Banheiros das estações de trem da Grande São Paulo fecham antes do fim da operação

No caso da estação Prefeito Celso Daniel – Santo André, uma placa da CPTM mostra que o horário de funcionamento dos banheiros é ainda menor. Foto: Jessica Marques

Na região, terminais de ônibus disponibilizam sanitários durante horário de funcionamento das linhas

JESSICA MARQUES

Quem utiliza transporte público nem sempre encontra sanitários à disposição. Na Grande São Paulo, seis estações da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) não disponibilizam banheiros para os passageiros. São elas Pirituba (Linha 7 – Rubi), General Miguel Costa (Linha 8 – Diamante), Utinga (Linha 10 – Turquesa), Suzano, Calmon Viana e Braz Cubas (Linha 11 – Coral).

Em nota, a CPTM informou que “está desenvolvendo projeto de modernização para 34 estações, que contemplará a construção de banheiros públicos comuns e adaptados nas seis que ainda não possuem”.

Além disso, os demais sanitários funcionam apenas das 4h às 22h, em vez de estarem abertos no mesmo horário de operação dos trens. Após o horário, a CPTM orienta a procurar um empregado da estação para liberar o acesso.

Contudo, a liberação do sanitário nem sempre ocorre. Um passageiro, que preferiu não se identificar, solicitou o acesso ao banheiro na estação São Caetano da Linha 10 – Turquesa e um funcionário informou que ele deveria passar pelas catracas e procurar um estabelecimento aberto, que na volta, não pagaria a passagem para seguir viagem.

A CPTM informou, por meio de nota, que “o fechamento após as 22h é devido aos frequentes casos de vandalismo, furto ou mau uso nesse horário. Os usuários que quiserem utilizar o equipamento após esse horário devem procurar um empregado da estação para que seja liberado o acesso”.

“Para diminuir esse tipo de ocorrência, que além de onerar os cofres públicos prejudica os próprios usuários, a CPTM desenvolveu e implantou peças antifurtos como saboneteiras de concreto e torneiras com fixador. Já foram instaladas 56 saboneteiras de concreto produzidas pela própria CPTM utilizando garrafas plásticas recicláveis. As estações possuem 185 torneiras com o dispositivo antifurto. A meta é substituir todas as saboneteiras e torneiras” – justificou a CPTM.

No caso da estação Prefeito Celso Daniel – Santo André, uma placa da CPTM mostra que o horário de funcionamento dos banheiros é ainda menor. No local, que fica no centro da cidade, os sanitários ficam abertos apenas das 6h às 22h.

As estações administradas pela Companhia do Metrô, por sua vez, possuem sanitários disponíveis no horário de funcionamento do sistema. “Os banheiros que não estão localizados nas áreas livres também podem ser utilizados pelos usuários. Para isso, o empregado acompanha o passageiro solicitante até o local” – explicou o Metrô, em nota.

Sanitários de terminais são alternativas

Nas proximidades de algumas estações que têm o horário de funcionamento dos sanitários reduzido, os banheiros de terminais de ônibus acabam sendo uma alternativa viável na hora do aperto.

Nos terminais da Metra, por exemplo, o horário de funcionamento dos banheiros é o mesmo da operação dos ônibus, conforme informado em nota pela assessoria de imprensa. “Todos os nove terminais operados pela Metra contam com banheiros feminino e masculino em perfeitas condições de utilização e que são mantidos limpos e vistoriados diária e periodicamente” – informou a Metra, em nota.

Os terminais metropolitanos gerenciados pela EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos) “possuem banheiros com instalações adaptadas para deficientes e atendem aos usuários diariamente das 4h até à meia-noite”.

São eles o Taboão, Cecap e Vila Galvão, no Corredor Guarulhos – São Paulo; o Terminal Luiz Bortolosso (km21), em Osasco, que faz parte do Corredor Itapevi-São Paulo; e o Terminal Cotia, conforme informado pela EMTU.

Ônibus municipais

Segundo informações da SPUrbanuss (Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo), todos os terminais urbanos da capital paulista têm sanitários abertos durante 24 horas, com “rigorosa rotina de limpeza”.

Jessica Marques para o Diário do Transporte

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