Em visita a canteiro de obras da Linha 6-Laranja, Baldy diz que há possibilidade de contrato com espanhola Acciona ser definido antes de fevereiro
Publicado em: 13 de novembro de 2019

Mês é o limite da caducidade de contrato do consórcio Move SP; Diário do Transporte visitou as obras
ADAMO BAZANI / JESSICA MARQUES
O secretário de Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo, Alexandre Baldy, se mostrou otimista em relação à definição do contrato da Linha 6-Laranja do Metrô, prevista para ligar Vila Brasilândia, na Zona Noroeste de São Paulo à estação São Joaquim, na região central.
Na manhã desta quarta-feira, 13 de novembro de 2019, Baldy, técnicos do Consórcio Move SP e da empresa espanhola Acciona estiveram visitando o canteiro de obras do que será a futura estação Freguesia do Ó, na Zona Norte.
Baldy manteve a previsão de que a partir da definição do contrato, as obras devem ser encerradas, com entrega completa à população, em quatro anos.
O governador João Doria ampliou o prazo para decretar caducidade do contrato do Consórcio Move SP para fevereiro de 2020, para dar tempo para conclusão de negociação da venda de concessão à espanhola Acciona.
Entretanto, na visita desta manhã, Baldy disse que antes mesmo de fevereiro o contrato pode ser definido.
Para manter todos os canteiros e estrutura, o consórcio Move SP gasta R$ 3 milhões por mês.
VISITA
O Diário do Transporte conheceu o túnel por onde deve passar a linha. Representantes do consórcio informaram que são feitos monitoramentos de solo, acúmulo de água e de limpeza na região.
Também é analisada toda a condição de solo da região, com monitoramento constante.
A obra vai contar com dois Shields, os populares tatuzões. Um fará a perfuração no sentido Norte, a partir de Freguesia do Ó, e outro no sentido Sul.
Cada tatuzão tem 107 metros de comprimento e aproximadamente 1.800 toneladas. Os equipamentos demoram de quatro a seis meses para serem montados.
A fabricação é da francesa NFM, que foi adquirida pelo grupo chinês MHI, que fez a montagem prévia do equipamento. A montagem completa será feita no próprio canteiro de obras.
Os valores dos equipamentos são incluídos no valor do contrato, de aproximadamente R$ 12 bilhões.
O tamanho do equipamento, que está desmontado, impressiona, ocupando praticamente um galpão improvisado com tenda, com as peças separadas.
Baldy verificou a condição do terreno e do equipamento e disse que tanto a obra quanto os tatuzões apresentam boa aparência de conservação.
Veja vídeo em parceria entre o Diário do Transporte e o Via Trólebus:
Confira as imagens da visita:

Peças do Shield.

Diário do Transporte no centro de um tatuzão.

Equipamento levou um ano para ser fabricado.

Mais partes do Shield

Profundidade é de 30 metros.

Um dos locais por onde vai passar a linha

Secretário Baldy e técnico do Consórcio Move SP

Um dos tatuzões desmontados

Área onde vai passar o tatuzão.

Cabine onde ficará o operador do tatuzão. Em uma comparação não precisa, mas para ter uma ideia, é como se fosse um maquinista

Uma das rodas de corte do tatuzão.

Subestação provisória a gás
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes
Porque as coisas publicas no Brasil e obras são tão demoradas? Só lei pra atrasar mais e mais, triste.