Passageiros protestam contra reajuste em ônibus do Rio de Janeiro, superlotação e atrasos do BRT

Terminal Alvorada foi liberado no fim da manhã desta segunda-feira. Foto: Divulgação.

Manifestações foram realizadas na Estação do Mato Alto e no Terminal Alvorada

JESSICA MARQUES

Os passageiros que utilizam os ônibus do Rio de Janeiro protestaram nesta segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019, contra o reajuste da tarifa de ônibus. Os usuários também reclamaram de superlotação e atrasos dos veículos do BRT (Bus Rapid Transit).

As manifestações foram realizadas na Estação do Mato Alto e no Terminal Alvorada, segundo informações da mídia local.

A Prefeitura informou que o Terminal Alvorada, na Barra da Tijuca, teve ambos os sentidos da via do BRT Transoeste bloqueados, mas a liberação ocorreu por volta de 11h30.

No caso da Estação do Mato Alto, em Guaratiba, os serviços no corredor Transoeste voltaram a funcionar no início da tarde.

O reajuste da tarifa no Rio de Janeiro foi anunciado em entrevista coletiva em 29 de janeiro de 2019.

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Além do anúncio do reajuste de tarifa, o prefeito também informou que o sistema do BRT da cidade terá um interventor. O nome escolhido foi o de Luis Alfredo Salomão, graduado em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, professor e político brasileiro, que foi deputado federal pelo Rio de Janeiro.

Em nota, a Prefeitura citou a intervenção como uma solução para os problemas apontados pela população nos protestos realizados nesta segunda-feira.

Confira a nota, na íntegra:

Com relação às demandas de usuários do Sistema BRT, a Prefeitura do Rio vem prestar os seguintes esclarecimentos:

1) Quando foi anunciada a intervenção no BRT (29/01), a Prefeitura já havia dito que há registros de problemas nos BRT’s, sobretudo na Zona Oeste. Na Avenida Cesário de Melo, há várias estações sem operar. Os BRT’s estão superlotados, há queixas da população sobre superlotação também nos terminais, diminuição da frota e demora nos horários. Desde o começo do governo, a atual gestão tem procurado, junto ao consórcio que operam o sistema BRT, encontrar soluções, mas não foi possível. Por isso optou-se pela intervenção, que esta apenas em sua segunda semana. O prazo para a reestruturação do sistema é de 180 dias;

2) O reajuste das tarifas seguiu as regras previstas no contrato assinado na gestão anterior. Ele assegura o equilíbrio econômico e financeiro às empresas que operam o transporte público de passageiros por ônibus no município. Elas vêm enfrentando sérias questões econômicas, o que tem comprometido a oferta e a melhoria dos serviços;

3) Destacamos que a receita adicional para as empresas de ônibus, a partir do reajuste, terá que ser investida na melhoria do sistema e no cumprimento das metas acordadas no Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado entre os empresários e a Prefeitura em junho do ano passado. As empresas pediram reajuste de R$ 0,15, contudo, foi concedido apenas R$ 0,10. Desta forma, a cidade do Rio de Janeiro continua sendo a capital com a menor tarifa de transporte rodoviário;

4) Outro ponto importante é que as concessionárias cumpriram com aquilo que foi determinado em meados do ano passado. Chegaram a 60% da nossa frota com ar-condicionado, apresentaram os balancetes e fizeram até mais: colocaram internet, tomadas (para carregar celular) e também desistiram de todas as ações que tinham contra a Prefeitura na Justiça. As empresas também deram a primeira cota para ajuda da pavimentação das principais rodovias da cidade. Depositaram R$ 1 milhão, e serão mais seis parcelas, somando R$ 7 milhões – explicou o prefeito.

Jessica Marques para o Diário do Transporte

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