Sepro. Entre eles está o QR Code desenvolvido que possibilita a rastreabilidade da placa.

“O QR Code funciona como uma impressão digital eletrônica da placa veicular, possuindo uma assinatura exclusiva. Qualquer pessoa pode verificar a autenticidade do QR-Code utilizando seu próprio smartphone. Para isso, basta baixar o aplicativo VIO, ler o QR Code e acessar um número serial, que é uma espécie de CPF da placa. A partir daí também é possível  acessar o Portal de Serviços do Denatran e verificar a qual veículo a placa está vinculada, se está na posição correta (dianteira ou traseira), além de acessar informações sobre o fabricante e o estampador da placa”, detalhou o Sepro, em nota.

O novo modelo, com 4 letras e 3 números, permite mais de 450 milhões de combinações, o que, considerando a tendência de crescimento da frota de veículos no Brasil, pode valer por mais de 100 anos.

Jessica Marques para o Diário do Transporte

Comentários

Comentários

  1. Wilson disse:

    Uma pena que, mesmo com a intervenção do presidente da república para baixar os custos iniciais das placas, não adiantou muito.
    Em Minas o par de placas ultrapassa os R$300,00 e só pode ser feita na cidade de emplacamento, impedindo a livre concorrência.

  2. Olavo Leal disse:

    Alguém poderia explicar o motivo dessa sequência de 3 letras, 1 dígito, 1 letra e 2 dígitos? Por que não 4 letras seguidas de 3 dígitos? Não seria mais simples? Acho que complicaram o que poderia ser muito mais simples.

    1. Alexandre Ramos disse:

      Na verdade, as autoridades brasileiras tentaram evitar a formação de palavras indevidas ou chulas com a sequência de 4 letras (p. ex. CAG*, FOD*, PUT*, etc.) , uma vez que seria feita uma conversão do padrão antigo para o novo e não seria possível evitar tais sequências.
      O padrão 4 letras + 3 números ficou reservado para o Paraguai, que por possuir a menor frota do Mercosul, poderá excluir todas as combinações que considerarem indevidas. O que realmente ficou péssimo no Brasil foi não utilizarem digitos separadores para melhorar a leitura e memorização, como ocorria no sistema anterior. A combinação TRJ2Y48 fica mais fácil de memorizar por blocos TRJ-2Y48 ou TRJ-2Y-48. Isso sem falar na identificação de estados e municípios num país de dimensões continentais.

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