Scania é multada em € 800 milhões por prática de cartel na Europa

Margrethe Vestager, da Comissão Europeia,:acaminhões produzidos pelas fabricantes envolvidas representam quase 3/4 do transporte interno de mercadorias na Europa

Fabricante sueca foi punida por fixar preços junto a MAN, Daimler, Volvo, Iveco e DAF. Multas alcançam € 3,9 bilhões

ALEXANDRE PELEGI

A montadora de caminhões Scania foi multada pela Comissão Europeia pela prática de cartel.

O anúncio foi feito nesta quarta-feira (27), e a empresa sueca foi penalizada com uma multa de € 880 milhões (cerca de R$ 3,3 bilhões) por fixar preços durante 14 anos. O cartel foi formado com outros cinco fabricantes.

O esquema foi revelado no ano passado, e as empresas que participaram do esquema ao lado da Scania já haviam disso multadas em € 2,9 bilhões. As empresas são: MAN, Daimler, Volvo, Iveco e DAF.

Margrethe Vestager, da Comissão Europeia, afirmou que os caminhões produzidos pelas fabricantes envolvidas no cartel representam quase três quartos do transporte interno de mercadorias na Europa. “Ao invés de um acordo sobre os preços, as montadores deveriam ter competido entre elas”, completou Vestager.

Ao contrário das demais empresas, a Scania não admitiu ter participado no cartel em um acordo de leniência firmado no ano passado, que reduziu as multas em 10% para as outras fabricantes. A fabricante, que integra o Grupo Volkswagen, deve recorrer da decisão.

Das empresas penalizadas a Daimler, dona da Mercedes-Benz, recebeu a maior multa, de € 1 bilhão (R$ 3,7 bilhões). A multa imposta a Scania é a segunda e supera os valores da DAF (752 milhões), da Volvo/Renault (670 milhões) e da Iveco (494 milhões).

A MAN, que assim como a Scania também integra o Grupo Volkswagen, conseguiu se livrar da multa de € 1,2 bilhão por ter revelado o cartel às autoridades, recebendo em troca imunidade nas penalidades impostas.

A investigação feita pela Comissão Europeia revelou ainda um entendimento quanto ao “calendário relativo à introdução de tecnologias de emissão” e à “repercussão sobre os clientes dos custos das tecnologias de emissão necessárias para cumprir com as normas europeias”.

Alexandre Pelegi, jornalista especializado em transportes

Com agências internacionais

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