Empresas do VEM ABC insistem em monotrilho para região

Em 22 de outubro do ano passado, morador flagra problema em monotrilho em Kuala Lumpur. Técnicos tiveram de intervir na via

Modal é dúvida ainda e já foi descartado por mais da metade dos países que implantaram sistemas. Na Ásia, exemplos são bem sucedidos

ADAMO BAZANI

O Consórcio VEM ABC, composto pelas empresas Primav, Cowan, Encalso e Benito Roggio, responsável pela construção e futura operação do monotrilho da linha 18 Bronze, diz que vai insistir no modal para ligar em 15,7 km as cidades de São Bernardo do Campo, Santo André, São Caetano do Sul e São Paulo (estação Tamanduateí).

No início desta semana, num workshop na capital paulista, o presidente do VEM ABC, Maciel Paiva, disse que não está prevista em contrato a substituição do meio te transporte e que o Governo do Estado também vai insistir em monotrilho.

“Sem dúvida é um modal de sucesso em diversos países. E para esta ligação é o mais adequado. Tem custo menor que o metrô e ocupa menos espaço que um BRT, corredor de ônibus” –  defendeu o responsável pelo consórcio que faz parte da PPP – Parceria Público Privada com o Governo do Estado de São Paulo.

O VEM ABC procurou destacar para jornalistas e blogueiros as vantagens do modal, alegando capacidade de 40 mil passageiros por sentido, tração elétrica e menos área ocupada dos carros e edificações nas áreas urbanas.

Entretanto, são as desapropriações os maiores entraves hoje para o monotrilho do ABC, prometido para 2014, sair do papel. Não há mais prazo para o início da obra.

A Cofiex – Comissão de Financiamento Externo, órgão vinculado ao Ministério do Planejamento, não autorizou o Governo do Estado a captar recursos externos que somam US$ 128,7 milhões para financiar as desapropriações necessárias para a instalação das estações e das vigas dos trens leves com pneus que devem seguir sobre um trilho por sentido.

O aval é necessário porque o Governo Federal atua como espécie de fiador no negócio. Se a gestão estadual der calote no empréstimo, o financiamento terá de ser pago com recursos federais. A Cofiex entendeu haver risco de inadimplência pelo Governo do Estado.

Os problemas relacionados ao monotrilho do ABC não se limitam às desapropriações e aos recursos.

Ainda não houve uma definição sobre a situação das galerias de água sob a Avenida Brigadeiro Faria Lima, no centro de São Bernardo do Campo, que podem alterar o lado de implantação das vigas para o elevado por onde passariam os trens leves com pneus.

Foram problemas de galerias pluviais na Avenida Luiz Inácio de Anhaia Melo não previstas no projeto que atrasaram as obras do monotrilho da linha 15-Prata, na zona leste de São Paulo, onde há apenas duas estações no trajeto de 2,3 quilômetros.

Também há a interpretação sobre uma cláusula no contrato que determina que o monotrilho do ABC só poderia ser inaugurado após os testes e o funcionamento da linha 17-Ouro, também de monotrilho, que está em construção, mas sem operação.

O Consórcio Intermunicipal do ABC, que reúne hoje seis dos sete prefeitos do ABC, sugere a implantação de um corredor de ônibus BRT no trajeto que, segundo a entidade, transportará demanda semelhante de passageiros com custos dez vezes menores e implantação em até dois anos.

“ O prazo [do contrato do monotrilho] foi aditado por mais 180 dias, é o terceiro aditamento, e nós percebemos que mediante a crise econômica, tá muito distante [a concretização da obra] e a sociedade clama por um novo modal. Não dá para a gente continuar só simplesmente justificando que por fatores financeiros a obra não vai ser iniciada. A gente [Consórcio] está oferecendo então por autorização e deliberação que o governo do Estado submeta uma nova proposta, dentre elas poderia ser um BRT, ‘aonde’ o tempo de viagem origem-destino aumentaria alguma coisa em torno de sete minutos, o corredor seria o mesmo que hoje seria a linha, então sairia por São Bernardo do Campo, ingressando pela Aldino Pinotti, passando pela Lauro Gomes, Guido Aliberti e Presidente Wilson, que seriam as três cidades [do ABC] mais a capital, ‘aonde’ tem um trecho de 1,5 km. Nós estamos já no dia de amanhã [quarta, 07 de junho] mandando este comunicado, buscando uma solução e ao mesmo tempo oferecendo uma alternativa”– disse o presidente do Consórcio Intermunicipal ABC e prefeito de São Bernardo, Orlando Morando.

