Lamsa: danos causados pela prefeitura do Rio não permitem retomada imediata de cobrança de pedágio na Via Amarela
Publicado em: 28 de outubro de 2019

Nesta manhã, Polícia Civil fez perícia em cabines destruídas por equipes do município na noite de ontem, 27
ALEXANDRE PELEGI
Após liminar da Justiça do Rio, que determinou a retomada da cobrança de pedágio na Linha Amarela na manhã desta segunda-feira, 28 de outubro de 2019, a Lamsa, concessionária da via, informou não ter condições de retomar as operações.
Em declaração à imprensa do Rio, Eduardo Dantas, presidente da concessionária, afirmou que a empresa deve ficar por mais de 30 dias sem cobrar pedágio por causa dos danos causados pela Prefeitura. A Polícia Civil fez hoje perícia no local, verificando as cancelas destruídas por funcionários do município que, no ato de destruição, chegaram a usar retroescavadeiras.
Ainda na noite deste domingo, a Lamsa divulgou nota chamando o gesto de “ato de abuso extremo de autoridade, sem precedentes na história e sem amparo jurídico”.
A decisão de romper a concessão com a Lamsa foi comunicada pelo prefeito Marcelo Crivella nesta sexta-feira, 25. O prefeito acusou a empresa de não repassar cerca de R$ 1,64 bilhão para a municipalidade. O ato consumando o fim da concessão da Via Amarela foi publicado em edição especial do Diário Oficial do município na sexta-feira:
A liminar da Justiça, concedida pela juíza do plantão judiciário, Lívia Bechara de Castro, determinou uma multa de R$ 100 mil por dia em que a Lamsa ficar impedida de atuar. Na mesma decisão, a Lamsa está proibida de fechar a via, até mesmo para reconstrução da praça de pedágio.
A CPI da Linha Amarela, instalada pela Câmara dos Vereadores do Rio, concluiu em seu relatório final, divulgado na quarta-feira, 23 de outubro, que houve lucro indevido de R$ 1,6 bilhão, além de outras irregularidades cometidas pela concessionária. Em declaração ao site G1, o vereador Fernando William (PDT), que presidiu a CPI, afirmou que o prejuízo de R$ 1,6 bilhão teve origem em um acordo firmado “estranhamente” entre Prefeitura e a concessionária em 2004.
Alexandre Pelegi, jornalista especializado em transportes
Se houve a dívida, não justificável a depredação da praça…..Crivella reveja seus conceitos…só é bom para os motoristas que ficarão alguns tempo sem pagar.