Prefeitura anuncia início das obras de revitalização do Largo do Arouche com atraso de um ano

Imagem do projeto apresentado por Doria em 2017, quando anunciou a revitalização do Largo do Arouche.

Custo do projeto é de R$ 3,8 milhões; segundo prefeito, obra está atrasada porque prefeitura demorou para arrecadar dinheiro junto a empresas privadas

ALEXANDRE PELEGI

Na manhã desta sexta-feira, 24 de maio de 2019, o prefeito Bruno Covas anunciou o início da primeira etapa das obras de revitalização do Largo do Arouche, região central de São Paulo.

Com um custo total estimado em R$ 3,8 milhões, Covas afirmou que os recursos virão integralmente de doações do setor privado.

A reforma do Largo do Arouche estava prevista para começar na segunda quinzena de junho de 2018, com entrega prometida para 2019. A previsão era reconstruir o Mercado das Flores e instalar quatro novos quiosques no local. Um ano antes, em 2017, Doria pediu doações à comunidade francesa para requalificar o Arouche, transformando o espaço em um “promenade” (passeio, em francês).

Aprovada no Condephaat, órgão estadual de patrimônio, 25 empresários franceses já haviam atendido ao pedido de Doria, e doaram R$ 2,3 milhões para a obra, segundo a Câmara do Comércio França-Brasil.

Bruno Covas, ao anunciar hoje o início das obras, quase um ano após o prometido por seu antecessor, explicou que o motivo do atraso se devia ao fato de que “não foi arrecadado o recurso suficiente“.

Ainda com os R$ 2,3 milhões doados pelos franceses, o prefeito afirmou que será possível iniciar a intervenção no local, pavimentando o piso e estendendo o largo até a calçada. Com a rua no mesmo nível da calçada, será criada uma área de traffic calming, com os carros compartilhando o espaço, mas circulando com velocidade reduzida.

Além do piso, o prefeito anunciou que haverá novo mobiliário urbano, com bancos, papeleiras, paraciclos, bebedouros. “Vamos ter uma área para criança, uma horta comunitária, uma arquibancada para eventos culturais, toda uma requalificação respeitando as ações do tombamento em relação à parte geométrica aqui da praça que reproduz espaços de Paris”, disse.

A previsão é concluir a primeira etapa das obras em quatro meses. A segunda etapa, que inclui a reforma do Mercado das Flores, aguarda a arrecadação dos R$ 1,5 milhão restantes junto a empresas privadas.

LARGO DO AROUCHE, A PRAÇA DAS FLORES

Próximo à estação República do metrô, na região central da cidade de São Paulo, o Largo do Arouche já teve vários nomes: Largo do Ouvidor, Largo da Artilharia, Praça Alexandre Herculano.

O nome atual homenageia o tenente-general José Arouche de Toledo Rendon, primeiro diretor da Faculdade de Direito de São Paulo e do Jardim Botânico.

As flores, que marcaram o local, vieram com diversos floristas que foram se instalando aos poucos no local. Com o tempo, o Largo do Arouche se transformou no Mercado das Flores, oficializado em 1953, também conhecido como Praça das Flores.

Alexandre Pelegi, jornalista especializado em transportes

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