RISCO FISCAL:

A linha 18-Bronze do monotrilho que deveria ligar São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, à estação do Tamanduateí na capital, passando pelos municípios de Santo André e São Caetano do Sul representa risco fiscal e pode custar ao menos R$ 252,4 milhões a mais aos cofres públicos estaduais.

É o que aponta relatório de riscos fiscais sobre as PPPs – Parcerias Público-Privadas do Governo do Estado de São Paulo, publicado no Diário Oficial do Estado de sábado, 1 de abril de 2017.

Inicialmente, o monotrilho do ABC deveria custar, contando os recursos públicos e privados, R$ 4,2 bilhões em 2014. Em 2016, o valor foi corrigido para uma estimativa de R$ 4,8 bilhões e, se forem realizadas estas complementações previstas, a linha 18 do ABC pode ter custo que ultrapasse R$ 5 bilhões.

O empreendimento total, contando com a primeira e a segunda fase, deve ter 15,7 quilômetros para atender a uma demanda prevista de 314 mil passageiros por dia. Levando em conta o valor de R$ 5 bilhões já com a complementação, cada quilômetro do monotrilho do ABC pode custar R$ 318,4 milhões.  A título de comparação, de acordo com dados da UITP  – União Internacional de Transporte Público, cada quilômetro de BRT – Bus Rapid Transit, corredor de ônibus que pode atender a uma demanda de até 300 mil passageiros por dia, custaria em média quase 10 vezes menos, R$ 35,4 milhões. Já cada quilômetro de metrô poderia custar entre R$ 700 milhões e R$ 1 bilhão, no entanto, a demanda seria praticamente três vezes maior que do monotrilho, podendo levar até um milhão de passageiros por dia.

SUCESSOS E FRACASSOS NO MUNDO

Enquanto o Consórcio VEM ABC no Workshop procurou mostrar exemplos bem sucedidos do monotrilho, como de Kuala Lumpur, e Tóquio, por outro lado também há exemplos negativos.

Mais da metade dos monotrilhos inaugurados em todo mundo já foi desativada, de acordo com dados da Associação Internacional de Monotrilhos –  MonorailSociety –  e da UITP – União Internacional de Transportes Públicos. Além disso, com exceção da Ásia, grande parte dos países que implantaram sistemas de monotrilhos, não deu prosseguimento em outros projetos do modal.

Relatório da UITP – União Internacional de Transporte Público, de 2015, Apontam ainda que a desativação de linhas de monotrilho, como aconteceu em Sydney, na Austrália, é um sinal das deficiências do modal.

Inaugurada em 1988, a linha de 3,6 foi desativada em 2013 porque a demanda era baixa e os custos operacionais para mantê-la funcionando não valiam a pena.

Mas de 20 projetos pelos mundo foram engavetados depois da realização de estudos de viabilidade, como os dos monotrilhos de Jacarta (Indonésia), Bancoc (Tailândia), Johanesburgo (África do Sul) e Teerã (Irã).

VÍDEOS MONOTRILHO KUALA LUMPUR:

INCOMPLETOS:

Não bastassem estar mais caros, os monotrilhos também devem ser inaugurados com extensões bem inferiores ao que foi prometido pelo Governo do Estado de São Paulo.

Por falta de verbas, vários trechos tiveram os cronogramas de obras suspensos.

O Governo de São Paulo prometeu entregar entre 2012 e 2015, um total de 59,7 quilômetros de monotrilhos em três linhas. Apenas 2,9 quilômetros entre as estações Oratório e Vila Prudente, da linha 15 Prata estão em operação e ainda com horário menor que dos trens, metrô e ônibus.

Duas linhas, a 15- Prata e a 17 – Ouro, que somam 44 quilômetros estão em construção, sendo que 21,9 quilômetros foram descartados dos cronogramas iniciais.

Na linha 15-Prata são 16 quilômetros e oito estações a menos. A linha 17-Ouro perdeu 10 quilômetros e 11 estações. Confira abaixo:

linha 15 Prata deveria ter 26,7 quilômetros de extensão, 18 estações entre Ipiranga e Hospital Cidade Tiradentes ao custo R$ 3,5 bilhões com previsão de entrega total em 2012. Em 2015, orçamento ficou 105% mais alto, com o valor de R$ 7,2 bilhões. O custo por quilômetro sairia em 2010 por R$ 209 milhões, em 2015 por R$ 260 milhões e, no primeiro semestre de 2016, subiu para R$ 354 milhões. A previsão de 9 estações agora é para 2018. Está congelado o trecho entre Hospital Cidade Tiradentes e Iguatemi e Vila Prudente-Ipiranga. O governo do estado promete atendimento a uma demanda de 550 mil passageiros por dia

