Novas estações da linha 5 Lilás do Metrô terão horário ampliado a partir de segunda-feira, 13
Publicado em: 10 de novembro de 2017
Ainda faltam sete estações para a linha ficar completa. TCE analisa concessão à iniciativa privada
ADAMO BAZANI
A partir desta segunda-feira, 13 de novembro de 2017, as três estações da linha 5 – Lilás do Metrô de São Paulo, Alto da Boa Vista, Borba Gato e Brooklin, que foram entregues no dia 06 de setembro deste ano, vão ter horário de funcionamento ampliado.
A operação será das 09h às 16h, de segunda-feira a sábado, inclusive feriados. Só não há funcionamento aos domingos.
Atualmente, o novo trecho funciona das 10h às 15h.
Segundo o Metrô, em nota, ainda não haverá cobrança de passagem entre estas três estações, e informa que gradativamente, como ocorre com a maioria dos sistemas metroviários do mundo, o atendimento será ampliado.
“Esta é mais uma etapa de implantação do novo trecho da Linha 5, com 2,8 km de extensão, e de maturação dos equipamentos e sistemas, como os de alimentação elétrica, sinalização, controle de tráfego e de telecomunicações. A operação nesse formato segue o padrão internacional para a abertura de novas estações de metrô. O horário será ampliado gradativamente até chegar ao funcionamento pleno, das 04h40 à meia-noite, como em toda a rede.”
A conclusão da linha 5 Lilás sofre grandes atrasos.
O primeiro anúncio do projeto da linha foi feito em 20 de junho de 1990 pelo Metrô, e havia três alternativas de trajeto: com saída da estação Paraíso, Saúde ou São Judas. Nenhuma delas se concretizou.
Em março de 1998 começou a construção do atual trajeto.
Inicialmente, as operações seriam pela CPTM – Companhia Paulista de Três Metropolitanos e o trajeto se chamaria Linha G.
Mas em 2001, o Governo do Estado de São Paulo transferiu a operação para o Metrô, passando a denominar o trajeto de linha Lilás.
O primeiro trecho, de 8,4 quilômetros de extensão, foi entregue à população em 20 de outubro de 2002, com operações das 10h às 15h.
Os horários foram prolongados muito lentamente. No dia 28 de outubro de 2002, passou a ser das 9h às 15h. Em 18 de novembro de 2002, das 8h às 15h. No dia 16 de dezembro de 2002, o horário de operação passou a ser das 7h às 16h. Somente em 5 de fevereiro de 2003, os trens passaram a operar das 6h às 20h. Em 4 de agosto de 2003, a operação passou a ser das 5h às 22h. Quase seis anos depois do início das operações, é que a linha 5 Lilás passou a funcionar aos domingos e feriados em 10 de agosto de 2008.
A linha inteira deve ter as seguintes estações: Capão Redondo, Campo Limpo, Vila das Belezas, Giovanni Gronchi (Ligação com o futuro Pátio Guido Caloi), Santo Amaro (Acesso a Linha 9 da CPTM), Largo Treze, Adolfo Pinheiro, Alto da Boa Vista, Borba Gato, Brooklin, Campo Belo (acesso ao previsto monotrilho Linha 17), Eucaliptos, Moema, AACD-Servidor, Hospital São Paulo, Santa Cruz (acesso a Linha 1 Azul do Metrô) e Chácara Klabin(Acesso a Linha 2 Verde).
O governador Geraldo Alckmin prometeu entregar ainda neste ano as estações Eucaliptos, Moema, AACD-Servidor, Hospital São Paulo, Santa Cruz e Chácara Klabin, mas agora o metrô não crava mais data e diz apenas que a entrega será “nos próximos meses”. A estação Campo Belo, pela mais recente promessa, deve começar a funcionar no “início”de 2018, sem uma previsão mais concreta.
A operação da Linha 5-Lilás deve ser concedida à iniciativa privada, juntamente com a linha 17-Ouro de monotrilho. O modelo de concessão das duas linhas seria uma espécie de “subsídio cruzado”, já que sozinho o monotrilho não se sustenta. De acordo com projeção do próprio Metrô para a concessão, o custo para transportar cada passageiro no monotrilho é de R$ 6,71 por pessoa. A tarifa hoje é de R$ 3,80. Só para comparação, para a ViaQuatro, concessionária da linha 4 Amarela, o governo transfere R$ 4,03 por passageiro, contando integrações com linhas públicas e gratuidades. Ou seja, o sistema de monotrilho terá custo de operação mais alto que a mais moderna linha de metrô de fato hoje em operação.
O atual projeto da linha 17-Ouro previa 17,7 quilômetros de extensão, com 18 estações entre Jabaquara, Aeroporto de Congonhas e região do Estádio do Morumbi ao custo de R$ 3,9 bilhões com previsão de entrega total em 2012. Agora, serão oito estações apenas. Assim, os trechos entre Jabaquara e a Aeroporto de Congonhas e entre depois da Marginal do Rio Pinheiros até a região do Estádio São Paulo-Morumbi, passando por Paraisópolis, estão momentaneamente descartados.
Mesmo que a linha fosse completa, pela característica do modal inserido na realidade operacional de São Paulo, o monotrilho continuaria dando prejuízo.
