Ainda sem acordo, trabalhadores da Mercedes-Benz decidem manter greve por tempo indeterminado

Sexto dia de greve dos trabalhadores na Mercedes, em São Bernardo do Campo/SP. Fotos: Edu Guimarães/SMABC

Paralisação ocorre desde 14 de maio, mas negociações não avançaram desde então

JESSICA SILVA PARA O DIÁRIO DO TRANSPORTE

Os trabalhadores da Mercedes-Benz decidiram manter a greve por tempo indeterminado. A decisão foi tomada na manhã desta segunda-feira, 21 de maio de 2018, em assembleia. Os trabalhadores foram informados de que não houve avanços nas negociações que ocorreram entre o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e a montadora no fim de semana.

“Assim que acabou a assembleia na sexta-feira, comunicamos o resultado para a direção da fábrica e reforçamos que precisaríamos reabrir as conversas e avançar nas propostas” –explicou o secretário-geral do Sindicato, Aroaldo Oliveira da Silva, em nota. “No fim de semana, voltamos à mesa de negociação, mas a empresa continuou contra a incorporação do reajuste no salário e rejeitando mudanças na fórmula de cálculo do PLR. Como não deu nenhum sinal de avanço nas conversas, a greve está mantida”.

Os metalúrgicos estão de braços cruzados desde a última segunda-feira, 14 de abril de 2018. “A proposta negociada pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC previa a reposição salarial pelo INPC na data-base (maio) mais abono de R$ 2,5 mil, PLR (Participação nos Lucros e Resultados) paga em duas parcelas (65% em junho e o restante em dezembro), renovação das cláusulas sociais – com a inclusão da cláusula de salvaguarda da reforma trabalhista – e estabilidade até maio de 2019” — informou o sindicato, na última sexta-feira.

Os trabalhadores reivindicam também que o cálculo da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) inclua a exportação de itens agregados, como motores, eixos e câmbios.

Uma nova assembleia está marcada para esta terça-feira, 22 de maio de 2018, às 7h30, para que sejam feitos informes aos trabalhadores.

A Mercedes-Benz produz caminhões, chassis de ônibus, cabinas e agregados. A planta de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, tem aproximadamente 8 mil funcionários.

 

Comentários

Comentários

  1. Renato Carlos Pavanelli. disse:

    A M. Benz, poderia fechar definitivamente a Fabrica de SBC. Leve para o Nordeste onde falta emprego. Assim greves de ordem politica como essa acaba,

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