linha 17 Ouro do monotrilho deveria ter 17,7 quilômetros de extensão, com 18 estações entre Jabaquara, Aeroporto de Congonhas e região do Estádio do Morumbi ao custo de R$ 3,9 bilhões com previsão de entrega total em 2012. Em 2015, o orçamento ficou 41% mais caro somando R$ 5,5 bilhões e a previsão para a entrega de 8 estações até 2018. Em 2010, o custo do quilômetro era de R$ 177 milhões. Em 2015, o custo por quilômetro seria de R$ 310 milhões e no primeiro semestre de 2016 foi para R$ 325 milhões. O monotrilho, se ficar pronto, não deve num primeiro momento servir as regiões mais periféricas.  Assim, os trechos entre Jabaquara e a Aeroporto de Congonhas e entre depois da Marginal do Rio Pinheiros até a região do Estádio São Paulo-Morumbi, passando por Paraisópolis, estão com as obras congeladas. Com este congelamento, não haverá as conexões prometidas com a linha 4 Amarela do Metrô na futura estação São Paulo – Morumbi, e nem com estação Jabaquara e da Linha 1 Azul do Metrô e Terminal Metropolitano de Ônibus e Trólebus Jabaquara, do Corredor ABD. Segundo o site do próprio Metrô, quando estiver totalmente pronto, este sistema de monotrilho atenderá 417 mil e 500 passageiros por dia.

linha 18 Bronze deveria ter 15,7 quilômetros de extensão, com 13 estações entre a região do Alvarenga, em São Bernardo do Campo, até a estação Tamanduateí, na Capital Paulista ao custo de R$ 4,5 bilhões com previsão de entrega total em 2015. Em 2015, orçamento estava 14% mais caro, chegando a R$ 4,8 bilhões, sem previsão de entrega. A previsão de demanda é de até 340 mil passageiros por dia, quando completo. O custo hoje por quilômetro em 2015 seria de R$ 305 milhões. Como as obras não começaram, especialistas defendem outro meio de transporte para a ligação, como um corredor de ônibus BRT, que pode ser até cinco vezes mais barato com capacidade de demanda semelhante.

COMPARAÇÕES:

De acordo com o Monorail Society , o consultor em mobilidade, Peter Alouche, e palestras do professor de engenharia de produção e transportes da UFRGS – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Luís Afonso dos Santos Senna, e técnico em transporte e vice-presidente da Associação Nacional de Transportes Públicos ANTP, César Cavalcanti, a escolha dos modais devem levar em conta os custos e quantas pessoas vão beneficiar.

– Corredor de ônibus simples: Capacidade de 10 mil a 20 mil passageiros hora/sentido – Custo por quilômetro inferior a US$ 5 milhões

– Corredor de ônibus BRT: Capacidade de 15 mil a 30 mil passageiros hora/sentido – Custo por quilômetro de US$ 15 milhões a US$ 20 milhões

– Monotrilho: Capacidade de 15 mil a 35 mil passageiros hora/sentido – Custo por quilômetro de US$ 80 milhões a US$ 100 milhões

– VLT – Veículo Leve sobre Trilhos: Capacidade de 15 mil a 35 mil passageiros hora/sentido – Custo por quilômetro de US$ 20 milhões a US$ 60 milhões

– Metrô Leve: Capacidade de 25 mil a 45 mil passageiros hora/sentido – Custo por quilômetro de US$ 40 milhões a US$ 80 milhões

– Metrô: Capacidade de 60 mil a 80 mil passageiros hora/sentido – Custo por quilômetro de US$ 200 milhões a US$ 300 milhões

SONHO OU UTOPIA? AS VANTAGENS DO MONOTRILHO:

O engenheiro e mestre em Transportes pelo Instituto Militar de Engenharia – IME, Marcus Vinicius Quintella Cury, elaborou um estudo intitulado “A verdadeira realidade dos monotrilhos urbanos – Sonho ou Utopia: De volta ao Futuro?”. No levantamento de sistemas em diversas partes do mundo, o especialista mostra que vários fatores levaram à desativação de linhas de monotrilho:

ESTUDO – MONOTRILHOS – SONHO OU UTOPIA?

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

Comentários

Comentários

  1. vagligeirinho disse:

    Eu tinha minhas expectativas quanto aos monotrilhos, mas elas foram embora depois de ver a demora das linhas paulistas em serem concluídas.

    É um sistema que “aparenta modernidade”, e talvez no fundo da alma alguns tenham paixão por ela (nível Paulo Gil) por verem ela como um “futuro dos Jetsons”.

