Demanda nos principais meios de transporte em São Paulo registra estabilidade entre janeiro e julho

Custo maior da integração pode ter prejudicado demanda do sistema de trilhos

Congelamento de tarifas de ônibus, CPTM e Metrô não foi suficiente para atrair mais passageiros. Desemprego também impede crescimento

ADAMO BAZANI

A demanda no transporte público na capital paulista e Grande São Paulo teve pouca variação de janeiro a julho deste ano em comparação com semelhante período do ano passado.

Foi registrada alta de 0,5% no número de passageiros somando o que CPTM, ônibus municipais do sistema da SPTrans e Metrô transportaram. Entre janeiro e julho de 2016 foram registrados 2,752 bilhões de embarques e nos sete primeiros meses de 2017, foram 2,765 bilhões.

Analisando isoladamente cada sistema, só o Metrô perdeu demanda: queda de 1,3% . Entre janeiro e julho de 2016 foram 636 milhões de registros de passagens e no mesmo período em 2017, o número caiu para 627 milhões.

A CPTM – Companhia Paulista de Trens Metropolitanos teve alta de 0,7% passando de 468 milhões de passageiros para 471 milhões na comparação entre os períodos de 2016 e de 2017.

Os ônibus municipais do sistema SPTrans, da capital paulista, são os que mais transportam pessoas e os que registraram maior alta de demanda: 1,1%. Entre janeiro e julho de 2016, foram 1,648 bilhão de registros de passageiros e, no mesmo período deste ano, o número foi para 1,67 bilhão.

Assim, nem mesmo o congelamento das tarifas unitárias dos ônibus do sistema SPTrans, Metrô e CPTM foi suficiente para aumentar a demanda no transporte público. Entretanto, a queda poderia ser até maior já que o desemprego e a crise econômica tendem a influenciar e negativamente na demanda.

O aumento na procura pelos ônibus também pode ser explicado pelo custo das integrações.

Para compensar o congelamento nas tarifas unitárias, Governo do Estado de São Paulo e prefeitura reajustaram em até 35% a tarifa integrada, dependendo da modalidade.

Assim, muitas pessoas começaram a fazer integrações entre os ônibus, que são gratuitas no período de até 4 horas e, mesmo realizando viagens mais longas e demoradas, preferem gastar menos apenas no sistema sobre pneus.

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

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