Jundiaí prevê gastar R$ 200 milhões com subsídios até 2021

ônibus
Empresas de ônibus e motoristas e cobradores entram em acordo provisório e trabalhadores voltam às atividades em Jundiaí e região.

Subsídio vem pressionando as contas públicas desde 2013, quando tarifa foi congelada para cobrir aumento de R$ 0,20

ALEXANDRE PELEGI

O cálculo é da Unidade de Governo e Finanças (UGF) da prefeitura de Jundiaí: para bancar o equilíbrio das contas do sistema de transporte coletivo na cidade, a prefeitura terá de aportar R$ 200 milhões entre 2018 e 2021.

O gestor da UGF, José Antonio Parimoschi, afirma que a prefeitura já pensa em alterar o modelo de subsídio para reduzir esses gastos nos próximos quatro anos.

Assim como já vem ocorrendo na cidade de São Paulo em 2017, a pasta de Transporte em Jundiaí recebeu suplementação para completar os subsídios do preço da passagem. Na cidade, o secretário Parimoschi entende que não há recursos no orçamento para uma despesa dessa dimensão.

A dotação orçamentária deixada pela gestão anterior era de R$ 3 milhões, e até o mês de setembro já tinham sido gastos mais que o quíntuplo disso, quase R$ 16 milhões, e a prefeitura continua tendo que pedir uma suplementação de aproximadamente R$ 2,2 milhões todos os meses.

Segundo Parimoschi, a gestão anterior não se preocupou com a fonte de dinheiro para o subsídio, restando à gestão atual acertar a difícil questão do equilíbrio das contas: o custo operacional do sistema tem de se equilibrar com o valor arrecadado pela tarifa paga pelo passageiro.

O raciocínio é simples, segundo Parimoschi, e remete ao provérbio do “cobertor curto”: para cobrir a cabeça, descobre-se os pés. Enquanto a prefeitura continuar subsidiando o aumento da tarifa, não sobrará dinheiro para melhorar a qualidade do transporte.

NECESSIDADE DO SUBSÍDIO

O subsídio vem pressionando as contas públicas desde 2013, quando o então prefeito, Pedro Bigardi (PSD), congelou a tarifa para cobrir o aumento de R$ 0,20. A partir de então, a maioria dos aumentos tarifários concedidos continua sendo subsidiada pela prefeitura.

Enquanto a tarifa em diversas cidades vizinhas já subiu para R$ 4,50, em grande parte devido ao aumento do preço do diesel e ao reajuste de salários dos motoristas, entre outros fatores, em Jundiaí a passagem continua custando R$ 3 para quem usa o Bilhete Único, valor pago por 80% dos usuários de ônibus da cidade.

Somente para os demais usuários o valor da passagem é R$ 3,80, sendo que não há prazo para a revisão tarifária.

Conforme noticiamos no dia 15 de setembro, as empresas que integram o Sistema Integrado de Transporte Urbano (SITU) haviam protocolado na Prefeitura um pedido de correção na tarifa diante dos aumentos no diesel, decorrentes da nova política de reajustes de preços da Petrobras. Relembre:

https://diariodotransporte.com.br/2017/09/15/empresas-de-onibus-de-jundiai-querem-correcao-de-tarifa-apos-aumentos-seguidos-do-diesel/#prettyPhoto

Ou seja, além da pressão do orçamento, há a pressão das empresas de ônibus, impactadas pelo aumento dos custos operacionais.

Alexandre Pelegi, jornalista especializado em transporte

Comentários

Comentários

  1. Paulo Gil disse:

    Amigos, bom dia.

    O problema do buzão do Barsil é um só.

    É a indefinição quanto ao seu gênero.

    Buzão é uma atividade pública ou privada ??

    Qualquer recanto do Barsil que possua serviço de buzão precisa definir isso.

    Enquanto não for definido o gênero do buzão, esse samba continuará.

    1) Se for privado as empresas que se danem, como acontece com qualquer ramo de atividade privada; não deu lucro, fecha e nenhuma prefeitura ajuda ninguém.

    2) Se for público ai faz tarifa zero e cria o ICB Imposto de Circulação do Buzão e TODO MUNDO PAGA, seja idoso, novo, passageiro, ou não; pronto tudo certo.

    O que não dá para continuar é MISTO, privado porém com a interferência nefasta do puder que querem qualidade, investimentos, buzão verde, terminal high tech e outros bichos, com tarifa surreal e congelada.

    Puuuuuuuuuuuuuuuder do Barsil amadureçam, parem de brincar RENUNCIEM e deixe quem quer trabalhar direito trabalhar.

    Peguem o seu cobertor curto ou longo e sumam.

    Essa ladainha já cansou.

    Att,

    Paulo Gil

  2. Reginaldo disse:

    O sistema de transporte tem muitas isenções… Se Todos pagassem, o preço cairia pra TODOS… do jeito que está, além das isenções, ainda tem os que deliberadamente não pagam… aí fica difícil.

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