    Acho que tá na hora de pararem de tentarem meter um monotrilho como opção.

  2. Luiz Vilela disse:

    “Prefeitos do ABC insistem em Ônibus para a região”
    E o ABC continua sem mobilidade e cobrando passagens caríssimas pra manter rotas confusas e ineficientes.

    Os usuários ficam como mero detalhe nesta discussão inerte.

  3. Monotrilho disse:

    Trocar o monotrilho por BRT só será benéfico para os grupos de empresários que dominam o ABC e transportam as pessoas como gado.

  4. Walter disse:

    O prefeito e governador prometeram que seria metro, sem qq justificativa tecnica plausivel mudaram… como na CPTM, vão sonegar esse transporte investindo “menos”, mas embolsando mais? Foi plataforma de campanha!! Se mudarem como disse sem justificativa contundente ahhh será o mesmo do que vemos em brasilia…. queremos mudanças! Novo tipo de gestão!

  5. André Marianno disse:

    É só assistir o episódio de “Os Simpsons” sobre Monotrilhos que dá para entender que isso não dá certo.

  6. Daniel Batista dos Santos disse:

    Só acho engraçado que um dos entraves para o início das obras é a falta de aval do Governo Federal para a obtenção de empréstimos sob a alegação da possibilidade de inadimplência do Estado de São Paulo. Justo o Estado que produz mais riqueza para o país, gera mais recursos em impostos que são absorvidos em grande parte pelos demais Estados brasileiros? Tá ruim, heim… no Rio de Janeiro, que está falido, não faltou dinheiro federal para concluir as obras para a Rio 2016… estranho… bom, no aspecto técnico da obra, entendo que o metrô ou o VLT sejam o mais adequado para implementação em São Paulo e Região Metropolitana, dada a demanda de transportes que essa região tem, em especial a advinda dos motoristas que deixariam seus carros em casa caso tivessem um meio de transporte mais eficiente disponível.

    1. Luiz Vilela disse:

      Bem colocado!
      Mais o FATO do ABC ser região de São Paulo de PIB significativamente maior que a maioria das outras.
      É disputa política, da pior espécie.

    2. vagligeirinho disse:

      O Rio teve orçamento atropelado, ao ponto de hoje o Estado estar literalmente falido. As obras da Rio 2016 só ocorreram pois na época o governo federal (na mão da Dilma) fez uma gambiarra e transformou a situação em um “estado de Emergência” apenas para poder transferir dinheiro e terminar as obras, além de botar mão de obra.

  7. Ivo Suares disse:

    Todos sabemos que essa campanha para a troca do monotrilho pelo BRT é fomentada por empresários como Baltazar, os donos da Metra e companhia, que se sentem ameaçados pelo projeto. Tanto que a linha do monotrilho foi encurtada por pressão da Metra e dificilmente chegará à estrada dos Alvarengas como foi projetado originalmente.

    Sabemos que a demanda projetada para a linha supera em muito a faixa demanda atendida por um BRT de 2 pistas, de forma que seriam necessárias 4 pistas para o BRT. E construir um corredor de ônibus num fundo de vale em superfície é temerário por conta do alto risco de inundações. E um elevado de 4 pistas seria um desastre urbanístico.

    E as desapropriações para um corredor BRT de 4 pistas inviabilizam a obra.

    Não podemos tornar o ABC mais uma vez refém do lobby dos empresários de ônibus.

  8. João Teixeira disse:

    O povo que defende monotrilho não sabe o que fala. A maioria dos comentários que li é pura bobagem e falta de conhecimento.

    Primeiro que não é um monotrilho caro que vai resolver os transportes no ABC. R$ 5 bilhões para 15 km é muito galera, pensem.

    E depois, não é o monotrilho que vai tirar o poder dos empresários. Vai dar é mais lucro.

    Como o monotrilho vai atender um pedaço ínfimo da região, com as mesmas tarifas, menos ônibus e linhas menores os empresários vão jogar os passageiros no trenzinho que vai continuar o trajeto para eles.

    Tipo o que ocorreu com as linhas que iam para o Parque Dom Pedro e agora vão para o Sacomã.

    Pensem um pouco, gente

    1. Luiz Vilela disse:

      Penso que um metroferroviário segregado com sinalização de topo de tecnologia não pode ser comparado com BRT em eficiência.
      E como bem aponta o Ivo Suares, BRTs só atingem 30.000 passageiros/hora com muito espaço e segregação: impossíveis na rota em questão. Ou seja: políticos que defendem BRT nesta rota, ou são mal intencionados ou não conhecem BRTs nem monotrilhos.