O monotrilho está menor e vai ficar mais caro. Ainda quando era projetado para ter 18 estações em 17,7 quilômetros, custo do monotrilho do Aeroporto (como chegou a ser chamado) era de R$ 3,9 bilhões com previsão de entrega total em 2012. Agora, o orçamento ficou 41% mais caro somando R$ 5,25 bilhões com a previsão para a entrega de somente 8 estações até 2018. Em 2010, o custo do quilômetro era de R$ 177 milhões. Em 2015, o custo por quilômetro seria de R$ 310 milhões e no primeiro semestre de 2016 foi para R$ 325 milhões.
MONOTRILHO VAI PUXAR PARA BAIXO PREÇO DE CONCESSÃO:
A linha 5-Lilás de Metrô, quando completa deve transportar em torno de em torno de 855 mil passageiros por dia até 2020 e tende a ser lucrativa.
O monotrilho vai contribuir para jogar para baixo o valor da concessão por causa desse prejuízo que causará ao operador e confirmada pela própria Companhia do Metropolitano.
Pelas regras inicialmente previstas no primeiro edital, a empresa ou consórcio que quiserem operar o metrô e o monotrilho devem oferecer, no mínimo, lance de R$ 189,6 milhões.
A duração do contrato deve ser de 20 anos e os vencedores receberão a parte correspondente das tarifas à operação dos dois trajetos e também podem explorar comercialmente as estações.
O valor do contrato é de R$ 10,8 bilhões, correspondentes às receitas tarifárias de remuneração e às explorações comerciais das áreas livres das estações.
A empresa vencedora deve fazer investimentos nesse período de R$ 3 bilhões, entre modernização de espaços e frota nova.
O próprio Metrô admitiu que o sistema de monotrilho para a linha 17-Ouro é deficitário para o TCE – Tribunal de Contas do Estado de São Paulo.
No dia 25 de setembro, o TCE suspendeu o procedimento de concessão da linha 5 Lilás do Metrô e da 17 – Ouro do monotrilho para realizar uma série de questionamento à Companhia do Metropolitano.
O leilão deveria ocorrer no dia 28 de setembro.
POSSÍVEIS IRREGULARIDADES E OS QUESTIONAMENTOS:
O Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo – TCE/SP , Antônio Roque Citadini, acatou o pedido da bancada do PT na Assembleia Legislativa e não autorizou o andamento da concessão até que todas as dúvidas sejam esclarecidas.
Há suspeitas de que as exigências do edital podem restringir a competitividade e, assim, causar prejuízos aos cofres públicos.
Outro questionamento do TCE – Tribunal de Contas do Estado de São Paulo sobre a linha 5 Lilás tem relação com as obras e a remuneração da concessionária que vai ser responsável pela operação.
Caso as integrações com as estações nas estações Santa Cruz e Chácara Klabin, das linhas 1 e 2, respectivamente, atrasem, o Metrô assumiu pagar uma espécie de “multa” para a futura concessionária. O Metrô chamou a possibilidade de pagamento de “remuneração contingencial”.
Seria uma espécie de dinheiro que daria segurança para evitar problemas de descumprimento de cronogramas, como ocorreu com a primeira PPP – Parceria Público Privada do Metrô de São Paulo, a construção da linha 4 – Amarela. A ViaQuatro cobrou na justiça R$ 500 milhões ao Metrô porque as obras da linha 4 atrasaram e a demanda projetada não se concretizou. Entretanto, a concessionária alega que fez os investimentos para esta demanda projetada.
Para atrair a iniciativa privada no leilão, o Metrô pretende pagar R$ 1,02 por passageiro transportado nos trechos sem as conexões entregues a tempo, caso as obras de transferências entre as estações não fiquem prontas até 2020.
Seria uma espécie de compensação à futura operadora em caso de atrasos nas obras.
O secretário de Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni, diz não acreditar em atrasos significativos e que não será necessário usar a compensação.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes
Del Rey Transportes escolhe Optibus para maior eficiência em suas operações de transporte público
Com medidas proativas, Praxio prepara clientes para entrega da DIRF 2025
Amigos, bom dia.
Mais uma vez o EFEITO BARSIL firme e forte.
Conforme consta no post acima.
“O monotrilho vai contribuir para jogar para baixo o valor da concessão por causa desse prejuízo que causará ao operador e confirmada pela própria Companhia do Metropolitano.”
“O próprio Metrô admitiu que o sistema de monotrilho para a linha 17-Ouro é deficitário para o TCE – Tribunal de Contas do Estado de São Paulo.”
Como que com a confirmação da Companhia do Metro (que é quem entende do assunto), ninguém ainda foi responsabilizado.
Quem autorizou a construção desse BOMBA de Aerotrem ?
Alguém deve ter assinado essa autorização.
E é esta assinatura que deve pagar esse prejuízo.
Como sabemos que há uma blindagem super atômica, tudo acabará em pizza e quem vai pagar essa pizza é o trouxa dos contribuientes e eu sou um deles.
Na minha opinião já que enfiaram o pé na jaca, manda esses trenzinhos meia boca pra sucata e transforma essa droga em BRT elevado como Expresso o Tiradentes.
Deixa que eu batizo esse novo BRT elevado.
EXPRESSO TIRA BOMBAS.
Prejuízo por prejuízo, corta-se o mal pela raiz e tira essa bomba de Aerotrem e coloca o EXPRESSO TIRABOMBAS.
Sabem porque é melhor, o Aerotrem em operação vai gerar prejuízo diários e e lembrando nosso comentarista sumido (se minha memória não me trair, o Luiz Nunes – desculpe se eu errei), o Aerotrem não tem a chave Y, ou seja, um desvio em Y em caso de pane.
MUDA BARSIL ou MORRE.
Att,
Paulo Gil