Ao menos 40 funcionários do sistema de ônibus de São Paulo podem ter morrido de Covid-19, diz sindicato
Publicado em: 14 de junho de 2020

De acordo com levantamento da entidade, deste total, nove mortes já foram confirmadas por contaminação com o novo coronavírus e 31 estão em investigação
JESSICA MARQUES/WILLIAN MOREIRA/ADAMO BAZANI
Ao menos 40 trabalhadores do sistema de ônibus da capital paulista podem ter morrido por Covid-19. Nove mortes já foram confirmadas e outras 31 estão sendo investigadas como sendo causadas pela doença.
A informação foi divulgada pelo Sindmotoristas (Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo) em novo levantamento divulgado neste domingo, 14 de junho de 2020.
Ainda de acordo com a entidade, o número de casos chegou a 707 trabalhadores com suspeita de Covid-19, sendo 155 já confirmados.
O sindicato informou que tem realizado fiscalizações nas garagens para confirmar se todos os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) estão sendo fornecidos e utilizados.
Além disso, o Sindmotoristas informou que está orientando os funcionários a se proteger da maneira correta, usando máscaras, álcool em gel e derivados, mas temem que ao haver a flexibilização do comércio, os casos aumentem.
“Tememos que o problema possa fugir de controle se os coletivos continuarem superlotados, expondo a maiores riscos de contágio condutores e passageiros. Os ônibus podem virar incubadoras do coronavírus”, disse Valmir Santana da Paz (Sorriso), presidente em exercício do Sindmotoristas, em nota divulgada para a imprensa.
A entidade fez um levantamento em cada empresa e divulgou uma lista com casos confirmados, suspeitos e óbitos referente ao vírus. Confira as informações, na íntegra:
OUTRO LADO
Em nota, a Prefeitura de São Paulo informou ao Diário do Transporte que está realizando diversas ações de prevenção à Covid-19 no transporte coletivo. Confira o posicionamento, na íntegra:
“A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes (SMT) e da SPTrans, colocou em prática no início da pandemia uma série de ações para aumentar a segurança de passageiros e operadores do sistema como: a obrigatoriedade do uso de máscaras em ônibus e terminais; veiculação de mensagens sonoras nos 31 terminais de ônibus com dicas e orientações para prevenção da Covid-19; sinalizou as plataformas com a distância de 1 metro entre os usuários; autorizou as empresas operadoras a usarem cortinas em formato de “L” nos postos dos motoristas para evitar o contágio.
A higienização de veículos foi reforçada nas garagens e passou a ser feita, também, nos terminais, em pontos de maior contato dos usuários, como balaústres, corrimãos e assentos, no intervalo entre as viagens.
Além disso, foi feita recomendação para que as empresas concessionárias de ônibus realizem viagens sem exceder a capacidade máxima de passageiros sentados. A orientação, que também vale aos passageiros, foi feita com base no escalonamento na entrada e saída dos trabalhadores dos comércios e serviços autorizados a funcionar novamente de forma presencial. O objetivo é reduzir a disseminação do vírus.
Sobre equipamentos de segurança a motoristas e cobradores, trata-se de relação trabalhista entre a empresa concessionária e os funcionários.
Mais informações sobre os protocolos do transporte público para o enfrentamento à covid-19 estão disponíveis no link
http://www.sptrans.com.br/media/5550/protocolos-transporte-pu-blico.pdf?v=1731“
Jessica Marques e Adamo Bazani, jornalistas especializados em transportes e Willian Moreira em colaboração especial para o Diário do Transporte
Valha-me dr. Oswaldo Cruz ! Diziam os antigos: ” Nada é mais funesto que a ignorância em atividade”. Mas já houve quem disse-se tratar-se apenas de uma “gripezinha”! Rogerio Belda – SP
Ou seja atingiu 1% dos motoristas de ônibus pois são mais ou menos 15000 motoristas de ônibus na capital… é pouco o contágio em relação ao restante da população… está na faixa aceitável de contaminação.
Não entendi essa contagem tem garagem que não tem nenhum caso suspeito ou confirmado, mas tem morte, é de se estranhar.