      Havendo um mínimo de vontade política, se cria um sistema integrado, como o de São Paulo ou o de Santos. Paga-se pelo metrô (neste caso padrão monotrilho) e adicionais pelos ônibus que completam o deslocamento.
      JÁ DEVERIA EXISTIR COM A CPTM L10!

      Estes prefeitos querem manter seus esquemas MUNICIPAIS com as cias de ônibus; não querem compor tarifas com o EstadoSP.

      Quanto aos detalhes técnicos destes monotrilhos modernos e a eficiência prometida – fato, não foi comprovada no Brasil! – melhor aguardar mais 1 ano ou dois e ver uma meia dúzia de estações em plena operação na Zona Leste para tirarmos conclusões bem embasadas.

  9. Paulo Gil disse:

    Amigos, bom dia.

    A solução desta questão é simples.

    Já que não há consenso se o Aerotrem é bom ou não é bom, eficiente ou não eficiente, façam o seguinte:

    Construam o bendito Aerotrem, mas desde que no seu custeio não seja gasto nem um centavo do contribuinte.

    Pronto, acabou o problema e PAU NO GATO.

    Quero ver ser “eles” vão jogar no lixo o próprio dinheiro.

    Fazer obra faraônica com o dinheiro do contribuinte até eu que sou mais bobinho sei fazer.

    Mas falando em Aerotrem; e o Aerotrem de Sampa??

    Roda ou implode ??

    Quando ??

    Já foi aberto o inquérito para apurar a s responsabilidades do abandono e da inércia ??

    Ou a blindagem é perpétua ???

    Quero ver qual a cor será candidata a Presidência do Barsil ???

    Acho que será o Preto né…

    Afinal a coisa tá PRETA.

    E para os amantes do Paulo Gil, um presente.

    https://www.youtube.com/watch?v=FyinD6ZDqeg

    Att,

    Paulo Gil

  10. Paulo Gil disse:

    Amigos, bom dia.

    Ontem assisti aos dois filmes do Aerotrem postados pelo diário e fiz umas reflexões.

    Apesar do filme 2 ser de um Aerotrem da fiscalizadora, pois seu trajeto segue em CURVAS TATAIS e não em linha reta, a ideia do Aerotrem e legal.

    Ocupa pouco espaço, é aerea e não causa muitas desapropriações.

    Tecnicamente eu não tenho expertise para falar se presta ou se não presta.

    Mas ai me veio uma ideia:

    Vamos lembrar do metro Azul na Avenida Cruzeiro do Sul, eu particularmente, sou fã incondicional do metro suspenso.

    Bom ai veio minha ideia.

    Já que Aerotrem é uma incógnita (presta ou não presta); por que não faz logo um metro aéreo e pronto.

    Ou um tipo Expresso Tiradentes, mas em linha reto, para o buzão poder correr até 75 Km/h .

    Se algum especialista puder me ajudar, pois eu tenho a maior curiosidade sem saber quanto custa 1 Km construido de:

    a) Metro elevado;

    b) Aerotrem;

    c) Expresso Tiradentes.

    Mas queria saber um custo real, pois se comprarmos as colunas do Metro Azul com as colunas do Expresso Tiradentes e do Aerotrem de Sampa, a conta nem precisa ser feita, pois não fechará NUNCA.

    Só de olhar, já dá para saber que pelo menos em termos de concreto e ferro o metro elevado da linha Azul custa menos.

    É isso que o puder tem de analisar e os contribuintes exigirem, ai está por onde o dinheiro do contribuinte escoa pelos vãos dos dedos das MÃOS ESPERTAS de sempre.

    Reflitam e contribuam e quiserem ou puderem.

    Att,

    Paulo Gil

  11. Luiz Vilela disse:

    Paulo Gil
    Comparação entre monotrilhos e trem convencional em via elevada é interessante. Já Expresso Tiradentes é muito $ e impacto urbano para capacidade restrita, já que depende de ônibus/motoristas – individuais. Ou seja: sempre será ineficiente.
    Vamos lá:
    – convencional em elevado:
    Operação mais barata por passageiro transportado, mas não faz curvas fechadas nem rampas inclinadas.
    Via elevada exige pistas mais largas, que aumentam impacto no meio urbano.
    – monotrilho:
    Pneus são ótimos para rampas e faz curvas com facilidade.
    É muito silencioso.
    Capacidade dos trens é menor que os convencionais, que não têm nenhum obstáculo interno (carenagem do pneu principal do monotrilho “rouba” espaço interno).
    Manutenção mais complexa e cara, com menos fornecedores de peças e mão de obra.

    Questão são as desapropriações: elevado pra trem convencional exige mais espaço, menos curvas e rampas.

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